Capítulo 44.

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Várias ideias rodeiam a minha mente sobre o assunto que o Dylan vai conversar comigo hoje a noite. Talvez seja algo banal, mas se fosse algo banal ele não me mandaria esperar tanto para falar, espero que não seja nenhumas das alternativas que pensei. Desejo mesmo que não seja nenhuma das minhas loucuras, não quero que ele tenha engravidado ninguém.

É claro que não é nenhuma coisa do tipo, Emilly!

Tento limpar a minha mente e só focar no céu mudando de coloração. A tonalidade do céu está em um azul fraco com pequenas faixas alaranjadas que vem do sol se pondo, as pequenas nuvens estão enfeitando e nos dando a chance de imaginar formas nelas, a grama baixa está deixando o meu corpo confortável em cima delas, os meus dedos estão entrelaçados com os do Dylan deitado ao meu lado no Jardim de sua casa, apreciando o fim da tarde.

Cada pequenos detalhes que estou passando ao lado dele está gravado em minha mente. A paz que nos rodeia é tão gratificante que me faz ter um pouco de receio para o que vai vim nos dias seguintes, pois nunca fica as mil maravilhas, uma hora a balança vai ter que pesar para algum lado e eu desejo que isso demore para acontecer.

Só falta duas semanas para acabar as aulas e o baile de final do ano acontecer, confesso que estou animada para esse baile, nesse ano vou ir acompanhada pelo meu alfa, o que o torna ainda mais especial. Mas fico um pouco triste em saber que esse vai ser o último ano do Thomas no colégio.

Espera, será que Thomas e Pietro se resolveram?

Não tive tempo de ligar para o Pietro pra saber se ele está bem e se conseguiu conversar com o Thomas, depois do almoço com os nossos pais, decidimos ir para a casa do Dylan, irei dormir aqui hoje já que não podemos ficar separados, e estou adorando tudo isso.

—Lobinha, tem uma coisa que eu queria perguntar para você!– Dylan quebra o silêncio e me viro em sua direção.

Ele está com um dos braços servindo de apoio e o outro está sobre sua barriga, o seu rosto está virado para cima, ainda olhando para o céu.

—Pergunte, não me deixe curiosa.– ele vira o seu rosto na minha direção ao ouvir a minha resposta.

—Se supostamente eu tiver uma casa que supostamente é minha por direito, já que minha maioridade chegou, e se supostamente eu te pedir para você morar comigo nela, você supostamente aceitaria?– ele fala tão rápido que o meu cérebro buga por alguns minutos.

—Que tanto supostamente, minha cabeça está bugada depois disso.– dou risada.

—Você aceitaria?– sorrio para ele quando percebo a sua inquietação para receber uma resposta.

—Claro, eu supostamente aceito o seu convite!

O seu corpo vai para cima do meu, com os seus braços sustentando o seu peso e seus lábios beijando todo o meu rosto até chegar na minha boca, me fazendo rir diante tantos selinhos que logo é substituídos por um beijo, com os nossos lábios tão conhecidos um para o outro, com a familiar sensação quando nossas línguas se enroscam uma na outra.

—Era isso que você tinha para me contar?– pergunto ofegante assim que nossos lábios se separam.

—Não era só isso, mas é melhor te mostrar logo porque sei que você não vai esquecer isso nem tão cedo.

Ele se levanta de cima de mim e me oferece uma mão para me levantar, olho um pouco confusa para ele, mas aceito a sua ajuda.

Mostrar?

Me deixo ser guiada por ele, que passa pela porta dos fundos e continua caminhando pela direção de um dos corredores dessa casa, um caminho que eu nunca explorei. Nas paredes há vários quadros pendurados, a maioria com rostos desenhados, alguns parecem ser bem antigos, até chegar no último quadro, uma pintura bem feita da família Harris, de quando o Dylan só tinha apenas alguns meses de vida com a sua mãe o segurando com um sorriso no rosto, junto com o seu pai que está do lado da esposa.

Meu Companheiro Inesperado I (EM REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora