+Praescitum+

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—Jackson? Ah, meu Deus. Yugyeom, ele está acordando!

O mais velho abriu os olhos devagar, estranhando ouvir a voz de Bambam. Por fim percebeu que ele estava ali e Yugyeom também. Ambos o olhavam preocupados.

—Eu...estou na sede? — perguntou, a voz rouca.

—Jackson! —os dois se aproximaram dele e o abraçaram, aliviados e felizes por ele finalmente abrir os olhos.

—Ei, ei...—o mais velho sorriu, então abraçou os dois. —O que aconteceu? Por que estou aqui?

Os dois o soltaram. Jackson tentou se levantar, mas Yugyeom o impediu.

—Não faça esforço agora e fique quieto.

—Ah.—gemeu, ao perceber que sua cabeça ainda pesava, então se deitou novamente.—Há quanto tempo estou aqui?

—Faz dois dias que a gente te trouxe. Você nunca demorou tanto para acordar...—respondeu preocupado.

—Dois dias? Só pode ser brincadeira...

Seu pai entrou no quarto, sorrindo de forma aliviada ao perceber o filho acordado.

—Estou feliz que você finalmente acordou, filho.

—Pai... —o Wang mais novo sorriu.

O mais velho se sentou ao lado do filho, então lançou um olhar para os dois mais novos, como se quisesse dizer que precisava de um tempo com ele. Os dois saíram e deram as mãos quando estavam no corredor. Jackson sorriu, ao perceber que tinham feito as pazes, ele sabia que os dois não iam ficar brigados por muito tempo.

—Você está bem?—o pai perguntou. Não era a primeira vez que Jackson tinha uma crise daquelas. Já tivera tantas que não era possível nem contá-las. No entanto não seria ele quem sairia dizendo seus pontos fracos na posição em que se encontrava. Tinha de saber esconder e por fazer isto tanto, acabou se acostumando.

—Estou. Só estou com uma dor de cabeça fraca.

—Reymond, o filho dele e o Im ficaram preocupados. Ficaram o tempo que puderam, mas tiveram que ir para a fronteira.

—Uhm...

—Eu não quero te pressionar, filho. Você está se esforçando muito naquele lugar. Vou pensar num jeito de resolver isso.

—Não. Não quero que se coloque numa posição difícil por causa de mim. Você já tomou sua decisão como líder, não volte atrás por minha causa. Tenho tudo sob controle e não é como se eu estivesse em maus termos com ninguém ali. Sinto que tive progresso.

—Isso...é ótimo, filho. Estou apenas preocupado. Não quero que te aconteça nada, desta vez você demorou muito para acordar...

—Eu sei. Vou descansar mais por uns dois dias, então você não vai precisar mais se preocupar. A Sede também é uma prioridade pra mim. Você quer que eu siga seus passos, então deixe-me fazer tudo certo.

O pai sorriu, ainda que se sentisse desconfortável. Não podia exprimir nada de maior, justamente para proteger o filho ainda mais.

—Vou deixar você dormir mais.—falou, bagunçando os cabelos do filho.

—Obrigado, pai.

Jackson fechou os olhos, então dormiu novamente.

Estava em um lugar escuro. Era noite, para ser exato. Parecia estar em uma floresta. Os barulhos de galhos batendo e o vento uivante atingiam seus ouvidos.

Andou um pouco, apesar de não saber direito para onde. Parou próximo à uma clareira, onde havia uma pessoa. Parecia olhar para os lados, procurando algo. Não soube dizer porque, mas olhou para o relógio de ponteiros que marcava datas. Dia 24.

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