#23 - A Escuridão Da Dor

6.1K 435 184
                                    

Mil coisas aconteciam ao meu redor, mas não conseguia percebê-las ou distingui-las

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Mil coisas aconteciam ao meu redor, mas não conseguia percebê-las ou distingui-las.

Eu só sabia que estava no hospital Sant'Angelo porque as palavras de Adam não saiam da minha mente, elas eram as únicas coisas que eu me lembrava

"Foi o Matt, ele sofreu um acidente de carro e está no hospital Sant'Angelo"

Minha visão estava embaçada devido as lágrimas que se recusavam a cair, escutava algumas vozes distantes, mas não consegui entendê-las, a única coisa que sentia era uma mão quente e grande na minha cintura, com se estivesse me segurando e provavelmente estava, se a mão se afastasse de mim, com certeza eu cairia.

Eu havia me desligado do mundo, não tinha mais controle sobre o meu corpo, minha garganta estava seca, a dor em meu peito não a embora. Era uma dor tão familiar para mim, carreguei ela por muito tempo após a morte da minha mãe e ainda a carrego, mas ela estava escondida e meio a outros sentimentos, mas nunca esquecida.

Senti minhas pernas se moverem, elas apenas acompanhavam a mão que e guiava, me sentei em uma poltrona e a mão quente se afastou, o frio tomou conta de mim, meu corpo todo começou a tremer, senti uma sensação de abandono...

Até que um braço passou ao redor dos meus ombros, me aconcheguei ao corpo sentado ao meu lado e descansei minha cabeça em seu ombro. Era um corpo tão quente, eu me encaixava perfeitamente nele, era como se fosse meu lar, algo que eu não sabia o que significava fazia tempo.

Me perdi em pensamentos, sentindo o perfume do corpo quente me acalmar, e suas mãos passearem por meu braço me trazendo conforto, até que uma figura alta, careca e negra, parecendo ter uns sessenta anos, vestido com um jaleco branco apareceu na porta da sala de estáamos.

— Familiares de Matthew Simons, por favor, sou o Doutor Willian – A voz era rouca, mas transmitia calma quando falava. Todos ao meu redor se levantara em um impulso, inclusive o corpo quente ao meu lado, coloquei meus pés em cima da poltrona e me encolhi abraçando minhas pernas.

— Somos nós - Reconheci a voz de Camille

— O que vocês são do paciente?

— Amigos – Camile respondeu novamente, sua voz estava rouca, como se ela tivesse chorado.

E pensar que em nossa adolescência Mille não gostava do Matt, ela dizia que ele era uma má influência para mim e só o tolerava por ser meu amigo, ficava muito brava quando eu a trocava por ele.

— E a família onde está? Podemos passa informações apenas para familiares

— Ele não tem família – Minha voz saiu fraca, senti vário pares de olhos em minha direção.

— Desculpe, o que disse senhorita? - A voz rouca e calma do médico dirigida a mim teve o poder de me irritar. Como ele poderia estar calmo em uma situação como essa?

Prazer Em Chamas - Livro I Duologia Em ChamasOnde histórias criam vida. Descubra agora