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—— Está é a chave do meu coração pra caso você volte da guerra e queira algo sério com alguém.—— Brinquei.
Nem eu sabia se estava falando sério ou não. Uma parte de mim está fazendo isso por pura diversão do momento e a outra quer mesmo que ele me procure quando a guerra acabar.
As chances disso acontecer são de uma em um milhão, mas quem me dera!
Bucky poderia ser meu melhor erro.
—— Espere por mim.—— Com essas palavras, me beijou.
Havia acabado de terminar meu café quando batidas foram desferidas em minha porta. Olhei para minha irmã que ficou de pé e foi abri-la.
Pendi a cabeça para o lado para poder ver quem era. E então minha melhor amiga entrou correndo e aos prantos. No mesmo segundo fiquei de pé, sentindo os braços de Florence ao meu redor.
—— O que houve?
Florence soluçou, entregando-me uma carta. Dei uma olhada em minha melhor amiga, antes de abrir o envelope e lê-lo.
Meu corpo todo havia travado, eu não conseguia mover um músculo sequer. As lágrimas haviam se acumulado em meus olhos, deixando minha visão turva, eu estava literalmente em choque.
Uma carta de condolência.
Ergui meus olhos para a mulher em minha frente, ela ainda chorava. Eu não falei nada, apenas abracei seu corpo com toda a força que me permitia.
Ambas choramos uma no ombro da outra, lágrimas de puro sofrimento e dor.
Steven e James estavam mortos.
A N O D E 2 0 1 5
—— É claro que eu comprei as verduras, mãe.Tomate é uma fruta, e sim, eu comprei também, não, mãe, eu já estou chegando. Onde eu estou? Quase em casa... tá bom, um pouco longe de casa, mas daqui a pouco chego se você me deixar.Eu já entendi, tá, tá bom. Também te amo, tchau.
Desliguei a chamada, guardando meu celular.
Passei pela feira onde tinha comprado minhas frutas a alguns minutos atrás. Meu carro estava um pouco longe de todo o tumulto. Estava olhando para o chão quando alguém esbarrou em mim, derrubando os tomates que eu havia comprado.
