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Noah Urrea

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Noah Urrea.

Geralmente, não costumo ter pensamentos pela manhã ao acordar, mas dormir ao lado de Sina faz a minha mente borbulhar de pensamentos.

Sempre penso no que teria acontecido se não tivéssemos aceitado esse contrato, se nossos pais não tivessem descoberto a Man By Man.

Penso também se com o tempo, mesmo sem o contrato, tudo o que acontece agora estaria acontecendo espontaneamente. Se eu Sina e iríamos perceber nossa idiotice e tentar ser amigos, se iríamos nos aproximar e acabar nos apaixonando.

Mas o que ultimamente mais me tira o sono é lembrar que em seis meses nosso contrato acaba. Acima de tudo, eu ganhei de Sina sua amizade e meu maior medo é perdê-la depois de tudo. Tenho medo de nossa relação esfriar e acabar voltando a ser o que era antes, tornando o nosso ambiente de trabalho desconfortável.

Sei que não devemos pensar tanto no futuro e sim nos preocuparmos em viver o agora e moldá-lo para tornar o amanhã algo melhor, mas era inevitável.

Com certa dificuldade por causa da claridade, abro meus olhos lentamente e espero os mesmos se acostumarem com a luz que entrava pelas cortinas. Rolo para o lado e estranho ao ver que Sina não estava mais aqui.

Levanto-me e procuro pelo quarto minha cueca branca e minha calça jeans. Vou até o banheiro fazer xixi e aproveito para jogar um pouco de água gelada no rosto.

Caminho para fora do quarto e no trajeto penteio os cabelos com os dedos. Adentro a cozinha e encontro minha "esposa" de costas na pia lavando louça. Sem que ela perceba, me aproximo dela e encaixo a cabeça na curva do seu pescoço, enlaçando sua cintura com os braços e respirando profundamente, sentindo seu cheiro natural me dar vida por dentro.

Sua boca abre-se um pouco e depois fecha-se, formando um pequeno e lindo sorriso no canto dos seus lábios.

— Bom dia. — Sopro em seu ouvido e vejo os pelos do seu pescoço se eriçarem — Caiu da cama hoje?

Me afasto e vou até a bancada, pegando a jarra de suco e levando para a mesa da sala. Sina aparece logo depois de mim com dois pratos, cada um contendo uma torrada.

— Bom dia Noah. — Responde rapidamente — Na verdade perdi o sono e aproveitei para conversar com a minha ginecologista.

Sem tentar transparecer que estava assustado, sento-me na cadeira em sua frente e coloco um pouco do suco de laranja em nossos copos.

— Ginecologista? — Dessa vez não conseguir disfarçar. Minha voz sai como um sussurro e Sina rola os olhos em resposta.

— Sim, ginecologista. — Ela dá uma dentada em sua torrada. Mantenho-me em silêncio enquanto espero ela mastigar e finalmente prosseguir: — Por que isso é tão aterrorizante para você?

— Aterrorizante? — Rio nervoso — É que você conversar com a ginecologista logo depois da gente transar sem camisinha. É um pouco apavorante.

Mordo a torrada e fecho os olhos por alguns segundos ao sentir o gosto do presunto e queijo se espalharem por minha boca. Eu estava morrendo de fome e Sina parece ter adivinhado, pois eu estava com uma vontade imensa de comer algo com um pouco de queijo.

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