Criminal Minds

Desaparecida

– O que você quer? Me solta, por favor, me solta! – eu pedi.

– Ei, ei, calma – disse ele em uma voz serena. – Eu não vou te fazer mal, não se preocupe. Você tem um corte na testa, está sangrando. Deixe-me cuidar disso – o cara pegou em minha blusa e rasgou um pedaço da mesma. Meus olhos se arregalaram mais, tentei me debater, completamente apavorada. – Já disse que não vou fazer nada, se acalme – ele colocou o pedaço de pano em minha testa, sobre o corte que sangrava e deixava meu rosto pegajoso. – Está bem?

– Mais ou menos... – respondi com a voz fraca.

– Que pergunta idiota eu fiz. Venha, você está muito mal, vou te ajudar – disse ele, me levantando.

– Não, por favor, me deixe morrer aqui – pedi.

– Dissesse isso antes, assim eu teria vindo dirigindo um trator e não um carro – ri fraco, pois aquilo fez meu corpo doer. – Vou te levar comigo, não tenha medo, ok?

– Mas eu nem sei seu nome.

– Tyler.

– Tyler que me salvou. Ok, acho que vou me lembrar do homem que me atropelou e me salvou – mesmo com a visão embaçada pude vê-lo abrir um sorriso torto. – Sou Claire.

– Claire... Ok, vou me lembrar da menina que eu atropelei e salvei. – ele riu.

Tyler era muito simpático, parecia não ter intenção de me fazer algum mal, então simplesmente confiei nele e o deixei me levar até seu carro. Bom, de qualquer modo, se ele quisesse me fazer algum mal, não faria diferença já que minha vida estava uma merda.

Ele abriu a porta do carro para mim e me ajudou a entrar. Tentei não pensar em nada, especialmente no que havia acontecido, o que me parecia ser impossível. Ainda sentia-me tonta e assim que encostei a cabeça no banco, apaguei.

Justin's POV

Acordei com a luz do sol entrando pela janela, iluminando e queimando meu rosto. Estava em meu escritório, só de boxer, deitado no sofá. Me levantei ignorando as dores por ter dormindo de mal jeito e vi que tudo estava uma bagunça. Fechei os olhos, com um pouco de dor de cabeça, e lembrei do momento que tive com Claire. Bufei. Ela tinha merecido, ela não cumpriu minhas ordens e ainda tentou me desafiar, mas mesmo assim acho que fui duro até demais.

– MARIA! – gritei. Não demorou muito e ela entrou no escritório.

– Senhor Bieber! – ela tapou os olhos.

– Que foi, mulher?

– O senhor está quase nu! – soltei uma gargalhada fraca.

– Maria, por favor, até parece que você nunca viu isso.

– É-É que... Deixa pra lá. O que o senhor deseja?

– Quero que você... – ia pedir para Maria acordar Claire, mas pensei melhor e achei que eu mesmo deveria acordá-la.

– Nada não, esquece!

– Tudo bem, se precisar é só me chamar – ela foi em direção à porta.

– Espera, Maria!

– Sim?

– Quero que peça umas flores, das mais bonitas, ok? Você é mulher, vai saber escolher essas paradas.

– Ok... Sem querer ser inconveniente, o senhor está apaixonado por alguma moça? – mas é claro que ela estava falando de Claire, só quis disfarçar. Mas como Maria já era da família, a respondi com a maior calma.