cornetto [jikook]

33 ▪i dont love u 2 ▪

[C O N T I N U A]

Algo nas palavras de Jimin me dizia que aquela não era apenas uma confissão do momento e algo no seu olhar me dava a certeza disso.

Eu estreitei o olhar, porque se ele me queria beijar... Porque não estava o fazendo?

"Nós precisamos conversar, Kookie." Ele disse, puxando a minha mão e sentando-se no sofá.

Eu deixei o meu corpo cair do lado do seu, e ele passou as pernas dele por cima das minhas, mas apenas isso. O seu braço pousava em meu ombro enquanto ele me olhava com aquele olhar de piedade que eu não entendia.

As minhas maiores suspeitas eram que ele terminaria aquilo naquele momento, terminando nossos encontros ou mesmo a nossa amizade, mas ele não parecia estar com esse intuito.

"O que foi?" Eu perguntei, nervoso, sem pensar muito nas minhas palavras ou no meu tom.

Ele arregalou o olhar levemente.

"Não se chateia!" Ele guinchou, me assustando também. "Está tudo bem." Ele assegurou, acariciando os cabelos da minha nuca.

Eu fiquei quieto e calado, porque ele estava me enervando por não dizer nada.

Eu virei-me para ele em certo momento, para ele tomar isso como uma iniciativa, mas apenas me olhava, brincando com as próprias unhas.

"Eu só acho que..." A sua voz assustou-me, tão preocupada. "Precisamos deixar claro umas coisas, entender o que queremos aqui."

Eu fuzilei-o com o olhar, quase queimando, porque eu não fazia a mínima ideia de como aquela conversa terminaria e isso me assustava.

"Aqui?" Eu me fingi de burro, apenas confirmando suspeitas.

"Entre nós."

Ah... Jimin.

Eu encostei a minha nuca no sofá, encarando o teto.

O que eu lhe poderia dizer? Senta no meu colo e me beija? Porque era isso que eu queria!

Era difícil pensar em Jimin como alguém que não estaria ali comigo dali em diante, mas e se fosse isso que ele queria?

"Eu gosto de você, Jungkook." Ele disse, e eu fechei os olhos, sabendo que ele estava redondamente enganado. "Mas não daquele jeito pesado, entende? Eu não... Eu não te amo."

Eu soltei uma gargalhada seca.

"Legal, Jimin." Eu disse. "Eu também não te amo."

Ele pareceu um pouco em choque, mas eu não disse nada. Talvez ele não esperasse aquilo, ou talvez ele achasse que eu... o amava?

"Mas isso não quer dizer que a gente não possa se divertir, não é?"

Eu sacudi os ombros, entendendo perfeitamente o que ele queria.

"Eu sei o que está sugerindo." Eu murmurei, fechando os olhos com força.

Jimin parcialmente ou sem Jimin de todo?

"Nós estamos fazendo isso..." Ele murmurou sozinho. "Entende, não é?"

"E você quer continuar?" Eu perguntei, mas era uma dedução convencida. Não era o meu carácter, mas era o que se arranjava.

"Oh... Jungkook..."

Eu arregalei os olhos com aquele gemido inusitado e então ergui a cabeça, o olhando. Ele sorria galanteador, irresistível.

"Se eu quero." Ele completou e eu sorri de canto.

"Então somos dois." Eu subi os ombros, os deixando cair e o puxando para mim em seguida.

Ele se sentou no meu colo, de frente para mim, com as suas pernas do lado das minhas, naqueles collants apertados, segurando os meus ombros.

"Então eu posso te beijar?" Ele riu, se chegando para perto.

As minhas mãos, em sua cintura, desceram um pouco, e ele ergueu um pouco o corpo, o peso em seus joelhos, juntando as nossas testas, me deixando ter acesso a sua bunda, que eu aproveitei.

"Jimin." Eu segui o seu rosto com o meu, em procura de seus lábios provocadores, enquanto ele ficava de joelhos, colando o seu quadril ao meu peito. Ele sorriu, quase me beijando mas esperando a minha fala. "Você pode fazer o que quiser comigo."

Ele riu sacana, segurando os cabelos da minha nuca com força enquanto pegava os meus lábios nos seus e as minhas mãos atrevidas apertavam o seu corpo, o puxando contra mim, tendo a certeza que pedi-lo para ficar com aquelas roupas fora a melhor decisão da minha vida.

Os seus braços esticaram-se preguiçosamente sobre os meus ombros, abaixando-se um pouco e fazendo-me apertá-lo mais entre meus dedos, felizes por aquele contacto.

"Promete não se apaixonar?" Ele perguntou, murmurando contra o meu queixo, enquanto as minhas mãos desciam para as suas coxas e ele se sentava de novo.

Eu ri baixinho, tocando o meu nariz no seu e provocado a sua boca, selando os nossos lábios como em uma promessa.

Eu não era bom em mentir, toda a gente sabia, mas naquele momento eu fui o melhor ator.

"Prometo."