Capítulo 25.

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Aquele som, que se repete por todas as manhãs de aula, me desperta do meu sono, sem abrir os meus olhos, tento desligar o meu alarme as cegas.

Quando enfim consigo desligar o meu alarme, batucando com os dedos até aperta no botão, afundo a minha cabeça no travesseiro que é gostosamente macio.

—É por isso que você sempre chega atrasada no colégio.– atordoada, sento rapidamente na cama quando escuto a voz do Dylan.

—O que você está fazendo aqui?– indago me cobrindo com o lençol.

Talvez eu não esteja muito apresentável com essa roupa, roupa não, pedaço de pano. Como eu iria saber que ele entraria no quarto?

Emilly, é o Dylan, é sério que você ainda duvidou que ele não iria entrar sem permissão?

—Talvez essa seja a casa que eu moro?

Suspiro frustrada ao relembrar de tudo o que ocorreu hoje de madrugada, deito com tudo na cama sem me preocupar com um ser, que está encostado no batente da porta com os braços cruzados e um sorriso debochado no rosto.

—Você sempre entra no quarto das pessoas sem permissão? Ainda mais quando elas estão dormindo?–
pergunto sem olhar de fato para ele.

—Não costumo fazer isso com outras pessoas, se sinta lisonjeada pela minha ilustre presença.

—Nossa, estou muito feliz por saber disso.– reviro os olhos, mas com um sorriso discreto nos lábios.

A minha mão vai em direção ao meu cabelo e rosto ao lembrar que ele sempre apronta algo comigo, sem de fato encontrar nada de errado, consigo relaxar.

—Você não aprontou nada, né?– levanto minimamente a cabeça para poder olhar para ele.

—Pode ficar tranquila, prometi a minha mãe que iria tentar manter a paz entre nós.

—Também, então vamos tentar valer a pena esses quatro dias nessa casa.

—Sim, temos que parar de ficar brigando por besteira. Mas agora, levanta daí, temos aula ainda.

—Já estava me esquecendo!

—A mesa já está pronta, lobinha, estou te esperando lá em baixo.– sem esperar a minha resposta, ele fecha a porta do quarto.

Melhor me arrumar rápido!

(...)

Assim que o Dylan me pergunta se já acabei de comer, afirmo com a cabeça pondo o último pedaço de bolo na boca, essa cozinheira está de parabéns. Pego a minha mochila e sigo ele até a garagem, o Dylan está com a jaqueta do time e ela fica perfeitamente no seu corpo.

Se alguém me perguntar se eu acho o Dylan gostoso, irei negar, mas ele é realmente gostoso!

—Lobinha, vamos ter que buscar o Pietro.– ele fala entrando no carro, dou a volta e entro no banco do passageiro.

—Ok, mas ele não tem o carro dele?– indago confusa.

falta ele ter batido o carro de novo.

—Ele bateu o carro e por conta disso vai ter que esperar o carro consertar!

É, ele bateu de novo!

—Já perdi a conta de quantas vezes o Pietro bateu esse carro!– falo me virando para poder ver ele melhor.

Ele parece estar concentrado no que está fazendo, mas ao mesmo tempo no que estou falando, mesmo que seja apenas dois segundos, ele vira o rosto na minha direção e rapidamente presta atenção na rua.

—Acredita que ele bateu em uma árvore?– ele fala sorrindo sem mostrar os dentes.

—Não me surpreende vindo do Pietro.

—Ele é um desastre dirigindo.

—Sim, se o pai dele não fosse delegado, o Pietro já estaria cheio de multas.

—Isso eu tenho certeza!

Repuxo os meus lábios em um pequeno sorriso e encosto a minha cabeça na janela, fechando os olhos e aproveitando o silêncio reconfortante.

—Chegamos!– assim que ouço o Dylan, abro os olhos e avisto o Pietro vindo na direção do carro.

Com um semblante confuso e um sorriso no rosto, ele abre a porta do carro e se joga no banco de trás.

—Oi, Emi.– Pietro fala para mim, ignorando o Dylan.

—Bom dia para você também.– com o canto do olho percebo o Dylan revirando os olhos assim que acaba de falar.

—Eu falei com você a dez minutos atrás.– o Pietro fala ainda sorrindo olhando para mim e o Dylan.

—Mas foi há dez minutos, mal educado!

—Falou a educação em pessoa. Mas não sabia que você ia vim com o Dylan hoje, já que esse daí não me conta nada.

—Sim, dormi com o Dylan hoje, já que a minha mãe e os pais...– nem termino de falar e o Pietro me interrompe.

—Sabia que mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer, mas não estou sentindo cheiro de sexo saindo de vocês.

—O quê?– pergunto morrendo de vergonha, já devo estar vermelha.

—Não Pietro, você entendeu errado, ela dormiu no quarto de hóspede e eu no meu.– o Dylan fala na maior tranquilidade.

—Só dormi na casa do Dylan porque os meus pais viajaram.– falo tentando ficar calma.

—A parte da viajem eu sei, só não sabia que você iria ficar na casa dos Harris. Dylan, não esquece que hoje a noite vamos ter jogo.

—Não esqueci, precisamos vencer essa noite, estamos quase na final!

—Você vai nos assistir?– o Pietro pergunta para mim.

—Sim, vou levar o Thomas, quero apresentar logo ele a você.

—Não gosto dele!– o Dylan fala e em seguida solta um rosnado baixo.

—Nem deu para perceber isso na sua festa.– reviro os olhos, mas tento ficar calada.

As suas garras estão perfurando o tecido do volante de tanto ele apertar, os seus braços estão tensos e seu olhar fixo na estrada.

Por que ele tem que ser tão nervosinho assim?

—Esse jogo vai ser divertido!– o Pietro fala soltando um riso baixo.

Meu Companheiro Inesperado I (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now