Criminal Minds

Tarde demais

- Positivo Os dois. Eu estou grávida.

Emma deu um grito histérico e eu tampei sua boca.

- Não grita, sua louca! – "gritei" em um sussurro.

- Caralho! Você está grávida! Grávida, Claire! Isso é tão... Awn!

- Não tem nada de "awn" nisso, eu só tenho 18 anos, Emma! Eu não posso ser mãe aos 18! Eu não quero um filho agora e muito menos Justin.

- Ué, quem mandou vocês transarem sem camisinha? Você acha que ele rejeitaria a criança.

Automaticamente, veio em minha cabeça uma conversa que tive com ele há tempos atrás.

"- ...Você rejeitaria se tivesse um filho agora?

- É claro que não. Se eu fiz, tenho que cuidar – deu de ombros novamente. – Posso ser irresponsável com muitas coisas, mas não com uma coisa dessas."

Sorri.

- Não, eu acho que não.

- Então está com medo de que?

- É que... – suspirei. – Sei lá, não sei como contar.

- Pensamos nisso depois. Agora vamos, eu vou ser tia e quero comemorar isso! – revirei os olhos enquanto ela me arrastava em direção à saída.

Enquanto passeávamos pelo shopping, Emma falava sem parar do quanto essa criança seria linda e mimada. Me fez entrar em uma loja de bebês e olhar tudo, o que era um exagero já que eu nem sabia com quanto tempo de gravidez eu estava. Não queria nem imaginar no quanto Emma perturbaria minha mente no decorrer da gestação.

- O que você prefere, amiga? Menino ou menina? Tomara que seja parecido com você, porque ninguém merece ter aquela cara de cu do Justin, imagina só?! Ah, eu vou comprar tantos presentinhos, esse bebê vai ter a melhor tia de todas! – revirei os olhos, incapaz de deixar de dar risada.

Emma só parou de tagarelar sobre o bebê após sentarmos para ver um filme na sala de estar do seu apartamento, o que fez com que eu me distraísse e esquecesse o medo da reação de Justin quando eu contasse que eu estava esperando um filho dele.

Rachel's POV

Eu já estava quase convencida de que não conseguiria separar Justin da pirralha. Eles estavam bem e felizes juntos, tão felizes que me irritava. Aquilo não era o certo. EU devia estar com ele, EU sou a mulher da vida dele!

E ela quase esteve fora do meu caminho pra sempre quando tentou se suicidar, por que diabos a impediram? Por quê? Aquilo tudo, a tentativa de suicídio, a reabilitação e todo o resto só serviram pra reaproximar os dois depois de todo o caos que eu causei ao emocional dela.

Ódio.

É tudo o que sinto. Ódio.

E pra completar, o imbecil do Tyler ainda havia desistido de tudo. Entregou os pontos e decidiu deixar tudo como está. Idiota.
Estava dando um breve passeio pela cidade, já havia concluído um serviço para Tyler e estava procurando por algo para fazer à noite. Meu celular começou a vibrar no bolso de trás da calça e eu estacionei na calçada do motel que eu passava em frente.

- Já concluiu o serviço?

- Sim, chefinho – respondi com ironia. – Com perfeição, como sempre.

- Ótimo – ele disse e desligou na minha cara. Cretino. Depois de tudo o que aconteceu, estávamos nos falando pouco, apenas o necessário em relação a trabalho. Eu só não cortava relações com ele de vez porque ele era a única fonte de grana que eu tinha.