Meu Companheiro Inesperado I (EM REVISÃO)

Capítulo bônus.

Pietro narrando...

Ansioso, mordo o meu lábio inferior, pensando em várias possibilidades de dar errado o meu plano para hoje. Em menos de duas horas irei para a casa do Thomas, para dormir lá como todas as noites que passamos juntos, mas hoje irá ser diferente, muito diferente, não vou apenas deitar em sua cama e dormir agarrado ao seu corpo como sempre faço, e sim, iremos dar um passo a mais para a nossa relação.

Mais ou menos há dois minutos atrás a Emi e Dylan me traquilizaram, mesmo que eles não saibam disso, acabaram me entretendo dos meus pensamentos e isso me ajudou a relaxar, mas isso não durou por muito tempo, assim que os meus lábios desgrudaram dos do Thomas, a ansiedade voltou a me atingir.

Calma Pietro, é o Thomas, nada vai dar errado se você estiver com ele!

—Amor, você está bem?– saio dos meus pensamentos com a voz do meu ruivinho.

—Sim, estou, talvez ansioso, mas estou bem!– me embolo um pouco com as palavras.

—Não precisa ficar ansioso, vai dar tudo certo!– ele passa os braços ao redor de minha cintura, me puxando para um abraço.

Ele sabe exatamente do que se trata o meu conflito interno, somos bons em ter uma ótima comunicação, sempre contamos um para o outro sobre os nossos incômodos e medos, isso ajuda bastante no nosso relacionamento.

—Vamos beber, o álcool irá ajudar!

—Nada de bebidas alcoólicas, apesar que você fica um amor em pessoa quando fica bêbado, não quero que fique bêbado, não hoje!

—Podemos beber pelo menos um pouco?

—Amor, eu te conheço perfeitamente, sei que não vai conseguir ficar apenas nesse pouco!

—Tá bom, mas podemos comer? Estou com fome!

—De novo? Você tem um buraco no estômago, só pode!

—Foguinho, por favor, busca um sanduíche para mim?– me aproveito da minha vantagem sobre o Thomas.

—Golpe baixo, já estou indo, me espera aqui!– ele diz e logo distancia-se de mim, indo na direção da barraca para buscar o meu sanduíche.

Olho ao meu redor, percebendo que o local começou a encher cada vez mais, até crianças correm pela praça, algumas brincando no parquinho que fica perto daqui, e logo lembro do Isaac, que foi dormir na casa de um amigo, para deixar os meus sogros à sos. Me sinto aliviado por ter criado uma ótima relação com o irmão do Thomas, que me conquistou desde o primeiro dia, com os pais do Thomas também não foi diferente, eles são ótimas pessoas e me acolheram como um filho.

Uma mão encosta no meu ombro, fazendo com que eu tenha um leve sobressalto, olho para o lado e percebo o Lucas, do meu time, rindo de mim.

—Você precisava ver sua cara!– ele exclama ficando na minha frente.

—Muito engraçado, eu ainda desconto!

—Por que está aí sozinho? Estou indo ver o pessoal do time, quer ir junto?

—Não estou sozinho, o Thomas só foi buscar o meu sanduíche. Prefiro ficar aqui mesmo!

—Ele é o seu namorado?

—Exato!– Thomas não me dá tempo de responder, aparecendo ao meu lado e fazendo isso por mim.

—Bom, já estou indo, Pietro. Nos vemos depois, tchau!– confirmo com a cabeça e ele começa a se distanciar de nós.

—Não gosto dele!– Thomas diz e me entrega o meu sanduíche, junto com um refrigerante.

—Não entendo o motivo, ele é legal!– mordo o meu sanduíche.