Capítulo 17

609 44 1
                                    

— Errado.  
— Então está pensando que, daqui a algumas horas, assim que você tiver adormecido, Lizzie vai acordar para você alimenta-la .
Agora ela se sentiu culpada, de alguma maneira.
— Não, mas obrigada por me lembrar.
— Certo, está refletindo por que está sentada com um homem que a dispensou por nenhuma razão aparente.
Um homem sexy que por acaso estava disponível, e lhe era familiar. Além disso, ela não queria um compromisso dele agora, apenas um pouco de conforto.
Cait levantou a cabeça e olhou-o diretamente.
— Na verdade, eu estava pensando que gostaria que você cala-se essa boca maravilhosa e me beijasse.   
Um momento de indecisão cruzou as feições de Sam antes que ele pusesse os cabelos dela atrás de uma orelha e lhe segurasse o queixo com a mão. Atendeu ao pedido roçando-lhe os lábios com os seus, mas apenas brevemente. Então repetiu o gesto, demorando-se um pouco mais. Na terceira vez, ele a beijou completamente, com fervor.
Como ela sentira falta dos beijos dele, da gentileza dele, de suas técnicas incrivelmente tentadoras! A habilidade de fazê-la se sentir tão... tão... excitada. Algumas carícias ao luar eram inofensivas, contanto que aquilo não fosse longe demais. Mas quando o beijo continuou, aprofundando-se e intensificando-se, Cait desejou mais.
Como se lesse seus pensamentos, Sam deslizou uma das mãos por baixo de sua blusa e acariciou-lhe os seios através da renda fina do sutiã. O bom-senso tentou convencê-la a parar com aquela loucura imediatamente, mas quando ela fora capaz de chamar o bom senso em momentos que o envolviam? Não levou muito tempo antes que ela estivesse se contorcendo de modo inquieto contra ele, silenciosamente incentivando-o a avançar. A levá-la ao limite e além, como ele um dia fizera.
Quando Sam deslizou a palma ao longo da curva de seu quadril e curvou-a no interior de sua coxa, bem acima do seu joelho, Cait não podia agüentar mais. Ela puxou-lhe a mão para cima, guiando-o para o lugar onde mais queria a atenção dele.
Ela afastou a boca tempo suficiente para sussurrar:
— Eu preciso...                                            
— Eu sei do que você precisa — disse ele. —Algumas coisas a gente nunca esquece.                
No momento que ele a beijou novamente, Cait esperou ele desabotoar  sua calça, Em vez disso, ele a massageou por cima do tecido de algodão da calça social, suavemente no começo, em seguida aplicando mais pressão. O clímax aconteceu com tanta rapidez e força que ela estremeceu e gemeu.
— Isso não requisitou muito esforço da minha parte — disse Sam, acompanhado de uma risada baixa e sexy.
Cait não sabia se devia se sentir mortificada ou grata.
— Faz tempo.
— E como. — Ele abaixou a braço que rodeava o ombro dela. — Agora que você está relaxada, é hora de dormir.

Cait não estava tão embaraçada ao ponto de não querer terminar o que eles tinham começado, apesar das circunstâncias.. Apenas sexo conveniente, como Bárbara colocara de forma tão graciosa. E se ela realmente acreditasse que aquele era o caso, então estava louca.
—Minha cama ou a sua?
Sam se levantou do banco de balanço e a encarou.
— Você vai para a sua cama e eu vou para a minha.
Ela sentiu como se ele tivesse esmagado seu ego.  
— Obrigada, desgraçado. Você teve sucesso em me fazer parecer no cío. Se não queria terminar isso, então, por que começou?
— Eu não comecei.
Droga, ele estava certo.
— Então, por que simplesmente não me falou que não queria isso?
Ele apoiou uma das mãos no encosto do banco e a outra sobre o braço, e inclinou-se para a frente, tão perto que ela poderia beijá-lo novamente.
— Se acredita que eu não quero fazer amor com você agora, então não me conhece mais, Caitriona
Pelo menos aquilo proporcionava alguma salvação para a auto imagem dela
— Se isso é verdade, então o que o está detendo?
Sam endireitou o corpo e passou a mão pelos cabelos.
— Eu não vou me aproveitar de você quando está vulnerável. E não vou fazer amor com você a menos que tenha certeza que quer estar comigo, não porque está procurando  diversão no sexo.
Ela suspirou
— Eu não sei o que estou procurando, Sam. — Aquela era a resposta mais honesta que ela podia dar.
— Foi o que pensei. — O tom de voz dele era carregado de desapontamento.
Ela se levantou e puxou a bainha da blusa.
— Você tem razão. É melhor dormirmos em quartos separados e esquecer que isso aconteceu. — Pelo menos ela poderia tentar esquecer.
Sam apontou para ela.
— E eu vou cuidar de Lizzie esta noite, de modo que você possa ter um sono tranquilo.
Ela estava realmente cansada para discutir.
— Tudo bem. Mais alguma coisa?
Quando ela começou a andar, Sam deu um passo atrás.
— Sim. Vá para a cama antes que eu dê adeus aos princípios e mude de idéia.
Ela foi tomada por um estranho senso de poder.
— Não se preocupe, Sam. Vou tentar resistir ao impulso de ataca-lo no meio da noite, mas não faço promessas.
Ela virou-se e caminhou para dentro da casa, enquanto refletia como Sam estivera errado sobre sua motivação. Ela não queria diversão. Não gostava de sexo conveniente. Ela o queria... tanto que chegava a doer. Sempre o quisera. Mas tê-lo vinha com um alto preço, porque o conhecia.
Conhecia a habilidade inata dele de fazer uma mulher se sentir como se nenhuma outra jamais tivesse existido. Também sabia que ele tinha um hábito de deixar uma trilha de corações partidos... o seu entre eles. Todavia, Ela era mais forte agora. Podia lutar contra envolvimento emocional. Poderia aceitar o que Sam estava disposto a dar, contanto que não cruzasse a linha do amor.
É claro, teria de convencê-lo a participar. Isso exigiria paciência e uma dura batalha. Experiência lhe ensinara que expectativa era o melhor afrodisíaco do mundo.
Mas o risco valia realmente a pena? Oh, sim, valia. Ele valia muito apena.

Outra Vez Amor Where stories live. Discover now