Capítulo 27.

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Observo atentamente cada jogador entrar no campo, todos comportados ou ansiosos, mas tem um certo jogador, que não é tão certo assim, que entrou fazendo gracinhas e uma dancinha extremamente estranha até chegar na sua posição de ataque.

O Pietro não tem jeito!

Mas com isso acabou arrancando risadas de uma pessoa em especial, que não para de olhar na minha direção.

Aquelas covinhas é o meu ponto fraco!

Talvez eu saiba do verdadeiro motivo para esses olhos verdes estarem sempre nessa parte da arquibancada, o Thomas. Vai ser bem difícil fazer o Dylan, pelo menos, ter uma simpatia com o Thomas.

Antes o Dylan entrou tenso no campo, dava para perceber o seu nervosismo e o Pietro o ajudou com isso.

Volto a minha atenção no jogo que acabou de começar, mesmo que eu não entenda muito, quero tentar prestar atenção dessa vez.

—Emi, quem é aquele de camisa 18?– escuto a voz do Thomas e desvio a minha atenção para ele.

—Aquele é o Pietro, vou apresentar vocês depois do jogo!

—Ele é o garoto que você queria me apresentar?

—Sim, vocês vão se dar bem.

—Algo em mim está com curiosidade em o conhecer!– sorrio para ele e logo em seguida o mesmo volta a olhar pro jogo.

Quando eu iria tentar entender o que estava acontecendo, tomo um susto com a multidão que começa a gritar em comemoração e as pessoas do nosso colégio gritam o nome do Pietro.

Eu pisquei o olho e eles fizeram pontos?

Percebo o Pietro correr pelo campo e subir nas costas do Dylan que começa a comemorar pulando e correndo com ele, ainda com um sorriso no rosto, o Pietro desce das costas do Dylan e passa o seu olhar por toda a arquibancada, ainda comemorando, mas o seu olhar para na minha direção, só que não em mim.

O Pietro congela no lugar com o seu sorriso se desfazendo, daqui da para perceber a sua feição intrigada observando algo. Com bastante curiosidade, observo as pessoas ao meu redor para tentar identificar quem ele estaria olhando.

Mas fico ainda mais confusa quando também percebo a mesma feição do Pietro no rosto do Thomas, os seus músculos estão tensos, a sua respiração descompensada e em nenhum momento ele fecha os olhos ao olhar para o Pietro.

Essa troca de olhares só duram apenas dois minutos, pois o Pietro balança a cabeça e põe o seu capacete ao escutar o apito do treinador, meio atordoado, ele volta a correr pelo campo.

—Está tudo bem?– pergunto para o Thomas que apenas confirma com a cabeça, sem dizer nada ou tirar a sua atenção do campo.

Mesmo estranhando tudo aquilo, volto a minha atenção pro jogo. Agora quem está com a bola na mão é o Dylan que desvia dos oponentes com facilidade.

Assim fica fácil demais, na certa o nosso colégio vai ganhar de novo, que sem graça.

Faço uma careta de dor ao observar o oponente derrubar o Dylan, que logo levanta e vai atrás da bola.

Que agressividade em um jogo só!

Toma essa distraído!– comemoro ao ver o Dylan no controle mais uma vez.

Pelo visto o sarnento gosta de estar no controle.

Levanto com tudo da cadeira ao observar o Dylan marcando mais pontos, pulo junto com a multidão que estão gritando muito o nome do Dylan, um sorriso involuntário não quer deixar o meu rosto ao observar o Dylan tirar o capacete e correr rindo na minha direção.

Penso que ele iria parar no meio do caminho, mas tomo um leve susto ao observar as pessoas darem espaço pro Dylan subir os degraus. Sem parar nenhum momento, ele circula os braços na minha cintura e me levanta do chão.

Risadas saem dos meus lábios e eu círculo os meus braços ao redor do seu pescoço, quando consigo sentir os meus pés tocarem novamente no chão, ele me puxa ainda mais para ele e encosta a sua testa na minha, o seu olhar penetrante fixa no meu, a sua respiração acelerada se mistura com a minha, uma de suas mãos vão na direção da minha nuca e sinto os seus lábios tocarem nos meus em um simples selar, involuntariamente os meus olhos se fecham e tento focar na maciez dos seus lábios que é surpreendentemente prazerosa. Aos poucos ele se afasta de mim com um sorriso no rosto e desce correndo as arquibancada para voltar pro jogo.

Quando as vozes das pessoas invadem os meus ouvidos e os meus sentidos, absorvo tudo que acabou de acontecer, os meus olhos dobram de tamanho e eu sento rapidamente na arquibancada com uma mão na boca.

—Tem certeza que vocês não se gostam?– o Thomas fala rindo do que acabou de acontecer, mas não consigo prestar atenção em nada no momento.

Com um simples selar de lábios, as minhas mãos já começaram a suar e ficar extremamente gelada, como se uma sensação de adrenalina fizesse o meu corpo se agitar por dentro, fazendo com que meu coração bata rapidamente dentro do meu peito, a minha barriga desse várias voltas como uma montanha russa, sem contar a minha respiração que estou tentando acalmar, mas está sendo uma missão impossível.

Tento afastar o sentimento de incomodo por terem várias pessoas olhando para mim e deixo apenas o sentimento de conforto e de excitação, balanço a minha cabeça e volto a olhar pro jogo.

Mesmo que a minha atenção não esteja nem um pouco voltada ao jogo.

Meu Companheiro Inesperado I (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora