ɴᴏ sᴄᴀʀs ᴛᴏ ʏᴏᴜʀ ʙᴇᴀᴜᴛɪғᴜʟ[𝟷/𝟸]|ᴡᴀɴᴅᴀ ᴍᴀxɪᴍᴏғғ

5.9K 299 70
                                    








—— Você tá gorda

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

—— Você tá gorda.—— Kath sorriu maldosa enquanto me analisava dos pés até o último fio de cabelo. Passei por ela, esbarrando em seu ombro de propósito.

—— Posso ficar magra, já você não pode ficar bonita.

—— É uma pena Amy ter morrido em Sokovia.—— Suas palavras me atingiram como facadas nas costas.—— Ela era uma ótima amante.

Parei no mesmo segundo. Não pensei duas vezes. Quando me dei conta, a garota estava caída no chão com a mão segurando o nariz sangrento. Meu punho doeu e eu o balancei no ar enquanto várias pessoas gritavam.

—— Qual é o seu problema!?

—— Ela nunca teve nada com você! Você é estragada por dentro e ser podre faz qualquer pessoa, mesmo a mais bonita por fora, se tornar feia! Ninguém nunca vai te amar! Nem você mesma se ama!

—— Eu vou te matar!—— Ela gritou e pulou em mim. Nós duas brigamos aos socos e puxões de cabelo. Só nos separamos quando alguns professores vieram até nós.

Como estávamos do lado de fora da escola, não tinha nada a ver com a escola e não teríamos que nos entender com a Diretora. Após ameaças de ambas as partes, fomos embora cada uma por um caminho.

Eu prendi o choro mas quando cheguei na ponte do Brooklyn, chorei tudo o que não consegui chorar quando Amy morreu. Chorei até desidratar, chorei até minha cabeça doer e eu não conseguir mais.

Amy era minha namorada há quatro anos, tínhamos planos para o futuro. Queríamos comprar uma casa e nos mudar para Seattle.

Ela tinha o sonho de trabalhar nas empresas Stark, mas o sonho foi interrompido quando um prédio caiu em cima dela, em Sokovia.

Eu estava em uma feira no centro quando tudo começou. Fui salva por Pietro Maximoff quando o trem ameaçou passar por cima de mim e os demais civis que estavam no caminho.

Logo após, tudo o que aconteceu foi horrível. Sokovia estava destruída, minha namorada estava morta e tudo estava destruído. Estava tudo acabado junto com Sokovia.

Já faziam seis meses, mas pra mim era como se fosse ontem. Eu não consegui superar, penso que nunca irei.

É difícil quando você convive com uma pessoa e do nada o coração dela para de bater.

Levaram ainda três dias para achar o corpo dela.

Encarei aqueles cabos da ponte por um bom tempo antes de ir até elas. Abandonei minha mochila no chão, segurei no primeiro cabo, enrosquei meu pé em volta, e comecei a subir.

Já estava a uns nove metros de altura, quando comecei a escutar os primeiros gritos me chamando, pedindo pra eu descer. Ignorei e continuei subindo.

Lá do alto pude ter uma visão ampla da cidade. Fiquei de pé, segurando um cabo ao meu lado direito. Estava alto, vinte cinco metros, talvez? Ao longe, observei a Torre dos Vingadores.

Eu não sei se deveria culpá-los por Sokovia. Eles salvaram o mundo, salvaram a minha vida, como todo herói faz, e como toda guerra, houve baixas. Mas mesmo com as vidas que salvaram, muitos morreram... e eles sequer se preocuparam com isso. Eles estavam em casa tomando chá.

O amor da minha vida foi uma dessas baixas.

Mal percebi que estava alí há bastante tempo, um aglomerado de pessoas tentava chamar minha atenção. Observei as pessoas apavoradas lá embaixo. Havia alguns carros da policia e bombeiros, pessoas gritando desesperadas e nervosas.

Novamente me posicionei no ponto alto da Ponte do Brooklyn e me preparei para me jogar. Meus olhos continuavam úmidos, não via nada além de um borrão.

Abri meus braços. Dessa vez os gritos foram mais altos, apavorados pedindo pra que eu descesse. E eu iria.

Fechei meus olhos, me jogando.

Senti meu corpo cair, mais e mais. O vendo batia forte e gelado no meu rosto quando fechei os olhos. Então como uma pluma, meu corpo planou lentamente no ar. Abri meus olhos.

—— “O sofrimento é passageiro, já desistir é para sempre— Uma voz feminina soou em minha mente. Percebi que meu corpo estava sendo "segurado" por uma energia cinética vermelha.—— “Pense nisso

Ví uma mulher parada na ponte, energia fluía de suas mãos em minha direção. Fui carregada até o chão, onde fui posta como uma pluma. As pessoas ainda continuavam gritando. Vários policiais e bombeiros tentaram se aproximar de mim, porém eu recuei empurrando todos.

Observei a mulher. Ela veio até mim.

—— Você está bem, Sn?

Como ela sabe meu nome? Observei os seus traços por alguns segundos. Ela me remetia alguém, mas eu estava muito nervosa para lembrar.

—— Estaria melhor se tivesse me deixado!—— Rude, tentei desviar das pessoas.

Limpei algumas lágrimas que caíram de e consegui me afastar da multidão. Peguei minha mochila no canto da ponte e sai correndo. Naquele momento eu só queria desaparecer, sumir do mapa!









IMAGINES 2Where stories live. Discover now