Capítulo 21

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Tão logo o último membro da família partiu, Sam voltou-se da porta para ver que Cait tinha desaparecido. Temeu que ela estivesse arrependida de mandar Lizzie com o Tio e a Avó. Temeu ainda mais, que ela tivesse se arrependido de ficar sozinha com ele...
Depois de uma procura pela casa, ele voltou para o quintal para encontrar ela nadando na piscina.

Sam sentou-se numa cadeira e a observou por vários minutos, até que finalmente ela subiu à procura de ar e começou a nadar na direção dele.
A luz automática da piscina se acendera, banhando-a na água azul, fazendo seus olhos azuis parecerem quase translúcidos. Ela moveu-se através da água como uma sereia e parou nos degraus, parecendo como a fantasia favorita dele. Embora não saísse completamente da piscina, Cait finalmente lhe deu uma grande visão de seu corpo num biquíni preto que apesar de discreto, o biquíni tinha o impacto muito grande sobre ele.
                                                   
Ela descansou a mão na grade da escadinha da piscina e enfiou a outra na água, estava de costas pra ele que estava sentado.
— Você não vai se juntar a mim?
Ele mudou de posição na cadeira e esfregou a palma da mão na barriga, chamando a atenção dela.
— Não sei. Estive nadando a maior parte do dia. Talvez devêssemos conversar sobre isso primeiro e
Sem aviso prévio, ele se colocou por trás dela, livrou-a do sutiã do biquíni, o jogando em algum lugar.                         
— Você ainda quer conversar?
Oh! Deus, não!
— Esta é sua versão de acenar a bandeira branca da rendição?
— Eu diria que é preta e eu me rendi no minuto que você se aproximou. Sam não podia exatamente explicar sua hesitação, além do fato de que queria ter certeza que ela sabia no que estava se envolvendo.
— Se eu entrar aí com você, não vou querer parar.
— Eu não vou parar você, também.
Pondo de lado todas as suas reservas, ele teve a presença de espírito de tirar suas sandálias , mas nem mesmo se importou em tirar sua camiseta e sunga... por enquanto. Quando endireitou o corpo e começou a entrar na piscina, Cait nadou para longe, antes que ele desse o primeiro passo dentro da água. Depois de somente algumas braçadas, tinha ela nos braços, e cobria-lhe a boca num beijo que provavelmente seria considerado ousado em qualquer circunstância.   
Eles se movimentaram na água por algum tempo até que ele moveu-se para o lado raso da piscina, permitindo que seus pés tocassem o fundo. Cait interrompeu o beijo primeiro e cerrou o cenho.
— Isso não vale, uma vez que estou quase nua e você inteiramente vestido,
Quando ela agarrou a bainha da camiseta dele, Sam ergueu os braços e deixou-a tirá-la pela cabeça.
— Satisfeita? — perguntou ele enquanto a observava arremessar a peça para o deck.
— Sim, mas o que é isso por baixo de seu braço?
Droga! A cicatriz do tubo que eles tinham usado para administrar a quimioterapia.
— Não sei o que você quer dizer.
— Levante o braço e eu lhe mostrarei sobre o que estou falando. Ele podia satisfazê-la ou ignorá-la.
— Não é nada que já não estivesse aí antes, Cait.
— Eu conheço bem cada centímetro de seu corpo, Sam, e não me lembro de qualquer cicatriz debaixo de seu braço.
— Pare de bancar a doutora, mulher. Não é nada. — Ele beijou-a novamente. — Agora, onde estávamos?
—Acredito que estávamos despindo você.
Quando ela agarrou o elástico de sua sunga, Sam trouxe-lhe as mãos até seu peito.
—Não apresse as coisas — disse ele. — Estou tão excitado no momento que isso vai terminar antes que comece, se não tivermos cuidado.
Ela sorriu.
— Agora você sabe como eu me senti no deck naquela noite.
— Eu gostaria de saber como você se sente agora. — Ele pressionou as palmas da mão contra o traseiro dela, curvou a cabeça e com a ponta da língua seguiu o caminho de gotas de água deslizando do pescoço elegante para o peito dela.
Quando ele fechou a boca sobre um dos seios, ela arqueou as costas e enterrou as unhas nos ombros largos. Ele a vira daquele jeito antes, tremendo, ávida, perdendo a última partícula de controle. E sabia precisamente como lidar com aquela situação.
Sam enganchou as pernas dela em volta de sua cintura, depois a carregou pelos degraus para a toalha que ele havia estendido no chão sob o carvalho, mais cedo naquele dia. Ele a colocou de pé e, sem dizer uma palavra, deslizou a parte de baixo do biquíni pelos quadris femininos. Quando o pano minúsculo caiu no chão, ela livrou os pés e chutou-o para o lado.
Ele deu um passo para trás e visualmente viajou pelo corpo dela, absorvendo a visão do território familiar que já explorara antes. Mas aquilo não tornava a perspectiva de repetir a experiência menos excitante.
— Você é tão bonita quanto eu me lembro.
Ela sorriu pra ele e antes que ele pudesse deitá-la na toalha para demonstrar o quão bem a
Conhecia, ela disse:
— Não podemos fazer isso, Sammy. Que momento para ela reconsiderar.
— Como você quiser, Não vou forçar nada.
— Eu quis dizer que não podemos fazer isso aqui, a menos que você tenha um preservativo.— Sam? — perguntou ela quando ele não respondeu. — Você está bem?
Ele ficaria, tão logo fizesse amor com ela.
— Sim. Eu volto num instante.

  
Desde muito cedo no percurso do relacionamento deles ela havia aprendido uma coisa importante sobre ele: ele sabia o que as mulheres gostavam. Inúmeras vezes ele a levara ao reino do prazer enlouquecedor com sua habilidade como amante. Mas, acima de tudo, ele tinha uma tendência a fazê-la esquecer a razão. Aparentemente, aquilo não havia mudado.

— Quando eu me juntar a você nessa toalha, não haverá retorno.
Ela somente queria ir em frente sem nenhum pensamento do passado, ou sobre o que poderia ter sido. Pensar nisso seria doloroso demais.
— Eu quero estar com você, Sam. Não sei o que mais posso fazer para convencê-lo.
— Estou convencido. — Ele jogou o preservativo no chão ao lado dela e finalmente deslizou a sunga quadris abaixo, aliviando quaisquer dúvidas de que também a queria.

Pelo menos fisicamente.
Quando ele moveu-se sobre a toalha estendida, a tomou nos braços e segurou-a por um momento. Havia uma ternura surpreendente no beijo dele no começo, mas como fora entre eles antes, a paixão e a química logo prevaleceram.
Os lábios sensuais desceram pelo seu corpo, e ela pensou brevemente no perigo em permitir tal intimidade. Pensou no quão facilmente poderia entregar-se a ele novamente. Mas logo afastou tal preocupação, fechou os olhos e cedeu às sensações. Uma brisa quente soprou sobre ela, mas não diminuiu o calor. Somente ele podia aliviar o desejo, e ele fez isso, usando a boca com tanta maestria que ela agarrou a toalha.
No princípio, ele mostrou certa contenção, levando-a para a beira do orgasmo, antes de erguer a cabeça. Ela sabia exatamente o que ele estava fazendo... retirando-se até que ela não pudesse mais suportar. E quando ela alcançasse aquele ponto, ele a tomaria completamente.
Ela não pôde evitar a elevação involuntária dos quadris, ou a vontade de gritar, ou o clímax que chegou pleno e muito rapidamente. Todavia, aquilo não era suficiente.
Como se sentisse aquilo, ele sentou-se e rasgou o envelope do preservativo e enquanto deslizava para dentro dentro dela, ele ofegou longamente e prendeu-lhe o olhar.
— Fique imóvel por um minuto — disse ele. — Eu quero me lembrar disso.
Ela não sabia se ele pretendera dizer que queria se recordar de todas as vezes antes, ou se já estava se preparando para dizer adeus novamente. Mas não teve tempo para ponderar sobre o assunto quando ele começou a mover-se, vagarosamente no início, até que acelerou o ritmo. E ela foi absorvida pela flexão dos músculos poderosos por baixo de suas mãos, no poder absoluto que ele exercia sobre ela. Sam sempre fora alguma espécie de camaleão durante o ato do amor... algumas vezes, brincalhão, outras, tentadoramente sedutor... todavia, jamais tão intenso como agora. Especialmente os olhos que mantinha fixos nos seus.
Ela sentiu desespero no modo como ele a beijou, na maneira como a abraçou, como se não pudesse chegar perto o suficiente. O modo que lhe falou num sussurro rouco, descrevendo como era a sensação de tê-la cercando-o. Como ela o estava enlouquecendo. Ele moveu os quadris contra ela e tocou-a de um jeito que demonstrava que estava determinado em não encontrar sua própria satisfação até que ela encontrasse a sua novamente.
Ela queria que ele alongasse o tormento prazeroso. Que nunca parasse.
— Sammy, eu não sei se posso agüentar isso.
— Você pode, querida.
E ela atingiu o clímax novamente, com muito mais intensidade do que jamais pensara ser possível.
Ele então liberou todo, seu controle e com uma investida final gemeu, estremeceu e tombou sobre ela.
O som da respiração de ambos ecoava no silêncio da noite, enquanto ela imaginava se o compasso de seu coração voltaria ao normal. Também questionou se algum dia seria capaz de encontrar outro homem que pudesse amá-la tão bem quanto ele. Se sempre compararia qualquer homem com ele. Se algum homem estaria à altura dele.

Depois de um tempo, ele rolou de costas, levando-a consigo. Por diversos momentos, eles ficaram daquele jeito, os corpos aconchegados, a cabeça dela descansando sobre o peito dele e as pontas dos dedos dele acariciando-lhe as costas.
Quando o sono começou a dominá-la, Cait percebeu que a hora para enfrentar a realidade tinha chegado.       
—Temos de ir buscar nossa filha.
Sam afastou uma mecha de cabelos da face dela, colocando-a atrás da orelha.
— Minha mãe planeja manter Lizzie até amanhã cedo, a menos que liguemos e dissermos que estamos a caminho. Não quero dar esse telefonema.
Ela levantou a cabeça para fitá-lo.
— Não sei, Sam. Ela...
—... ficará bem. Tenho certeza que ela já está dormindo, e não vejo qualquer necessidade de tirá-la da cama no meio da noite. E eu também não estou pronto para terminar isso. Precisamos compensar o tempo perdido.
Aquilo fazia sentido, pelo menos quanto à parte de não perturbar o bebê. Mas Cait ainda tinha algumas limitações.
Compensar o tempo perdido podia envolver um auto custo.
Ele a beijou novamente. De forma sedutora e prazerosa.
— Fique comigo, Caitriona. Na minha cama, a noite inteira. Você não se arrependerá.
Ela não estava certa disso.  Passariam as próximas horas na cama, fazendo amor novamente, trazendo mais lembranças a superfície novamente.
—Tudo bem, ficarei com você. — Pelo menos durante aquela noite.

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