Capítulo 15

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Será...

- Onde estavam? – Nikolai foi o primeiro a se pronunciar. Sua irritação era clara, mas ao olhar para a esposa, ela simplesmente sumiu como em um passe de mágica. – Você sabe que temos uma festa em Atenas, Melina.

Não sabia de que festa falavam mas parecia ser algo importante, um evento da máfia ou coisa parecida.

- Você acha que eu sou o que? Dimitra Petrov? – Resmungou a ruiva ao meu lado passando a mão pelo cabelo e tirando uma folha dele. – Nos dê 20 minutos e estaremos prontas.

O pai de Ares concordou e mesmo demostrando incerteza nos deu passagem. Não consegui falar uma única palavra enquanto era arrastada por minha sogra até o andar de cima. Entramos em meu quarto e a mãe de Ares começou a andar de um lado para o outro, extremamente contente. Sério, se saísse arco-íris pelos seus olhos eu não ia ficar surpresa.

- Precisamos achar um bom vestido para você, querida. – Cantarolou enquanto abria o armário de madeira branca, analisando o conteúdo. – Esse!

Ela tirou um vestido longo branco, que mais parecia um monte de tecido embolado e o jogou em cima de mim. Não podia nem ver direito a roupa que usaria, mas não iria reclamar.

- Não demore! – Dito isso, Melina simplesmente saiu pela porta, me deixando sozinha no quarto.

Joguei o vestido em cima da cama e praticamente me arrastei até o banheiro, minha vontade de ir para Atenas era nula mas não queria deixar aquela família irritada. Então me forcei a entrar no chuveiro e deixei que todo o mal-estar fosse embora com a água fria que batia contra minhas costas. Lavei meus cabelos e me perfumei. Assim que terminei o banho, fui para a maquiagem, não era de demorar com besteiras e os produtos ali eram de marcas que eu mal conhecia, mas pelas embalagens pareciam custar a minha vida, fiz tudo rapidamente e o resultado ficou ótimo. Meus lábios estavam rosados e os olhos bem marcados destacando minhas íris que agora estavam verdes. Sequei meu cabelo e o penteei depois, dei uma leve arrumada e sai enrolada no roupão.
Se fosse para ir em uma festa desconhecida, que pelo menos eu fosse bonita. Logo depois de vestir a roupa íntima, coloquei o vestido. O tecido era justo até a cintura, bordado em renda, logo depois caindo em tiras grossas retas até o chão, de um pano mais solto, deixando algumas partes da minha perna à mostra, dando a sensação de eu estar flutuando. A única alça no ombro esquerdo mostrava a origem grega daquele modelo, e o decote em V nas costas me ajudava a não sentir tanto calor, pois não estava acostumada com aquele clima. Peguei um salto bege razoavelmente simples, o vestido em si já chamava muita atenção mas me sentia poderosa com aquela roupa.
Como estava pronta, decidi procurar pelos outros. Assim que desci as escadas — com confiança — me senti em algum filme da Disney quando todos viraram para me olhar, mas meus olhos não desgrudavam de Ares, que se mostrava boquiaberto.
Não sabia quando ele havia trocado de roupa, mas estava incrível, podia ver seus músculos mesmo usando um terno sem gravata, que era de um preto tão escuro quanto a noite — no final de cada manga, próximo ao punho, um dragão vermelho, que seguia até o meio do antebraço, estava bordado e dele saíam vários outros detalhes. Era um roupa extravagante. O cabelo estava caído em ondas sobre os ombros, e sua postura continuava a mesma, enquanto colocava as mãos nos bolsos das calças.
Ele caminhou até mim e segurou minha mão, entreguei meu braço e assim até parecíamos um belo casal.

- Está perfeita, mas falta um coisa. – Ares segurava um tipo de cordão feito de ouro em suas mãos, que mais parecia uma gargantilha. – Sabia que não usaria nenhuma joia, então...

Ares - Um Boxeador MafiosoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora