Capítulo 11.

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Olho mais uma vez para entrada, sem nem mesmo me mover para caminhar até ela, pessoas passam por mim com um sorriso no rosto e caminham até a entrada da festa, todos então bastante animados para se divertir, mas não sei se estou realmente animada para entrar, uma parte de mim quer entrar e se divertir, outra parte está confusa se realmente vai ser uma boa escolha.

Respiro fundo e começo a caminhar para dentro da grande mansão, a música está bem alta, olho ao redor para tentar achar alguém conhecido, mas nada, tem adolescentes cheios de hormônios se pegando na pista de dança, no Jardim, piscina...resumindo, em todos os lugares, mas também tem alguns adultos que veio presenciar a evolução do alfa.

Algumas pessoas estão se jogando na piscina, certamente estão bêbados, talvez eu tenha chegado um pouco tarde demais por causa da minha demora para se arrumar, e a festa claramente começou cedo.

—Emilly, pensei que não iria aparecer!– dou um pulo para trás e coloco a mão no peito.

Por onde a tia Alice brotou?

—Oi tia, claro que não iria faltar, não ia dar esse gostinho pro Dylan!– elevo um pouco a minha voz por conta da música e observo ela e tio Carlos sorrindo.

—Vocês dois!– Tio Carlos fala balançando a cabeça em sinal de negação, mas com um sorriso no rosto.

—Não sei se ele iria querer isso, bom, se divirta querida, mas cuidado!– a olho meio confusa, mas logo perco eles de vista pela multidão.

Volto a caminhar pela pista de dança para tentar encontrar a Isa ou o Pietro. Começo a percorrer o meu olhar em cada pessoa que está pulando e dançando, mas ele para na direção do Dylan que está encostado em uma parede me olhando fixamente, conheço esse olhar, é o mesmo olhar incógnita que ele me lança e me deixa confusa, só que a diferença dessa vez é que a cor dos seus olhos estão em um vermelho ardente.

Sinto um corpo esbarrar em mim e algo molhar o tecido do meu vestido, o que não me admira já que estou no meio da pista de dança parada, mas com isso acabo desviando o olhar do Dylan.

—Desculpa, desculpa, foi sem querer!

Olho pro meu vestido e percebo a mancha causada pela bebida.

Não sou nem um pouco azarada!

—Não foi a sua culpa, estamos em uma pista de dança e é claro que algo assim poderia acontecer.– olho para direção que tinha visto o Dylan, mas ele não está mais lá.

Dou de ombros e começo a andar na direção do banheiro, sem me importar com o garoto que se esbarrou em mim. No meio do caminho, mais pessoas se esbarram em mim e tenho que respirar fundo para não me estressar com esses empurrões.

Abro a porta do banhiero e pela minha sorte estava vazio, me olho pelo espelho e percebo que vai dar para perceberem essa mancha na parte da barriga no vestido, que está em uma coloração azul por conta da bebida, e para piorar o vestido é em uma tonalidade clara.

Deixo a água escorrer pela minha mão, deixando ela molhada o suficiente para logo em seguida esfregar na área manchada do vestido, mas só faço a situação piorar.

—Realmente manchou!– tomo um leve susto ao ouvir a mesma voz do menino que se esbarrou em mim e olho para o lado, podendo observar o seu rosto com mais detalhes por conta da iluminação.

O seu tom de pele clara vem acompanhada com algumas sardas no seu rosto, o seu cabelo ruivo com os fios bagunçados lhe dá um ar ainda mais sexy e ao mesmo tempo fofo, os seus olhos são verdes um pouco mais claro que o do Dylan, e sua altura é mais alta que o Pietro, apesar que quase todos os garotos ganham do Pietro em questão de altura.

Pietro só é um pouco mais alto que eu e a Iza, quando criança o mesmo era pirraçado pela sua altura pelos garotos da nossa sala, mas com o tempo eles foram parando de o pirraçar, pois o Pietro passou a se defender.

—Se eu não me engano, esse é o banheiro feminino.– falo com um pequeno sorriso no rosto.

—Ninguém vai ligar se me ver aqui mesmo, vim ver se você não precisava de ajuda!– ele dá de ombros e olha para a minha mancha no vestido.

—Não vai dar pra tirar essa mancha aqui, vou ter que ficar com ela mesmo.

—Mas pode dar para cobrir, quer o meu moletom?– olho pro moletom dele e não tenho como negar, ele é preto e da puma, e hoje a temperatura está fria.

—Sim, obrigada!

Ele tira o moletom e no processo a sua blusa acaba subindo um pouco, não consegui evitar não olhar para o seu abdômen definido, ele me entrega o moletom e visto o mesmo.

—Esqueci de me apresentar, prazer Thomas!– ele estende a sua mão na minha direção e eu aperto ela, sentindo a maciez da mesma.

—Prazer Emilly!

—Então, você aceita dançar comigo?– observo o mesmo morder os lábios ao esperar a minha resposta.

—Pedido aceito, vamos dançar!

Me aproximo dele e agarro a sua mão, caminhando para fora do banheiro e o levando junto comigo. Ao passarmos pela porta uma garota baixinha, que estava quase entrando no banheiro, nos olha com uma feição confusa, certamente por ver um garoto sair do banheiro feminino.

Olho pro Thomas, que também me olha, e caímos na gargalhada. Agora quem está na frente é ele, que vai abrindo caminho para mim passar e paramos no meio da pista de dança.

Meu Companheiro Inesperado I (EM REVISÃO)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant