Capítulo 29.

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Em questões de segundos, sou arremessada para longe, sinto o meu corpo se chocar fortemente em um troco da árvore, o que me faz cair no chão choramingando por sentir uma dor forte nas minhas costas.

Tento ignorar a dor e levantar para poder me defender, mas essa pessoa é extremamente rápida e me levanta pelo pescoço, me fazendo se debater para tentar sair do aperto.

Quando o foco da minha vista volta ao normal, consigo ver os cabelos negros, os olhos vermelhos e a pele do rosto pálida como se fosse um defunto, mas vivo o suficiente para poder me jogar mais uma vez no chão e abrir um sorriso satisfatório ao me ver cada vez mais vulnerável.

Que ótimo, um vampiro! Por que ele veio me atacar antes dos meus dezesseis anos? Poderia esperar mais um pouco.

-Quero só ver a cara deles quando eu enviar um presente com a cabeça da protegidinha.- ele fala se aproximando novamente de mim com um sorriso, que mostra as suas presas.

Com a rapidez, que não me dá tempo de agir, ele pega os meus pulsos e prende eles com uma mão em cima da minha cabeça, solto um grito ao sentir a mão gélida passar pelas minhas coxas.

-NÃO ENCOSTA EM MIM!- rosno chutando ele, mas não parece que fez nenhum efeito.

-Pensando bem, poderíamos aproveitar um pouco!- ele fala subindo as suas mãos para dentro da minha blusa.

Os meus olhos dobram de tamanho e tento a todo custo me soltar dele.

-DYLAN!- grito o único nome que passa pela minha cabeça.

Rosno ainda mais alto ao sentir uma dor terrivelmente forte no meu pescoço, lágrimas saem do meu rosto ao se mexer e piorar ainda mais a dor, a ardência. Sinto-me cada vez mais fraca, sem forças para continuar gritando ou tentando tirar as suas mãos no meu corpo e a sua boca no meu pescoço.

Um sorriso fraco aparece no meio das lágrimas no meu rosto, ao ouvir um rosnado conhecido e o corpo do vampiro sendo jogado para longe de mim, com uma brutalidade que me faz se satisfazer ao ver a cena.

Grulhi de dor ao tocar no meu pescoço, a consistência metálica e avermelhada se espalha nos meus dedos, tento ignorar a ardência no meu pescoço e viro o mesmo para poder observar o Dylan lutando contra o vampiro, que não tem chance nenhuma contra ele.

-É sério que você tentou atacar ela e ainda veio sozinho?- o sorriso que aparece no rosto do Dylan poderia assustar qualquer um ao observar, mas não a mim.

Em piscar de olhos, o Dylan arranca a cabeça dele e o corpo vai ao chão sem vida, o Dylan joga a cabeça dele em um canto qualquer como se não fosse nada e vem até mim.

-Ele te machucou?- ele pergunta se ajoelhado no meu lado.

Seus olhos, agora esverdeado, percorrem por cada parte do meu corpo e para no meu pescoço, a sua feição se torna tensa ao olhar fixamente para o machucado, que ainda está escorrendo pequena porcentagem de sangue.

-Não deveria ter matado ele, deveria tê-lo torturado o suficiente até ele mesmo preferir a morte!

-Está tudo bem, você chegou a tempo.- falo dando sorriso fraco para ele.

-Eu me lembro bem de dizer para ficar dentro do colegio.

-Na hora, não percebi que tinha saído dele.

-Sempre teimosa. Vamos pro hospital agora, lobinha.

-Não precisa de hospital.- falo tentando me sentar no chão, mas sou impedida de cometer esse ato pela mão do Dylan.

-Não vai adiantar em nada você negar, você não consegue se curar.

Ele passa um de seus braços por baixo das minhas coxas e o outro nas minhas costas para poder me carregar, sem protestar em nada, fecho os meus olhos e sem perceber, acabo pegando no sono pelo conforto de estar em seus braços.

(...)

Ao abrir os meus olhos, percebo que não estou na minha casa ou na do Dylan. Ao tentar levantar, uma ardência nas minhas costas se torna presente, com isso acabo lembrando de tudo que aconteceu nessa noite.

Uma mão quente toca no meu ombro de leve, mas não consigo ficar assustada com esse gesto repentino, viro o meu rosto e percebo algo no meu pescoço, parece algum tipo de curativo.

-O médico disse que você já pode ir para casa, ele me passou alguns remédios para te dá amanhã e disse que com repouso você vai melhorar rápido.- ele fala me ajudando a me levantar da maca.

-Dormi por quantas horas?- pergunto percebendo a escuridão pela janela da sala branca.

-Apenas duas horas, quando chegarmos em casa você irá poder descansar.- ele fala tentando me pegar no colo da mesma maneira que me trouxe.

-Não precisa me pegar no colo, já estou melhor.

-Fica quieta lobinha, gosto de ter você nos meus braços!- ele abre um sorriso que mostra as suas covinhas e me faz sorrir junto.

Meu Companheiro Inesperado I (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now