Capítulo 12.

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Sinto os seus braços na minha cintura me puxando para mais perto, coloco as minhas mãos no seu pescoço e um sorriso aparece no meu rosto ao ver o seu sorriso, a música está calma, mas confesso que com isso eu tenho um pouco de receio por acabar pisando no pé do Thomas, digamos que eu sou um pouco desastrada.

—Você é novo na alcatéia?– pergunto para tentar sair do silêncio.

—Sim, me mudei mês passado, o meu pai não estava satisfeito com a prática do alfa da nossa antiga alcateia e essa festa foi uma boa oportunidade para o meu pai fazer amizade com o Carlos.

—E você ainda estuda?

—Nossa me senti velho agora, quantos anos você acha que eu tenho?

—Humm, 19?– trombo a minha cabeça pro lado e finjo que faço uma análise pelo seu rosto.

—Não, mas foi quase, eu tenho 18!– ele fala e em seguida sorrir de lado.

—Suponho que ainda não tenha encontrado a sua companheira ou companheiro.

—Ainda não, e você tem quantos anos?

—Ainda tenho 15, mas está perto dos meus 16.– falo e logo em seguida sou girada e puxada pela cintura.

—Realmente me senti um idoso perto de você!– ele dá risada e faço uma feição de indignada, nem sou tão jovem assim.

—Só são três anos de diferença, velhinho!

Ele dá uma risada e aos poucos se aproxima mais de mim, sinto o perfume dele e a sua respiração quente misturando com a minha. Ele é um garoto legal e me ajudou, mas por que estou sentindo um sentimento embaraçoso dentro de mim? Algo está me dizendo para parar, mas eu quero experimentar os lábios dele, que devem ser macios.

Fecho os meus olhos e tento esquecer os meus pensamentos inclinando o meu corpo para frente, mas o Thomas se afasta bruscamente de perto de mim e ouço um rosnado, penso que fiz algo de errado, só que esses pensamentos saem da minha cabeça ao ver o Thomas no chão e logo em seguida o Dylan em cima dele.

—SOLTA O THOMAS, DYLAN!– grito tentando chegar perto para separar, mas o Dylan dá mais um soco no Thomas e eu me afasto.

Ótimo, não quero levar soco acidentalmente não!

Olho ao redor e só vejo algumas pessoas observando e não movendo um músculo para separar eles dois, bando de mortos vivos.

Volto a minha atenção para os dois e percebo que agora quem está em cima é o Thomas batendo no Dylan, até que não está tão ruim observar isso.

Não Emily, eles vão ficar seriamente machucados!

Em um piscar de olhos o Dylan começa a bater no rosto do Thomas, invertendo as posições, mas meu tio Carlos e o meu pai aparecem para separar a briga, finalmente afastando os dois

—Dylan, se controle!

O tio Carlos segura o Dylan que aos poucos os seus olhos voltam ao normal, olho pro Thomas que está sendo segurado pelo meu pai, ele sim está realmente machucado, tem sangue pelo seu rosto, braço e camisa.

—Thomas, me desculpa!– me aproximo dele tocando o seu rosto e na mesma hora escuto um rosnado atrás de mim.

O Dylan está se drogando e eu não sabia?

—Garoto, você está bem?– meu pai pergunta e o Thomas confirma com a cabeça.—Ótimo, vou ver se o Carlos está precisando de ajuda com o Dylan, ele está um pouco agressivo hoje.

—Um pouco?– percebo a ironia do Thomas e tento não rir pela situação.

O meu pai sorrir pro Thomas, e em seguida, se afasta, me fazendo o perder de vista pela multidão que começa a dançar como se nada estivesse acontecido. Me viro para o Thomas e percebo que os seus machucados estão começando a se curar, um dos benefícios de poder se transformar livremente.

—Melhor eu ir embora!– seus dedos tocam uma de suas feridas, causando uma feição de dor no seu rosto.

—Tem certeza? Não precisa de ajuda?

—Tenho, não se preocupe, irá curar em uma hora, a gente se ver por aí!

—Tchau, Thomas!– falo dando um leve sorriso.

—Tchau, Emilly!

Penso que ele vai me abraçar, mas acaba recuando, só dá um aceno com a mão e vai embora, acabo ficando sem reação, não estou entendendo nada, Dylan acabou com a minha diversão.

—Onde você se enfiou? Te procurei pela festa toda.– a voz da Iza no meu ouvido me faz ter um mine infarto.

As pessoas marcaram pra brotar do nada hoje?

—Foi uma confusão, depois eu te conto tudo.– olho para ela.

—O Dylan está no fundo da casa, parece que ele se estressou e o processo da transformação se acelerou, vamos ver?– ela pergunta animada.

—Não sei se quero observar isso, vai que ele pule pra cima de mim e rasgue a minha garganta com as presas?

—Para de ser dramática, está andando muito com o Pietro!

—Falando no Pietro, você viu ele?

—Não, acho que ele ainda não chegou, vem!

Ela me puxa com tudo e quase caio. Iza e a sua mania de sair me puxando, ainda vou cair de cara no chão.

Meu Companheiro Inesperado I (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now