Quando Harry acordou, na manhã seguinte, estava sozinho. Ela havia pego um travesseiro na cama e colocado debaixo da cabeça dele sem que ele percebesse, e partira. Ele suspirou, se encolhendo no edredom, e, exausto que estava, voltou a dormir. Teria tempo para resolver isso depois.Melanie não tocou no assunto na manhã seguinte. Agiu o dia inteiro como se nada tivesse acontecido. Harry achou graça e se divertiu a inicio, mas no final da tarde isso começou a irritá-lo. Ele sabia que ela não iria cair de amores por ele, mas aquilo era patético! No entardecer... Melanie passou pelo corredor, rumando a escada, com um pêssego na mão.
Harry: Hey! – Chamou, sentado no sofá da sala. Ela parou no corredor, pondo a cabeça na porta – Venha aqui. – Chamou. Ela ergueu a sobrancelha e foi.
Melanie: O que? – Perguntou, na defensiva.
Harry: Eu topo. – Disse, apoiando os cotovelos nos joelhos.
Melanie: Não te propus nada. – Rebateu.
Harry: Topo que você me ensine. A me defender. – Acrescentou. Melanie riu, cruzando os braços.
Melanie: Em nome de Deus, era isso? – Harry ergueu a sobrancelha – A resolução para todas as brigas, era isso? Sexo? – Ah, agora ela lembrava, Deus a abençoe – Está disposto a matar pessoas só por ir pra cama comigo. Inacreditável.
Harry: A me defender. – Repetiu, severo – Não quero matar ninguém que não me queira mal. - Alfinetou
Melanie sorriu de canto, se aproximando dele. A mão dela mirou o vão entre as pernas dele, enquanto ela o encarava, e ele se recostou no sofá.
Mas em vez de alcançar o... O que ele havia pensado, a mão dela escorregou pelo sofá, até o adorno abaixo das almofadas... E ela puxou. Ele franziu o cenho, puxando as pernas. Era uma gaveta, do tamanho do sofá, com várias armas e facas de vários portes. Ela apanhou uma faca, fechando a gaveta em seguida. A faca era afiada só de olhar, e ela cortou uma fatia do pêssego.
Harry: Porque essa casa é cheia de armas? – Melanie riu, mastigando o pêssego. – Tem armas no fogão, tem armas no sofá, onde mais tem armas, dentro do chuveiro? – Perguntou, exasperado.
Melanie: Na verdade, no fundo falso do armário de sabonetes. – Disse, divertida.
Harry: Porque? Que diabo é isso? Sr. e Sra. Smith? – Perguntou, debochado.
Melanie: É uma analogia interessante, mas não. Tá mais para "metade-do-mundo-sonha-em-te-matar". – Disse, mordendo o pêssego. – Com o tempo você se acostuma. O que nos leva ao fato de que eu vou treinar você.
Harry: A me defender. – Reparou.
Melanie: Como preferir. – Disse, dando de ombros – Começamos amanhã. – Prometeu, sorridente, dando as costas e saindo, subitamente tranquila.
Harry: Bipolar. – Suspirou, se deitando no sofá. Depois se lembrou do arsenal embaixo dele então rolou pro chão, saindo dali em seguida.
Melanie: Agora. – Disse, ambos parados no jardim. – Um bom lutador presta atenção a arma que vai atacá-lo. Mais um ótimo lutador presta atenção em quem o está atacando. – Disse, se postando de frente a ele. – James Campbell precisa ser um ótimo lutador.
Harry: Como eu vou saber o que vai me atingir se eu não estiver olhando? – Perguntou, observando-a.
Melanie: Observe seu atacante, e ele se denunciará. Observe seu rosto, e verá a decisão tomada. Observar a arma te faz perder segundos, e segundos podem significar tudo. – Explicou – Tente.
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O Turista (Livro 1) [H.S]
FanfictionÉ engraçado como as coisas variam pelo ponto de vista das pessoas. Alguns acreditam em Deus, outros em destino, outros em coincidência. Harry não tinha opinião formada. Seu cachorro morrera e ele decidira viajar um par de semanas, pra esfriar a cabe...