Capítulo VII

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Samantha

Sabe, a visão que as pessoas tem do mundo é errada! Quero dizer, elas tem a ilusão de que o mundo pode ser seu amigo, que basta acreditar nos seus sonhos, tenha fé que algo grande vai acontecer. Só que acontece que as coisas não são bem assim.

Existe pessoas que querem distinguir se uma pessoa e do bem ou do mal. Mas isso não existe, não existe essa coisa de certo ou errado, de bem e mal... Todos nós somos bens, mas também somos mals. Todos nós temos um anjo, uma parte boa dentro de si, mas também temos um demônio, temos as trevas, temos a luxuria, e na maioria das vezes, a parte das trevas é mais dominante sobre as pessoas.

Todos nós somos hipócritas em relação as pessoas e ao mundo. Somos egoístas! E... Ninguém está certo ou errado! Todos estamos errados sobre tudo! Todos temos obstáculos, todos temos problemas, e as pessoas não vão te julgar por isso! Não... elas te julgaram pela maneira que você irá lidar com eles... E elas nunca julgam que sua decisão está certa....

- Hora de ir para a escola.- Minha mãe entrou no quarto, abrindo as cortinas. Gemi em reprovação. Minhas partes intimas estão doloridas por ontem. Sabe que já me acostumei? Acostumei a sentir dor, acostumei a ser abusada, acostumei e aceitei que aquele canalha não tem pena nem a deiscência de me deixar livre apenas um dia, ainda mais por eu estar voltando de um hospital. Não entendi porquê estava sendo punida... Eu não havia feito nada! E Felipe tinha deixado bem claro que não era por eu ter ido ao hospital... Então, não fazia a mínima idéia do porquê. Só percebi que ele frizava muito o fato de eu ser dele. Além de tudo, eu ainda era obrigada a ouvir isso...

Me levantei e tomei um banho, penteei os cabelos e deixei eles soltos ao natural. Vesti roupas confortáveis, e um casaco. Não podia nunca esquecer do casaco. Era cansativa essa coisa de ter que me esconder, sabe? Mas minha sorte, era que hoje estavs fazendo quase 10° graus em New York.

Desci as escadas com a mochila nas mãos. Me sentei e preparei uma torrada com geleia para eu comer e um copo de chocolate quente. Tomei tudo, me levantei e escovei os dentes no banheiro. Comecei a caminhar em direção a saída.

- Mãe, já estou indo.- Avisei atravessando a porta.

- Ok.- Recebi em resposta.- Pegou a bombinha?

- Peguei!- Bati a porta com força, começando a caminhar para a escola.

- Onde pensa que vai?- Mamãe apareceu na minha frente, me impedindo de andar.- Sabe que não pode mais se esforçar muito!

- Mas mãe, a escola é a 10 minutos daqui!- Tentei me livrar de sua carona. Eu queria andar! Andar me ajudava a pensar! E me dava mais tempo para me acostumar em como seria o dia de hoje perto do Noah. Desde o que aconteceu ontem, eu não parava de pensar nele. Talvez fosse coisa da minha cabeça, ou minha falta de experiência gritando, mas minha mente estava um turbilhão.- Por favor...- Implorei.

- De jeito nenhum! É melhor na arriscar.- Ela parecia bem decidida, e ri da mãe preocupada que habitava nela. Mas eu precisava realmente pensar! Essa droga de doença é uma merda! As coisas sempre davam um jeito de piorar pra mim.

- Mãe, eu estou com a bombinha!- Acrescentei.- Você não vai poder me levar sempre! E eu preciso pensar um pouco...- Abaixei a cabeça.

- É sobre um garoto?- A encarei. Como ela sabia? Mãe tinha um sexto sentido tão bom assim? Acho que ela percebeu pela minha cara, quer era sim por um garoto, pois suspirou.- Siga sempre seu coração...- Como vou seguir algo descontrolado?- Independente de quem seja, nunca mude o que você é! Nunca abaixe a cabeça! Nunca se contente com qualquer coisa, como eu me contentei... Não cometa o mesmo erro que eu!- Suplicou. Guardei suas palavras. Talvez eu precise desse conselho depois. Sorri.- Ele parece ser um bom rapaz...!- Admitiu. Mas como...?- Foi ele que te levou ao hospital, e falava de você com paixão.- Estava mais para excitação, pensei.

After The Storm [TERMINADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora