Capítulo 12

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Ares
Família...

Tenho que lembrar de nunca mais ir em um hospital sem saber quem trabalha nele. Não estava intimidado pelo bastardo ser "bonito" ou qualquer coisa que Chloe pensou, mas se havia algo que eu odiava, era tocarem no que me pertence. E ele tentou fazer isso, eu vi a forma como estava olhando para ela e isso era algo que não havia perdão.
Não toque no que é meu, e eu não quebro o que é seu. Simples.
Era a segunda vez que ela estava no hospital por minha causa, mesmo sendo sem intenção. Sentia a culpa me atingir, mas ela era substituída pela imagem de Kevin e Chloe se beijando. Aquilo me causava uma leve dor no peito, como se meu coração fosse parar, e eu odiava essa sensação. Ainda iria descobrir onde esse desgraçado morava, e logo, ele iria aprender uma boa lição.

- VOCÊ MATOU O MÉDICO! – Acusou apontando o dedo em meu rosto.

- Eu não matei ninguém, ele só está desmaiado. – Revirei os olhos com tédio, peguei a receita médica que o idiota iria passar. – Vamos.

Ajudei minha mulher a levantar, e a deixei ir na frente, que saiu rebolando. Era uma bela visão, e fazia com que eu esquecesse por um segundo a madrugada mais complicada e louca da minha vida.

- A propósito, você não quebrou a mão, apenas dois dedos. – Comentei me lembrando do raio-x enquanto esperávamos o elevador, que por sorte, estava vazio.

- Sua culpa! Desgraçado, idiota, bab... – Resmungou irritada abrindo a porta e quase me deixando para trás.

Dei uma leve risada. Ela estava mesmo irritada. Cheguei mais perto, de forma intimidante, o que a fez recuar um passo até bater com as costas na parede fria. Olhei para os botões e cliquei no que parava aquela lata de sardinha idiota.
Chloe viu o que eu estava fazendo e tentou clicar em outro botão, mas me coloquei em sua frente, a impedindo.
Dei mais um passo, e ela recuou. Quando já não havia mais espaço entre nossos corpos, toquei em seu rosto, ela não havia mais para onde correr.
A loira não teve a chance de reclamar, pois logo meus lábios quentes já tocavam os seus, de uma forma única, já a segurava pela cintura enquanto nossa silenciosa batalha começava — nossas línguas em uma dança silenciosa. Suas mãos seguravam meu pescoço enquanto eu quase a abraçava, segurei o final de sua coluna e a puxei mais para mim, nossos corpos tão próximos que podia jurar que éramos um só.
Ela puxou meus cabelos com força mas de uma forma sexy. Mordisquei seus lábios, e ela puxou os meus, me trazendo mais para si. Larguei aquela boca tentadora e fui para seu pescoço, o beijando, chupando e dando leves mordidas naquela pele macia e com cheiro de pêssegos. Chloe era uma tentação, e eu estava gostando.
Só consegui parar quando ouvi meu celular tocar com uma ligação inconveniente, me tirando daquele céu particular e trazendo toda a realidade de volta.

- Que foi? – Rosnei ao atender, sem ao menos ver quem era.

- Ares Bellator, eu juro que vou arrancar suas orelhas se você falar assim mais uma vez comigo! – A voz de minha mãe foi como um balde água fria.

Oh, merda, eu irritei Melina Bellator.
Chloe me olhava sem entender a situação, então me afastei um pouco e permiti que o elevador seguisse para o térreo.

- Desculpa, estou ocupado.

- Que seja, já estamos chegando. – Ela falou animada na outra linha. чертов¹. – Estou louca para conhecer minha nova filha. Menina corajosa, imagina ter que te aturar todos os dias. Θεός φυλάξοι².

Se havia algo que minha mãe fazia bem, essa coisa era falar mal de mim. Ela simplesmente adorava fazer isso — mas se outra pessoa fizesse o mesmo, ela me defenderia até o fim. Era como uma leoa quando se tratava de defender os filhos.

Ares - Um Boxeador MafiosoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora