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Os guardas nos arrastaram até a frente de Odin, ambos nós dois acorrentados. Mais um batalhão de guardas reais estavam à nossa volta, nos escoltando.
Lá de cima, em seu trono, o Pai de Todos olhou para nós superior como um Deus.
—— Loki.—— Frigga chamou-o. Notava-se a tristeza em sua voz.
—— Olá mãe.—— O Deus ao meu lado olhou para a mulher.—— Ficou orgulhosa?—— Com cinismo, indagou.
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—— Por favor, não torne tudo pior.—— A rainha falou. Ela me olhou triste e eu sorri.
—— Defina "pior".—— Meu marido soltou.
—— Chega!—— Odin gritou, chamando nossa atenção.—— Eu falarei com os prisioneiros sozinho.
Frigga saiu.
Loki adiantou um passo para frente e ficou em posição de sentido. As correntes batendo ocooaram pela sala do trono. Eu ri comigo mesma, recebendo um olhar travesso do Deus ao meu lado.
—— Não entendo porque toda essa comoção.—— Loki riu se juntando a mim.
—— Não tem consciência da gravidade dos seus crimes? Aonde quer que vocês dois vão, há guerra, ruína...—— Ele fez uma breve pausa.—— e morte.
—— Fomos até Midgard para governar-mos o povo da terra como um Deus e uma Rainha benevolentes.—— Loki continuou.—— Como você.
—— Não somos Deuses. Nascemos, vivemos e morremos, tal como os humanos.
Meu marido oscilou a cabeça.
—— Com uns cinco mil anos de vantagem.—— Sorriu cinicamente ao Pai de Todos.
—— Tudo isso, porque Loki e Sn desejam o trono.
—— É meu direito de nascença!
—— Seu direito de nascença era ter morrido quando criança!—— Aquelas palavras mexeram com o Deus ao meu lado que ficou em silêncio.—— Jogado em uma roxa congelada. Se eu não o tivesse trazido, não estaria agora para me odiar.
