ᴘʟᴜᴢᴢᴇ|ᴅᴀᴍɪᴀɴ ᴡᴀʏɴᴇ

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—— Alimente-me e viverei, dê-me de beber e morrerei

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—— Alimente-me e viverei, dê-me de beber e morrerei. Quem eu sou?

A criança na minha frente pareceu pensar ao ouvir minhas palavras. Ela cruzou os pequenos braços sobre o peito e bufou.

—— Eu não sei.

—— Mas essa é a mais fácil.—— Mantive meu sorriso nos lábios escondendo minha raiva daquela piolhentinha.

—— Eu não sei!—— A menina respondeu, agora emburrada. Estava prestes a lhe dar um tapa quando o seu pai chegou atrás dela.

—— Hm, é o fogo.—— Fingindo simpatia, falei. A menina resmungou um idiota antes de dar a mão para o homem e sair da minha barraca.

Observei as pessoas no parque de diversões. Todas riam e se divertiam, nenhuma pensava em chegar perto da minha pequena barraca de charadas. Era uma boa maneira de arrancar dinheiro desses idiotas, já que seus cérebros do tamanho de uma ervilha não têm capacidade o suficiente para resolver minhas charadas.

Nunca ninguém conseguiu.

Contudo isso era algo que não me entusiasmava. Fico frustrada por usar meu intelecto em assuntos tão triviais, é um desperdício de talento com todos esses hipócritas.

Eu queria que eles parassem de tentar me conter, conter minha mente espetacular! Parece que estou rodeada de palhaços e mentirosos! Eu nasci pra mais que isso! Mesmo quando eu desisto de tudo, eu quero tudo!

Cresci sem um pai e minha mãe morreu quando eu completei doze anos. Sem dinheiro e nem amigos, acabei indo morar nas ruas. Cada dia dormia em um lugar diferente, apanhava dos mais fortes e acabava tendo que comer do lixo. Até que fui "adotada" pelo dono do parque de diversões. Comecei como faxineira, limpando os banheiros químicos e varrendo o chão.

Após ele ver que eu tinha potencial com minha mente aberta e brilhante, ele me arrumou essa barraquinha pra fazer minhas charadas e quebra cabeças. Uma barraca pequena próximo ao banheiro químico fedido e nojento estava perfeito.

Sintam minha ironia.

E agora com dezesseis anos eu só queria ter dinheiro suficiente pra sumir pelo mundo. Estou cansada dessa vida medíocre que levo!

Nós viemos aqui para mandar. Eu nasci para dar ordens, não recebê-las.

Eu sou uma charada colorida, ninguém pode ser igual a mim. Estou crescendo, mesmo com apenas dezesseis anos, sinto que estou ficando sem tempo.

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