Capítulo 32.

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Na frente do espelho, tento arrumar o meu cabelo de uma forma diferente, mas não sou boa nisso. Jogo o meu pente em algum lugar do quarto e arrumo ele em um coque como sempre.

Pelo menos não irei sentir calor!

Vai sair?– uma voz rouca me faz ter um leve sobressalto.

Mesmo sem me virar, consigo ver o reflexo do Dylan se aproximando pelo espelho, sem pedir permissão, ele se posiciona atrás de mim, envolvendo os seus braços na minha cintura.

Isso está virando costume. O que é bastante estranho é o fato que não estou achando isso estranho!

Sim, irei na casa da Iza!

—Esse é uns daqueles momentos de menina que vocês não deixavam nem eu e o Pietro encostar perto?

—Sim, esse é um deles. Você vai ver o Pietro?

O reflexo do espelho me possibilita de observar quando a sua cabeça, em um gesto calmo, assente com a cabeça, logo em seguida os seus dedos apertam uma boa parte da minha cintura. Seguro um gemido na minha garganta, engolindo em seco.

O mesmo olhar indecifrável aparece no seu rosto, com cuidado, me viro de frente para ele que logo tira a sua atenção do espelho. Quando olho nos olhos dele, sinto as minhas pernas enfraquecerem pela intensidade do seu olhar.

Como se estivesse em câmera lenta, ele coloca o seu rosto na curva do meu pescoço, fazendo com que os pelos do meu corpo fiquem arrepiados diante dos seus atos. Como se uma corrente elétrica estivesse passando pelo meu corpo, estremesso quando as suas presas perfuram a pele do meu pescoço.

As sensações que estão percorrendo por todo o meu corpo é totalmente diferente de quando fui mordida pelo vampiro, não consigo sentir aflição ou dor em nenhum segundo.

Extasiada, fecho os meus olhos e aperto os fios loiros da sua nuca, sentindo um formigamento quando suas presas saem da minha pele, dando lugar as lambidas pela minha recém ferida.

—Tchau, Lobinha.– ele sussurra as palavras perto do meu ouvido.

Sem me dar chances de falar nada, ele sai pela porta do quarto, me deixando sem reação ao tocar um pequeno volume no meu pescoço, o local inchado da mordida.

Ele nem pediu permissão e foi logo me mordendo... Santa Selene, ele me marcou!

Me viro na direção do espelho, dobrando meus olhos ao olhar o meu reflexo por ele, especificamente, o lugar onde contém um coloração avermelhada que está começando a se catrizar e aperto meus olhos, já tendo noção que irá ficar a marca da presa do Dylan nele, assim como o seu aroma em meu corpo, mas não lembro dos dias que essa marca temporária irá ficar no meu pescoço... Talvez dois dias.

Melhor deixar meu cabelo solto para cobrir pelo menos um pouco dela... Ainda quebro o Dylan na porrada, já é a segunda vez que ele faz algo e foge!

(...)

Paro na frente da porta da casa azul, apertando a campainha e sendo recebida pela Iza sorridente logo em seguida.

—Resolveu lembrar que tem amiga?

—Cala boca, conversei contigo ontem!– respondo entrando dentro da casa.

—Mas faz tempo que você não vem aqui!

Olho por todos os cantos da casa, sem avistar mais ninguém além de nós nela.

—Está sozinha?

—Sim, hoje a casa é só nossa!– ela fala se jogando no sofá.

—Tem tantas coisas acontecendo que nem deu tempo de...– o grito da Iza me faz parar subitamente a minha fala.

Meu Companheiro Inesperado I (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now