Capítulo 51.

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Pessoas sorrindo e nos cumprimentando, circulam com abundância pela praça principal da alcateia, festejando antes da aparição da lua de Sangue nessa noite, falta apenas três horas para o acontecimento ansiado por todos os lobos, acredito que para os vampiros também seja assim, só não sei como eles festejam, pois nunca pisei em seus territórios e acredito que nenhum dos lobos possam saber também, mas sei que nas alcateias isso é celebrado com bastante comida e dança.

Barracas estão organizadas ao redor, uma banda com músicas da nossa região está bem no centro, decorações estão enfeitando por cada canto da praça. Agarro a mão do Dylan e me aproximo em uma das barracas de espetinhos, sendo recebida com um sorriso no rosto, pego um espetinho de frango e Dylan pega outro.

—Vamos achar o pessoal?– ele pergunta.

—Vamos, o Pietro já deve estar aqui junto com o Thomas.

Voltamos a caminhar pelo local, tentando achar algum rosto conhecido e não demoramos muito para achar um Pietro com o Thomas ao seu lado, rindo de algo que o mesmo falava, mas tinha algo de diferente em seu olhar, talvez ansiedade. Ao nos ver, o Pietro acena para nós e se aproximamos deles.

—Estávamos procurando vocês!– Pietro diz ao me abraçar.

—Estão aqui a muito tempo?

—Sim, Pietro fez questão de me arrastar bem cedo para cá!– Thomas finge um semblante indignado, mas o sorriso que quer aparecer nos seus lábios acaba o entregando.

—Foguinho, você é um péssimo mentiroso!– Thomas passa os braços ao redor da cintura do Pietro e sussurra algo em seu ouvido.

Tentei ao máximo me segurar e não ouvir o que ele tinha falado, mas a minha audição e a minha curiosidade não deixou, me fazendo sorrir com a frase "Adoro quando você me chama assim, amor!", que o Thomas sussurrou, fazendo o Pietro corar.

—Melhor deixar vocês a sós!– digo puxando o Dylan junto comigo, que não protesta em nada.

Olho uma última vez para trás, adimirando o quanto eles ficam lindos juntos, com suas testas coladas, logo iniciando um beijo lento. Volto a minha atenção para frente e avisto os meus pais com os pais do Dylan.

—Talvez o Thomas seja um cara legal, e espero que ele seja, pois se magoar o Pietro, ele vai virar um cadáver!– Dylan exclama enquanto estamos se aproximando dos nossos pais.

—Que fofo, mesmo que você não goste de ser chamado de fofo, você fica fofo falando assim!

—Nem comece, Lobinha!

—Ok, mas pode ficar tranquilo, como eu já te disse, Thomas é perfeito para o Pietro!

—Você chegaram!– meu pai diz ao nos avistar.

—Estava com saudades!– minha mãe me aperta em seus braços.

—Mãe, eu te vi ontem!

—Não importa, já se passou vinte horas de relógio.– ela me solta e volta a ficar ao lado do meu pai.

—Estão se alimentando bem?– tia Alice pergunta.

—Claro!– falamos ao mesmo tempo.

—Pelo visto não estão comendo verduras!

—Querida, eles já estão grandinhos, sabem se cuidar!

—Claro que não sabem, eles ainda vão ser as minha crianças, mesmo se estiverem com quarenta anos!

Sinto um aperto na minha mão e olho para o Dylan, que faz um gesto com a cabeça para sairmos dali, minha mãe começa a defender a tia Alice e só o meu pai nos ver saindo de perto, ele sorri para mim e eu retribuo.

Meu Companheiro Inesperado I (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now