Que os jogos comecem

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– O jantar está pronto, não quer comer? – Justin perguntou, entrando em meu quarto.

– Vai querer controlar a hora das minhas refeições também?

– Você está o dia todo trancada aqui.

– É melhor do que olhar pra sua cara – sorri debochada para ele, que revirou os olhos.

– Se não quer descer, tudo bem. Mando Maria trazer seu jantar aqui.

– Qual é o seu problema? – perguntei irritada e ele me olhou com interrogação nos olhos.

– Meu problema?

– Suas oscilações de humor estão me deixando confusa! Uma hora você me trata bem e depois torna a me tratar mal, me humilha e até me bate. Depois, tenta se redimir fingindo que está preocupado comigo? Não preciso da sua pena, não preciso de você!

– Ainda está com raiva de mim?

– O que você acha? – me levantei da cama, indo em direção à ele. – Apesar de raiva, sinto mais é pena de você. Um gay incubado que precisa agredir pra ter moral.

– Gay incubado? – ele riu, cruzando os braços. – Você sabe muito bem que essa é a última coisa que eu sou. – ele me puxou e susurrou em meu ouvido. – Eu não parecia gay pra você enquanto você gemia meu nome em meu ouvido – o empurrei, lançando-lhe um olhar de desdém.

– Você se acha, né? Até os caras com quem transei naquela boate são melhores de cama do que você – senti que pisei no seu calo. Eu estava adorando isso.

– Isso é o que nós vamos ver – ele me puxou com brutalidade e tentou me beijar a força, mas eu dei um chute em suas genitais com toda a minha força e saí do quarto, descendo as escadas correndo.

Que os jogos comecem.

Ele veio correndo furioso atrás de mim, mas eu cheguei na cozinha primeiro e Maria estava lá, e é claro que ele não faria nada comigo na frente dela. Ele me encarava enquanto jantávamos e eu desviava o olhar e de vez em quando lhe lançava sorrisos debochados.

Terminei meu jantar primeiro que ele e subi diretamente para meu quarto. Apenas fechei a porta, não me incomodei em trancá-la. Justin estava puto comigo e com certeza não viria me incomodar. Despi-me e entrei no banheiro para tomar um banho antes de dormir. Mal tinha acabado de ligar o chuveiro e me surpreendi com Justin entrando no banheiro.

– O que pensa que está fazendo? Sai daqui!

– Estou na minha casa, esqueceu?

– Oh, eu não pedi permissão para tomar banho, me desculpe, senhor Bieber – disse, a ironia presente em cada palavra minha. Ele me ignorou e começou a se despir. – Por acaso você bebeu? O que está fazendo? – ele continou a me ignorar. Tirou a cueca, ficando completamente nu e entrou no box.

– Agora vamos ver quem é o gay incubado aqui – ele me puxou, colando seu corpo ao meu, e um arrepio percorreu meu corpo inteiro. Tentei desviar e sair do box, mas ele me impediu, apertando mais seus braços em volta de mim. – Quietinha – ele sussurrou em meu ouvido em sua voz rouca, fazendo-a soar de um jeito sexy e me deixando um pouco excitada.

Eu havia mexido com o seu ego, cutucado sua ferida. O que eu disse não se deve dizer para nenhum homem, isso mexe com eles de verdade.

Justin começou fazendo uma trilha de beijos em meu pescoço, dando leves mordidas vez ou outra, fazendo-me arrepiar por inteiro. Pendi um pouco a cabeça para trás e suspirei, gostando daquilo. Ele tomou meus lábios com ferocidade e eu nem lutei contra, gostava dos beijo dele e confesso, estava com saudades de sentir aqueles lábios tão macios nos meus. Suas mãos desceram por minhas costas e pararam em meu bumbum, dando um apertão. Depois, seguraram em minhas coxas, dando-me impulso para subir em seu colo. Ainda sem desgrudar nossos lábios, Justin deu um passo para a frente comigo em seu colo, fazendo-me bater com as costas na parede. Fez um barulho abafado pelo som da água caindo, mas não liguei.

