Capítulo 10

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Depois que ele saiu, Cait sentou-se sobre a cama e suspirou longamente. Se não controlasse sua cabeça e seus hormônios, se encontraria na mesma situação complicada com um homem ao qual freqüentemente achara difícil resistir. Dessa vez resistiria, mesmo se isso significasse evitá-lo sempre que possível. Infelizmente, Sam não era uma pessoa fácil de ignorar.

Se ele não mantivesse a boca fechada e as mãos para si mesmo, corria o risco de mandar Cait embora antes que ela tivesse a chance de se instalar. Teria de se lembrar com freqüência que ela havia concordado com o arranjo por causa da conveniência, e que tinha um namorado. Ele não gostava desse fato, mas não podia fazer nada a respeito. Ou não faria. Noutra época, talvez tivesse tentado, mas não agora. Não se quisesse provar a ela que poderia ser um bom pai para sua garotinha é um bom homem pra ela mesmo depois de tudo.
Todavia, suas boas intenções começaram a desaparecer quando Ela saiu do quarto usando uma camiseta e um short acima dos joelhos, estava pronta pra dormir.

Uma série de avisos disparou em sua mente. Ele precisava ser forte. Precisava ignorar a vontade de correr os dedos ao longo da sua pele exposta. Precisava esquecer a idéia de encostá-la contra a parede e...
-- Ela ainda está dormindo?- perguntou Cait assim que se aproximou.
- Eu não ouvi um único som vindo do quarto, mas podemos confirmar isso juntos.
Sam empurrou a porta entreaberta, permitindo que um facho de luz do corredor entrasse no quarto, iluminando o berço. Com Cait ao seu lado, eles andaram silenciosamente até o berço, para encontrar Lizzie deitada imóvel, os olhinhos fechados.
Cait posicionou dois dedos contra os próprios lábios, então os pressionou no rosto do bebê. Ele queria dizer: "Olhe o que nós fizemos, Balfe" mas permaneceu calado até que eles saíram do quarto e voltaram para o corredor.
Ele não estava pronto para lhe dar boa-noite, e isso o fez perguntar espontaneamente:
- Você quer um vinho? - Embora tivesse quase certeza de que ela recusaria.
- Eu não posso beber você sabe mas - respondeu Ela, surpreendendo-o. - aceito um chá.
Silenciosamente, eles foram para a cozinha, onde Sam pegou uma garrafa de Whisky, seu favorito enquanto pegava a chaleira para esquentar a água para fazer o chá dela.
- Vamos tomar no terraço. - disse ele assim que lhe entregou a xícara de chá.
Ela franziu o cenho.
- E se Liz acordar?
Ele puxou a babá eletrônica do bolso
- Veremos se ela acordar.
- Tudo bem.
Ele já podia dizer que ela ia cometer o erro de ser superprotetora, como sua própria mãe. No entanto, uma vez que Lizzie era a primeira filha dela, ele podia entender aquela atitude até certo ponto, e optou por não criticá-la. Tinha de admitir que não era inocente no que dizia respeito a se preocupar com sua filha. Mas também não pretendia sufocá-la.
No terraço, Sam puxou uma cadeira para Cait e sentou-se do lado oposto. A noite estava clara e relativamente tranqüila, com a exceção de um coro de gafanhotos e a passagem ocasional de um carro ou outro.
Ambos permaneceram em silêncio por algum tempo, antes que Cait dissesse:
- Eu Adoro o verão, ponto final.
Sam sorriu.
- Eu lembro. - E era verdade. Ela preferia calor ao frio.
Ela liberou uma risada sem humor.

_ Costumávamos a falar muito.- disse ela o olhando antes de toma um gole de seu chá

_ É, silêncio nunca foi o nosso forte.- disse ele dando um gole em seu Whisky._ A não ser quando...

Cait afastou a xícara dos lábios
_ Nem ouse termina.- o advertiu.

_ Ainda podemos ser amigos Cait - disse ele apoiando os cotovelos no joelho.

Cair suspirou

- Você acha?
- Sim.
- Suponho que podemos ser.- disse ele.- Por Lizzie. Afinal ele planejava lidar muito bem com a amizade dos dois, independentemente do que fosse necessário para isso.
- É, você pode ter razão.- cedeu ela
- Eu tenho razão, Balfe.- disse ele com um sorriso vacilante nos lábios, se levantando e recolhendo a garrafa de Whisky que estava no chão e Cait fez algo que ele nem de longe esperava. Aproximou-se, rodeou-lhe a cintura com os braços, beijou seu rosto e disse:
- Obrigada pelo Chá.
Sam não pôde evitar pensar que ela estava o testando. E se ela permanecesse tão perto por mais algum tempo, ele provavelmente fracassaria. Felizmente, ela deu um passo atrás, parecendo um pouco embaraçada, e talvez até surpresa por ele não ter tomado nenhuma iniciativa física. A verdade era que Sam queria mais do que apenas um abraço amigável. Mas do que um beijo no rosto já que suas bocas já se conheciam tão bem, queria mais do que um agradecimento educado. Ele a queria e muito.
Quando se recuperou, respondeu:
- De nada. Fico feliz que você tenha decidido se mudar para cá.
- Sabe de uma coisa? Eu também estou feliz. Vejo você pela manhã.
Sim, ela o veria, e ele iria para a cama sozinho, imaginando o que teria acontecido se tivesse arriscado e a tivesse beijado. Cait provavelmente bateria nele primeiro, e depois faria perguntas. Então ele cumprimentou a si mesmo mentalmente por ter se controlado e respondido ao desafio... dessa vez.

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