75 ▪ mariage ▪

1.9K 313 116
                                    

O que sabia eu da avó de Jimin?

Bom.

Ela pagava a escola de dança dele.

E era avó de Jimin.

"É longe?" Foi o que eu perguntei, porque eu não queria parecer incomodado por estar indo conhecer um membro da família de Jimin.

"Não." Ele me respondeu rápido. "Só vamos almoçar."

E porque está me levando com você, Jimin?

"Legal." Eu murmurei, batucando os dedos na minha própria perna.

"Você vai adorar, ela cozinha muito bem." Ele assegurou, todo confiante. "Mas antes temos que parar para eu te dar uns beijos."

Eu acabei gargalhando, negando com a cabeça e o ouvindo rir.

"Temos de parar?"

"Na bomba de serviço." Ele disse, explicando, e eu o encarei, de sobrancelha erguida. "A garotinha gosta de vinho, sabe?"

Eu ri.

"Garotinha?" Questionei e ele concordou com um aceno.

"Não chama ela de senhora, Jungkook!" Ele mandou, rindo sozinho. "Ela não vai deixar você entrar!"

"Entendi, entendi." Eu assegurei, o vendo entrar na estação de serviço, que estava perceptivelmente deserta.

E no interior, de forma quase típica, mal nós entramos, a garota na caixa se ajeitou, puxando o lollipop da sua boca e o jogando no lixo.

Jimin gargalhou alto quando estava seguindo pelos corredores e a vimos, os dois, ajeitando os seios, então ela fingiu não nos ouvir e continuou na sua enquanto eu seguia atrás de Jimin.

"Qual é bom?" Ele perguntou, parando em frente da secção de vinhos e segurando a minha mão mal eu fiquei do seu lado.

"Como eu vou saber?" Eu o olhei, porque de nós dois certamente Jimin seria quem entenderia alguma coisa daquilo, mas ele parecia tão confuso quanto eu.

"E aí? Você sabe qual é bom?"

Eu acabei me assustando quando ele se virou para a garota da nossa idade na caixa, que nem disfarçou que estava nos encarando, e Jimin passou o braço pela minha cintura, levando o meu junto por não ter largado a minha mão.

"O mais caro." Ela retrucou, nos olhando de cima a baixo, então Jimin voltou a olhar a vitrine.

"O que você acha?" Ele me perguntou e eu corri o olhar pelos preços, sacudindo os ombros e ficando com um beiço confuso nos lábios. "Certo." Ele então se baixou na minha frente, pegando um dos da prateleira de baixo, e eu lambi o lábio inferior, olhando a sua bunda empinada na minha frente e a forma como ele subiu depois, sacudindo o cabelo, desentendido até olhar para mim e rir.

Então ele segurou a minha face, sorrindo, segurando a garrafa de vinho preta e bordô, olhando para o lado, verificando que ainda era observado, para depois, logo a seguir, passar a língua pelos lábios também, subir em seus pés e beijar a minha boca.

E eu quase o quis parar, mas ultimamente Jimin vinha tomando conta de mim, então eu o deixei, segurando a sua cintura um segundo antes de ele voltar a pisar no chão e caminhar para o balcão, pousando logo o cartão junto com a garrafa cara.

"Três anos de casados." Jimin gabou a mentira, batucando os dedos no balcão e a garota arregalou o olhar ao passar aquilo pelo leitor de barras, logo pegando o cartão dele, e Jimin me olhou, rindo em silêncio.

"Não seria melhor champagne?" Ela perguntou, nos olhando, mais discreta agora, provavelmente duvidando da nossa idade. "Para comemorar?"

"Não é o nosso casamento." Jimin ergueu as sobrancelhas. "É o dele, com uma outra pessoa qualquer."

A garota me olhou, perplexa, e eu tossi, sem ficar constrangido e sim piada, pela primeira vez.

Jimin era louco.

"Vocês... Você está brincando." Ela disse, rindo nervosa, e eu quase senti pena dela.

"Vou te dar um concelho, boneca." Ele declarou, passando o cartão pela máquina, esperando a compra ser concluída. "Bunda é melhor que buceta."

Eu acabei arregalando o olhar, sem acreditar que ele tinha dito aquilo, e então ele sorriu doce, angelical, como se aquilo não tivesse saído da sua boca.

E, pegando a garrafa, ele sorriu de novo e ergueu as sobrancelhas para ela.

"Nunca confie em um cara sem aliança, ok?" Foi o que disse, levando aquilo a cabo, e eu me virei, rindo para mim mesmo, sentindo Jimin apalpando a minha bunda e rindo também.

Então eu esperei que nós deixássemos a loja de conveniência daquela estação de serviço, o olhando de esguelha e desatando a gargalhar.

"Onde nós vamos comemorar, traidor?" Ele perguntou, ficando na minha frente e virando costas ao caminho, enlaçando o meu pescoço com os braços. "Eu sou o amante. Que excitante." Murmurou, aproximando os lábios do meu pescoço e o beijando. E depois parou, me fazendo segurar a sua cintura, e segurou a minha nuca em bicos de pés, se aproximando do meu ouvido. "Onde fodemos hoje, Jeon?"

"Em lado nenhum." Eu resmunguei, beijando os seus lábios e o largando, fazendo o caminho para o carro. "Estamos indo visitar a avó."

"Credo." Resmungou antes de entrar no carro. "Em aniversário de casamento?" Ele riu, e eu me aproximei, pousando a mão na sua coxa, contra a sua virilha, aproximando o rosto da curva do seu pescoço e o sentindo afastar um pouco as pernas.

"Se fosse aniversário de casamento, você não seria o amante." Eu comentei, e ele riu baixinho, voltando a pousar o braço sobre o meu pescoço e me deixando beijar a sua pele.

"Legal." Acabou murmurando, quando eu chupei a pele e ri também. "Quem eu seria?" Provocou.

"O cara nos meus lençóis." Eu respondi, sorrindo contra a sua pele e passando o meu nariz por ela antes de chegar à sua orelha.

"O que você faria?"

"Qualquer coisa." Eu respondi rápido, passando a língua pela área sensível do lóbulo e apertando a minha mão na sua virilha, o ouvindo ofegar e soltar algum ar preso.

"Qualquer uma?" Perguntou e eu ri de uma vez, subindo a mão para os seus cabelos, na lateral, os afegando e deixando um selinho na sua pele.

"Não é aniversário." Eu comentei, voltando ao meu lugar de forma correta, puxando o cinto de segurança e então eu o vi fechar um pouco as pernas e sorri.

"De casamento." Acrescentou e eu sorri de novo, o vendo girar a chave e ligar o rádio.

"Nem nosso."

cornetto [jikook]Where stories live. Discover now