ACAMPAMENTO MFP | CONCLUÍDA |

CAPITULO 32

A semana passou tão rápido que a quinta feira chegou trazendo grande expectativa. Faltava pouco para acontecer dois eventos que eram muito esperados por todos nós, a listagem dos grupos selecionados e o acampamento a céu aberto.

Dizer que aturei bem essa semana seria uma completa mentira. Hamanna não para de me encher o saco dizendo que minha tpm está prolongada, mas todo mundo tem o direito de meter o pé na jaca de vez em quando. Não é humano estar feliz o tempo todo, e toda hora. Lila por outro lado fala que tenho que resolver meus problemas "inside" para conseguir abrir meu sorriso de novo. Sinceramente tento falar com elas, mas entra em um ouvido e sai pelo outro. Não estou a fim de ficar observando o meu eu interior, não tenho tempo para isso. Tenho muito o que fazer.

Houve apenas exceção pelo projeto do musical já que é meio impossível não trocarmos algumas palavras, no entanto Marília não me dirigiu a palavra desde aquela noite. Espero que não haja nenhum plano maléfico por trás disso. De todo o jeito estou em alerta, não sei suas intenções futuras.

"Droga!" Me escondi debaixo do travesseiro.

Meu despertador atiçou o que há de pior em mim... Tive muita vontade de ignora-lo, mas infelizmente não fui capaz de fazê-lo. "Quem sabe um dia eu não consigo..." pensei levantando derrotada.

- Bom dia, flor do dia! Como está seu humor hoje? - Hanna disse com aquele sorriso enorme.

- Vocês decidiram mesmo invadir o meu quarto essa semana... Credo. - Resmunguei fazendo o que tinha que fazer.

- Já vi que não. Te esperamos no refeitório. - Ela deu meia volta e saiu me deixando sozinha novamente.

Freitas é outros que tem me ignorado, mas hoje isso vai mudar. "Ô se vai"

Saindo do alojamento o vi passando e não poderia perder aquela oportunidade. Corri e segurei em seu braço o fazendo parar.

- É serio isso? - Perguntei franzindo o cenho para ele. - Vai ficar mesmo me evitando?

- Lana, agora não.

- Agora não? Eu jamais imaginaria que você seria um completo idiota a esse ponto, esperava mais de você. Isso tudo por que eu não quis ser sua namorada? Você precisa crescer um pouco. Aqui! - Disse apontando para minha cabeça. - Eu entendo que seja frustrante ser rejeitado, mas você é meu amigo e não queria perder a sua amizade. Eu te dei um tempo para pensar, mas isso já é demais. Se não quer mais ser meu amigo me fala na cara. Isso é mais humano do que ficar evitando os outros. Eu sei que eu já fiz isso, mas eu aprendi a lição. Agora é a sua vez.

Saí com passos largos e pisando firme. Sentia um misto de frustração e magoa. O caminho que eu traçava não importava muito em devidas circustância, só queria me ver longe dele o quanto antes.
Quase cai ao bater meu ombro contra algo firme.

- Ái! Ola, sumida.

Virei para trás com a mão no ombro. Douglas me olhava de uma forma curiosa. Acredito que ele estava a estudar meu comportamento. Resolvi quebrar o gelo, de clima tenso bastava a conversa com Adriel.

- Não estou sumida, você está.

- Touché. O que faz por aqui a essa hora? - Perguntou encostando a cintura na mureta. Só então percebi que estávamos na ponte.

É impressionante como até o meu subconsciente sabe que este tem sido meu refúgio todas as vezes que algo me acontece.

Soltei um longo suspiro.

- Precisava pensar um pouco.

- Problemas? - Perguntou colocando o braço em meus ombros me abraçando de lado olhando para o nada.