Capítulo 31

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Perrie ganhou todo o tempo que pode, pra poder ficar sozinha com Harry. Sabia que se tinha alguma chance dele falar, era desacompanhado. Niall, que não era burro, sacou a linha de pensamento dela, e uma Mercedes negra cortou as ruas de Paris, cantando motor.

Perrie: Sabe que pode ser preso pelo que está tentando fazer, não sabe? – Perguntou, raivosa. Harry, por sua vez, estava tranquilo.

Harry: Com todo o respeito... Eu já estou preso. – Disse, apontando as algemas nas mãos, em cima da mesa. – Apesar de que não sei porque.

Perrie: Não sabe porque? – Perguntou, e ele esperou – Não sabe porque?! Não reconhece essas palavras, senhor Styles?! – Perguntou, jogando uma pasta na mesa. Harry abriu, muito tranquilamente. Era o depoimento dele.

Harry: História interessante. – Comentou, lendo o depoimento.

Perrie: Que o senhor nos contou. – Induziu.

Harry: Não vejo minha assinatura aqui. – Disse, com um leve interesse.

Essa era a dor de Perrie. Um lapso que custara tudo. Confiara que teria o resto do depoimento, e terminou que ele foi pro hotel sem assinar o que contara. Sem a assinatura dele ela não podia ir pra lugar nenhum.

Perrie: Você faz parte da quadrilha de James Campbell. – Disse, se apoiando na mesa em que ele estava sentado – Você matou um dos meus agentes. Você é um ladrão e um assassino, como eles são.

Harry: Prove. – Rebateu, em desafio, piscando pra ela.

Niall: Boa tarde. – Disse, entrando na sala.

Harry: Niall, você é um colírio para os meus olhos. – Disse, debochado.

Niall: Com o furacão que está vindo ai, você vai precisar de óculos escuro. – Disse, balançando a cabeça ao pensar no auê que Melanie faria quando chegasse ali. Contava com que Madison conseguisse atrasá-la por algum tempo, mas estava achando difícil – Preciso me interar dos atos.

Perrie: Os atos, Dr. Horan, é que o seu cliente esteve aqui semanas atrás, e me disse, sob juramento, que tinha a localização exata de James Campbell. – Disse, raivosa.

Harry não aguentou: Riu. Niall ergueu a sobrancelha, mordendo a língua pra não rir também. Veio a sua mente a cara que Perrie faria se ele dissesse: "Bom, eu estou aqui.", e precisou se concentrar mais ainda. Deu um cascudo disfarçado em Harry, que respirou fundo.

Harry: Perdão. – Disse, vermelhinho pelo riso, se apoiando na cadeira de novo.

Perrie: Se eu estivesse no seu lugar, não estaria achando graça. – Disse, amarga.

Harry: Eu duvido muito. – Murmurou pra si próprio, levando outro cascudo.

Niall: E...?

Perrie: Começou a nos dar fatos. Prometeu entregar o império de James Campbell em uma bandeja de prata. – Ela empurrou a pasta para Niall, que a abriu, desinteressado. – Seu cliente degolou um agente meu e pulou do quarto andar de um hotel direto no canal, com dezenas de testemunhas testemunhando.

Niall: Sua acusação se baseia em...? – Perguntou, fechando a pasta. Perrie respirou fundo. Não havia base, não haviam provas.

Madison: Boa tarde. – Disse, entrando na sala. Havia trocado de roupa. Ao invés do vestido preto usava uma calça social, preta, salto alto e uma blusa solta, feito bata, grafite. Perrie ergueu a sobrancelha e Madison ergueu a carteira de advocacia, com sua foto e seu nome.

O Turista (Livro 1) [H.S]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora