Capítulo 71 - Fabíola Hadassa

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Balanço a cabeça em forma afirmativa e ele destranca a porta do quarto, dando espaço para que eu possa entrar e entrando também em seguida.
Era um dos quarto mais lindo que eu já tinha visto em minha vida. Fiquei admirando por alguns segundos.

— Por que ficou parada assim? Não gostou?

— Ao contrário, eu amei. Parabéns, muito lindo o seu quarto. Imagino quantas garotas já devem ter passado por aqui.

— Engano seu, você é a primeira.

—  Sério isso?

—  Claro que sim, eu posso ter vários defeitos, mas mulherengo não é um deles. Nunca fui de ficar me envolvendo com qualquer uma, ainda mais trazer para dentro da minha casa pessoas que eu não conheço.

Me senti envergonhada por ter falado isso com ele. Como posso sentir ciúmes de alguém que acabei de conhecer? Mas ao mesmo tempo me sinto aliviada por ouvi-lo me dizer que fui a primeira.

— Mas não viemos aqui para isso, certo? — ele fala, se aproximando e me segurando pela cintura.

Não me afasto, apenas correspondo o abraçando também. Ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha, e em seguida começa a beijar o meu pescoço. A cada gesto aquela situação vai esquentando cada vez mais, quando vejo que estou cedendo demais o interrompo.

— Para, por favor.

— Desculpe, Hadassa. Não quero te forçar a nada, se você não quiser eu vou te entender.

— Desculpa, Thomas, o problema não é você, sou eu.

— Como assim o problema é você?

— É... é que... — começo a gaguejar com o nervosismo e ele me interrompe.

— Você nunca ficou com ninguém, é isso?

— Não é que nunca fiquei com ninguém, eu já até fiquei com alguns garotos.

— Então por que o medo?

— Por que eu nunca fiquei desse jeito com ninguém, o meu ficar era só beijo e pronto.

— Você tá me dizendo que ainda é virgem, é isso?

— Sim, é isso.

— Nossa, Hadassa, me desculpe. Como eu fui idiota te trazendo pro meu quarto, se você quiser nós podemos voltar para sala, não quero que faça nada para se arrepender depois. Vou entender se quiser descer, e espero o tempo que for, por você.

— Não precisa, eu quero que aconteça agora.

— Você tem certeza? É isso mesmo que você quer?

— Sim, é isso que eu quero. Eu esperei tanto por esse momento...

-— Eu prometo que não vou te machucar, meu amor. Vou ser paciente contigo, se quiser que eu pare é só falar, eu vou parar.

— Eu sei disso, confio em você.

Sem dizer mais nada, ele começa tirando a blusa. Parece um sonho ter esse homem comigo. Ele me deita na cama e começa a me beijar intensamente, tirando as minhas roupas e quando percebo já estou totalmente nua.

[...]

Acordo, olho para o lado e vejo Thomas dormindo como um anjo. Sorrio ao me lembrar da noite passada. Como foi maravilhoso, a paciência e o carinho de Thomas, esse cara é incrível. Como não amá-lo e desejar passar o resto da vida com ele?

— Bom dia, meu amor. Por que acordou tão cedo assim?

— Estava sonhando acordada com a noite de ontem. - falo, sorrindo para ele.

— Isso significa que você gostou, certo?

— Eu amei, Thomas. Minha primeira vez foi melhor do que eu imaginei que seria.

— Fico feliz em saber que não te decepcionei. E também que sua primeira vez tenha sido comigo. E mais feliz ainda em acordar e ser a primeira pessoa a ver esse sorriso lindo e encantador que você tem. Queria continuar deitado, mas vou ter que levantar e tomar um banho, ver o que podemos fazer pra resolver a nossa situação com o Santiago. Provavelmente ele vai entrar em contato comigo hoje.

— Nossa, por um momento eu tinha me esquecido de todas essas coisa que aconteceram... e que o Santiago está atrás de mim.

— Mas não precisa se entristecer, meu amor, logo logo resolvemos esse problema, é só questão de tempo. Mas e aí, você me acompanha
no banho?

— Sim.

Me levanto, faço a minha oração matinal, enquanto Thomas aguarda. Assim que termino, eu o acompanho até o banheiro, onde fazemos a nossa higiene e tomamos um banho bem demorado. Como não tinha roupa acabei vestindo um pijama do Thomas, até ele resolver se vai buscar minhas roupas no Hotel ou se tenho que comprar outras. Assim que nos vestimos, descemos a escada e vamos em direção a cozinha.

Me deparo com uma mesa repleta de comida gostosa, que mais parecia um banquete. Não entendo porque pessoas ricas exageram tanto assim.

— Está com fome? Minha governanta preparou tudo isso para nós. — ele pergunta.

— Sim, e muita.

Assim que terminamos o café da manhã, me deito no sofá, pego o controle e ligo a televisão procurando alguma coisa pra assistir enquanto Thomas resolvia algo em seu escritório. Mas logo algo me chama atenção: a notícia de pessoas desaparecidas, fico pensando sobre isso. Todo dia morre, desaparece e nascem várias pessoas no Brasil e no mundo, impressionante como esse número cresce a todo ano. Por falar em sumiço, me lembro de Kathe. Eu tenho que descobrir onde ela está, algo dentro de mim não concorda que eu fique parada. E com certeza na Internet encontrarei muitas coisas, quem sabe eu não descubro quem são os familiares dela e pergunto se ela já voltou pro Canadá. Thomas provavelmente tem um computador nessa casa que possa me emprestar...

A Máfia Entre NósWhere stories live. Discover now