ʙᴇᴍ ᴠɪɴᴅᴀ ᴀ sᴇʟᴠᴀ|ᴊᴏʜɴ ᴄᴏɴsᴛᴀɴᴛɪɴᴇ

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Soltei um grito do fundo da garganta ao sentir o objeto afiado e pontudo rasgar meu braço direito. Fiquei tonta. O demônio que tinha forma do John sorriu maliciosamente:

—— Então querida, já pode abrir a boquinha gostosa.

Umedeci os lábios, sorrindo totalmente cínica:

—— Vai pro inferno, seu imundo.

Ele apertou os lábios em um beicinho, estalando a língua. E novamente rasgou meu braço esquerdo com a faca. Eu gritei, rosnando de dor. Não há nada pior do que ser torturada! Maldito seja esse demônio!

—— Eu vou lhe dar uma última chance, princesa do Inferno. Você fala onde está John e eu lhe deixo viva para vê-lo morto pelas minhas mãos. Ou...—— Ele fingiu pensar por um segundo, se agachando em minha frente.—— eu mato você agora, mas não sem uma boa tortura. Vou fazê-la de exemplo.

—— Eu não vou dizer porra nenhuma pra você!

O demônio ficou de pé. Ele me encarou por alguns segundos sério, e me deu um soco no olho.  Tentei erguer meus braços para colocar a mão no rosto, mas estava presa na cadeira.

Chorei, solunçando de ódio. O loiro saiu, me deixando sozinha naquela maldita sala de tortura.








Com o barulho do portão de ferro se abrindo, forcei a vista embaçada. Ví o demônio vir até mim. Ele sorria endiabrado.

—— Tenho novidades! Informantes me informaram que Constantine procurou uns tais de Winchesters e agora os três patetas estão procurando por você!

Me deixa feliz saber que meu ex namorado estava me procurando, mesmo eu tendo discutido com ele e falado que nunca mais queria vê-lo.

Eu nem sabia que monstros existiam até três meses atrás, quando minha mãe matou um homem e fez uma "ligação" para o inferno.

O Rei do Inferno era meu pai.

Mas o rei havia morrido e eu era a princesa do submundo. A herdeira do inferno.

Minha mãe pediu que John cuidasse de mim. Eu acabei me envolvendo com ele, e me ferrando também. Agora estou aqui sendo torturada por um demônio que o procura.

Isso quer dizer que se eu morrer, eu não vou para o céu por ter sangue de demônio em mim. Uma coisa que me liga a John. Ambos temos sangue de demônio.

—— Tomara que eles cortem a sua cabeça.—— Com desdém, elevei um arco de sobrancelha.—— As duas.—— Soprei, olhando de relance para o seu pequeno volume.

Com os pulsos presos, elevei meus dois dedos médios de ambas as mãos, pra ele. O homem riu, apertando o queixo com o polegar e o indicador.

—— Eu iria te matar, mas eu pensei em fazer algo melhor pra mim e pior pra você.—— Ele pegou um pequeno pote de vidro sobre a mesa onde continha itens de tortura. Ele caminhou até mim, parando em minha frente e abrindo o vidro.

—— O que você vai fazer?

Meu corpo todo tremeu quando ele tocou meu ombro com o indicador, subindo seu dedo pela curva do meu pescoço até chegar em meus lábios, onde fez um gesto de silêncio.

—— Eu quero ver você sangrar. Eu quero te ouvir gritar.

E então espalmou sua mão sobre minha cabeça. Senti todo meu estômago se revirar, meus olhos literalmente saltaram das órbitas enquanto eu dentre abria a boca.

IMAGINES 2Where stories live. Discover now