Capítulo 25

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— Ela está bem, Sam.

Considerando o modo que Lizzie se comportava no momento, alegre por observar seu mobile acima do berço, chutando os pezinhos contra o colchão, ele tinha de concordar.
— Você não a viu esta manhã, Cait. O choro dela era diferente, como se alguma coisa a estivesse machucando.
Ela voltou do berço e o fitou.
— Eu chequei a temperatura e examinei a barriga dela. Uma vez que ela não tem nenhum outro sintoma, provavelmente sente uma pequena dor de barriga. Pode ser a mudança do leite, ou de algum fruta ou verdura, Eles haviam começado introdução alimentar a duas semanas e por enquanto ela não havia tido nenhum sintoma de reação alérgica ou intolerância.

— Ela recusou tudo que oferecido a ela— disse ele, — Tomou somente um pouco do leite esta manhã e não quis mais nada desde então. Na verdade, não tem se alimentado bem nos últimos dias.
Cait checou seu relógio e decidiu pegá-la para oferecer-lhe o leite materno mas Lizzie só mamou um pouco e depois não quis mais.
_ Está vendo? - disse Sam.
Cait não sabia muito bem o que fazer já que ela não estava aparentando nenhum sinal de febre ou dor.
— Passam somente alguns minutos do meio-dia. Tente lhe dar outra mamadeira dentro de uma hora ou coisa assim.
— E se ela não aceitar?
— Então me ligue novamente e verei o que fazer. — Cait inclinou-se e beijou o rosto da filha que agora estava no colo dele. —Mamãe vai voltar logo. Tente ser boazinha com papai.
Quando Cait saiu do quarto, Sam seguiu-a até o corredor.
— Você se incomoda de parar por um segundo para falar comigo?
Ela virou-se e cruzou os braços sob os seios.
— E disso que se trata? Você me chamou em casa a fim de que pudéssemos conversar?
Ele decidiu tentar amenizar a atmosfera usando um pouco de seu charme.
— Talvez devemos ligar pro Brian, afinal ele é melhor pediatra que conheço.
A expressão cínica de Cait dizia que ela não estava impressionada.
— Ele é o único pediatra que você conhece. Contudo, Lizzie tem sua própria médica e você encontrará o número dela pregado no refrigerador. Mas estou quase certa de que sabia disso, o que me traz de volta à primeira teoria. Seu pedido para que eu viesse até aqui não era somente por causa dela.
A tentativa de charme foi substituída por ira.
— Se você sinceramente acha que eu usaria nossa filha como uma peça de jogo, então sua opinião sobre mim é pior do que eu pensava, Caitriona.
Ela esfregou as têmporas e olhou para o chão.
— Não sei o que pensar. Sei que Lizzie parece perfeitamente bem e que poderíamos ter lidado com isso pelo telefone.
Mesmo um suspiro profundo não fez nada para aliviar sua raiva.
— Isso lhe serviria muito bem, não é mesmo? Sem conexão pessoal ou coisa assim. Você não fala comigo há três dias, e sequer olhou para mim agora.
Cait finalmente ergueu o olhar para ele.
— Você me prometeu que não faria isso.
— Prometi que não tocaria em você. O que não significa que não podemos ser civilizados. Talvez isso seja o que está errado com nossa filha. Ela sente a tensão entre nós, e não está nada feliz com isso, assim como eu não.
— Talvez seja apenas o calor, Sam.
A Escócia poderia estar sofrendo com uma onda de calor severo nas últimas duas semanas, mas a temperatura na casa tinha sido reduzida. Ele teria preferido um discurso bombástico ao silêncio de Cait.
— Talvez você esteja determinada a me punir pelas próximas semanas.
Ela desviou o olhar novamente, indicando a ele que ele tocara na verdade.                                                      
— Eu realmente preciso ir — disse ela. — Estarei no Estúdio da NBC e Também preciso falar com Bárbara.                                         
... Apreensão o assolou.
— Sobre o quê?
— Como falei noites atrás, não me sinto confortável morando aqui com você, Acredito que seria melhor se voltássemos para o apartamento.                                                     
Pânico substituiu apreensão.
— Não faça isso, Cait. Não a tire de mim ainda. Deixe-me ter esse tempo com ela.                        
— Preciso voltar ao trabalho, Sam.
—Vá em frente! — Ele fez um gesto impulsivo em direção ao pequeno escritório. — Volte para o trabalho, mas primeiro, quero deixar uma coisa bem clara: você pode me detestar por tanto tempo quanto quiser, e pode levar Lizzie para fora da casa ou fora do estado, mas eu não vou me afastar. Planejo estar na vida da minha filha e isso significa aniversários e formaturas e, se Deus quiser, levá-la pela igreja até o altar. Se eu tivesse uma chance, nós compartilharíamos tudo isso juntos, como uma família. Porém, uma vez que isso não é mais uma opção, você precisa pensar bastante sobre como quer lidar com nosso futuro relacionamento. Qualquer conflito entre nós vai afetar nossa filha.
— Não posso fazer isso agora. — Ela olhou para a porta, mas antes de desaparecer de vista encarou-o e disse: — Se você notar qualquer sintoma a mais no bebê e ficar preocupado, leve-a para o hospital e pergunte pela Dra. Dyven.
Sam queria impedi-la de ir embora, implorar uma vez mais, convencê-la que ele a amava, Em vez disso, deixou-a ir embota, sabendo que era apenas uma questão de tempo até que ela partisse para sempre... a menos que ele pudesse encontrar um meio de convencê-la que eles pertenciam um ao outro. Se pelo menos tivesse uma pista de como fazer isso.

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