Capítulo 8.

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Chegamos no supermercado faz um tempo, digamos que estou um pouco alterada, o motivo é duas garotas que não param de seguir a gente desde que entramos no supermercado. Consigo perceber claramente a cada passo que damos para algum corredor, sempre que olho para trás pego elas nos olhando e desviando o olhar rapidamente para as prateleiras.

Só faltam se jogar para cima do Dylan!

Elas não sabem disfarçar em nada, sempre com um sorriso olhando o Dylan, esperando ele olhar para trás para perceber que elas estão lá, o que é bastante patético pois ele é tão lerdo que ainda não percebeu elas duas atrás de nós, ou talvez ele tenha percebido e não esteja dando a minima para isso.

queria fazer minhas compras em paz e ir comer logo.

—Emilly, coloca com cuidado os produtos no carrinho.– paro de olhar as meninas e olho pro Dylan que está com uma face irritada.

Ele ficou encarregado de ler a lista para mim ir pegando os produtos, e ele está fazendo um ótimo trabalho, prestando atenção apenas na lista e nos produtos.

—Mas estou colocando com cuidado!

—Claro que está!– ele revira os olhos e olha na direção das garotas.

Como se estivesse ganhando uma passagem para Disney, elas abrem um sorriso e ficam mexendo no cabelo de bruxa, elas ainda não perceberam que estão passando vergonha, aposto que estão olhando com interesse para ele, só querem saber do dinheiro dele e do cargo de futuro alfa. A maioria das garotas nessa alcateia são assim, interesseiras e cínicas.

—Por que está olhando para elas com vontade de pular no pescoço delas?– volto a minha atenção para o seu rosto e percebo um sorriso convencido nele.

—Elas estão seguindo a gente já faz bastante tempo, isso está me incomodando, não sou fugitiva da polícia para ficarem me seguindo.

—Tem certeza que é isso que está te incomodando?– ele começa a rir e eu solto um rosnado na sua direção.

Isso tudo porque estou de TPM.

Não estou irritada porque elas ficam se jogando para cima do Dylan, é claro que não, só que eu estou aqui e elas são muito sem noção, se eu fosse a namorada dele e mesmo assim elas se jogariam em cima dele, falta de respeito.

Que absurdo, não suporto garotas assim, minha vontade é de arranca as suas gargantas com as minhas garras, meu humor estava ótimo até chegar nesse supermercado.

Volto a minha atenção para a prateleira de produtos de limpeza e tento ocupar a minha cabeça no qual detergente eu levo, mas isso fica difícil com a risada do Dylan atrás de mim.

—Não precisa ficar com ciúmes minha jovem!

Me viro para o lado e percebo uma mulher com cabelos grisalhos, mas sua aparência é contraditória com a cor dos seus fios, e um sorriso simpático no rosto, talvez tenha 50 anos.

—Falou comigo?– pergunto.

—Confie no seu namorado, confiança é tudo para um relacionamento dar certo!

Olho para ela um pouco confusa e percebo o semblante indecifrável no rosto do Dylan, olho para trás e para o meu lado, tentando achar alguém perto que ela esteja falando, mas acho que foi comigo.

—Ele não é o me...– sem me dar tempo de terminar a frase, ela vai em direção ao um homem, que aparentemente tem a mesma idade que ela, com um carrinho de compras.

Que estranho, mais estranho ainda ela me comparar como namorada desse lobo sarnento, mas bem que ela me pareceu bem simpática, gosto de idosos, ainda mais anciãos.

Mas credo, ser namorada desse daí se eu estivesse louca.

Pego um dertegente na prateleira e abro o mesmo, sentindo o cheiro bom saindo dele, viro o meu rosto na direção do Dylan para pedir opinião, mas no mesmo momento sinto os meus punhos formigarem ao presenciar aquelas duas garotas chegando perto dele.

—Oi, me chamo Carol, essa daqui se chama Vanessa.– essa voz está me dando vontade de vomitar.

—Prazer, me chamo Dylan e essa daqui é a Emilly.– sem nem mesmo me esforçar para ser educada, mantenho a minha cara fechada.

—Nós sabemos o seu nome, aliás, quem não sabe o nome do futuro alfa daqui, mas essa daí eu não sabia.

Observo elas me olharem de cima a baixo e fazerem uma cara de nojo, era só o que me faltava, sabia que o meu instinto não estava errado, elas não prestam.

—Você poderia me dar o seu número para nos conhecermos melhor.– ela fala passando a mão no braço do Dylan que não faz absolutamente nada para impedir.

Sem perceber, acabo apertando as minhas mãos, só que umas das minhas mãos ainda está segurando o detergente, com isso acaba espichando detergente em uma das garotas. Quando percebo o que fiz, largo o dertegente, que cai no chão, melando um pouco o local.

—Me desculpem, sério, foi sem querer!– tento falar com sinceridade,  mas fica difícil quando olho para a blusa de uma das garotas e o seu rosto.

—Qual é o seu problema garota?– uma delas sai andando e a outra vai atrás com o rosto vermelho de raiva.

—Foi sem querer!– exclamo, mas tenho certeza que elas não ouviram.

—Depois quem é o esquentadinho sou eu!– só agora percebo o Dylan do meu lado rindo.

—Cala a boca, realmente foi sem querer!

—Emizinha, isso tudo foi ciúmes?

—Não, vamos logo terminar essas compras porque estou com fome.– falo me abaixando para pegar o detergente que sem querer eu desperdicei, vamos ter que pagar por ele.

—Sim senhora!

Meu Companheiro Inesperado I (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now