CAPITULO 75 (BÔNUS)

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POV. Marília

Sigo para a mesa onde estão os frios e as bebidas e começo a beliscar alguns petiscos. Essa criatura me deixa com uma fome incansável, que me enche o saco. "Só espero que meu corpo volte ao normal quando tudo acabar..."

A melhor coisa que aconteceu na minha vida de cinco anos pra cá foi Laguna ter se entremetido. Ela não sabe o quanto tem me ajudado, mesmo antes de nos tornamos amigas. Todas as palavras que ela me lançava como represaria as minhas provocações ficavam em minha cabeça por vários dias, mas eu não tinha forças para mudar o rumo das coisas. A anos que eu vivo, vivia, no mesmo mundinho de falsidade, trapaça, sedução e superioridade. Era o que eu conhecia, como eu aprendi ser.

Laguna se mostrou diferente desde o primeiro dia. Com seu sorriso de anjo, sua gentileza inexplicável e seu altruísmo. No começo eu a odiei por ser tão perfeita. Mesmo depois de tudo o que eu fazia ela ainda não se deixava abalar e depois, sem qualquer motivo, me estendeu a mão.

Ela decidiu ser amiga da pessoa que mais lhe fez mal. Pode ter começado por pena, mas ela conseguiu quebrar todas as barreiras que eu construí entre nós duas. Ela as vezes escolhe estar comigo, mesmo que isso a deixe em maus lençóis.

- Olha só se não é a vagabundinha. Tá achando que uma roupinha bonita, uma coroa na cabeça vai servir pra esconder que você é uma... - Fernando se aproximou me medindo de cima a baixo

- Voce está falando comigo? - Olhei pra ele com desdém interrompendo o que ele ia falar. - Me desculpa a falta de atenção, é que não me identifiquei com nenhuma de suas palavras. Se você não se importa, eu tenho mais do que fazer do que bater papo com um cara sem conteúdo como você. Boa festa.

- Sabe Marília, estou muito curioso. Como você consegue dormir à noite sabendo que estragou a vida de uma cara com uma carreira tão promissora como a de Érico?

- Eu tenho a consciência limpa. Não errei sozinha. - Dei de ombros e me virei para seguir meu caminho para longe dele.

- É... Ele realmente falou muitas coisas sobre aquela noite. Estou a sua disposição se quiser ter uma melhor experiência. - Fernando puxou meu braço me virando novamente de frente para ele e começou a acariciar meus braço, ombro e pescoço, enquanto olhava para os meus seios. - Meu quarto é no fim do corredor, tenho certeza que ninguém nos atrapalharia.

- Você é um porco! - Cuspi as palavras em seu rosto. - Desencosta essas mãos imundas de mim.

- Quem diria... A vadiazinha pagando de santinha...

Mordi a língua, eu não daria o braço a torcer. Não me rebaixaria ao nível dele. Estou a tanto tempo lutando parar me redimir da pessoa nojenta que eu já fui. Não jogaria isso fora por uma reles provocação. Tentei novamente me soltar e suas mãos ficaram mais apertadas em torno dos meus braços.

- Me solta, você está me machucando.

- Acontece que você não vai embora enquanto não me der o que eu quero. - Ele se aproximou e sussurrou as palavras em meu ouvido. - E já deixei bem claro sobre do que se trata.

Não pensei duas vezes e dei uma joelhada em seus países baixos. Por um breve instante ele me soltou o que me permitiu dar alguns passos para longe dele. Mesmo assim  não foi suficiente, só fez com que ele ficasse com mais raiva. Seu aperto ficou ainda mais forte quando ele me alcançou.

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