Eu sabia que não deveria fazer aquilo, sabia que iria me arrepender depois e que no dia seguinte ele me trataria mal, mas eu não podia evitar. Ele tinha algo que me tirava do eixo, me tirava a capacidade de raciocionar e de lhe dizer não. Como das outras vezes, eu desisti e deixei que ele me dominasse e fizesse o que bem queria. Ele abandonou meus lábios e mordeu meu queixo. Em seguida, desceu beijando de novo meu pescoço, meu ombro, até chegar em meus seios. Eu mantinha minhas pernas enlaçadas em volta dele enquanto ele beijava, chupava e mordiscava meus seios me fazendo arfar. Entrelacei meus dedos em seu cabelo e vez ou outra puxava um pouco. Uma de suas mãos percorreu todo o meu corpo: meus seios, minha barriga, passando diretos para minhas coxas, as apertando, e depois encontrou minha intimidade. Ele a acariciou e massageou por um instante e depois me penetrou lentamente com dois dedos, fazendo movimentos lentos de vai e vem que me deixavam louca. Soltei um gemido baixo e abafado e mordi meu lábio inferior, tentando me controlar.

Quando eu liberei meu líquido sobre seus dedos, Justin sorriu de lado, satisfeito, e delicadamente soltou minhas pernas de sua cintura e deixou meu corpo escorregar pela parede até que eu pusesse os pés no chão. Me beijou outra vez e ergueu uma de minhas pernas até sua cintura. Ele começou a penetrar e um suspiro rompeu por seus lábios, seu hálito chocando-se em minha pele. Ele aumentava cada vez mais a velocidade e eu cravei minhas unhas em seu ombro, o arranhando, fazendo o mesmo em suas costas depois. Desisti de tentar controlar meus gemidos, que se dane! Eu não queria pensar no amanhã, só queria pensar no agora, enquanto eu o tinha por inteiro pra mim.

Eu estava prestes a chegar ao auge mais uma vez e senti que ele também estava quase lá quando soltou um gemido baixo e rouco e apertou mais minha cintura. Chegamos ao ápice juntos e Justin foi diminuindo gradativamente a força e a velocidade de suas estocadas, até sair de dentro de mim por completo.

– Acho que te provei que de gay não tenho nada – ele disse rindo em meu ouvido.

– Você é um idiota! – revirei os olhos e ele lambeu minha bochecha. O empurrei – Seu nojento! – ele riu.

Terminei meu banho primeiro, me enrolei numa toalha e saí. Coloquei um dos pijamas que Justin havia comprado para mim, sequei meu cabelo e me sentei na cama para esperá-lo. Pouco depois ele saiu, também enrolado em uma toalha.

– Justin... – o chamei quando ele estava prestes a abrir a porta.

– Hm? – ele se virou para mim.

– Passa a noite aqui? – perguntei com um pouco de receio. Ele não respondeu. Abriu a porta como se eu nada tivesse dito e saiu.

Joguei-me na cama, abraçando um travesseiro. Você não vai chorar, Claire! Você sabia que ia ser assim, sabia que ele te trataria mal depois. Fechei os olhos com toda a força para reprimir as lágrimas. Algum tempo depois, senti lábios tocando minhas costas. Me virei de súbito. Era Justin. Sorri abertamente para ele e ele se deitou ao meu lado. Sem pensar, me agarrei a ele, mas ele não se afastou. Pelo contrário! Pôs seus braços em volta de mim, abraçando-me.

– Você... – ele me interrompeu, colocando o dedo indicador em meus lábios.

– Durma – ele tocou meus lábios de leve, me dando um selinho carinhoso e passou de leve o dedo em minhas pálpebras, obrigando-me a fechá-las.

Eu mal podia reconhecê-lo. Aquele era o mesmo Justin que eu conhecia? Ele estava me tratando da forma que eu esperava que me tratasse da primeira vez. Eu só podia esperar que continuasse assim. Respirei fundo, aspirando seu perfume e sorri, adormecendo em seus braços.

Criminal MindsWhere stories live. Discover now