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Noah Urrea

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Noah Urrea.

Já haviam se tornado incontáveis as noites que passei em claro, com minha mente vagueando pelos últimos meses e repassando cada momento que estivemos juntos.

Nossos primeiros (des)encontros, nossos jantares, nossas idas aos eventos, nossas noites de filme regadas de risadas e vinhos, nossas viagens, nossos beijos e nossos toques.

Ela estava sofrendo, e eu também. Ela chora, e eu também. Ela ainda me ama muito, e eu a amo muito.

Eu já não tinha mais motivação para cuidar de mim ou ir malhar, por exemplo, eu apenas queria chegar em casa do trabalho, tomar um banho gelado, me deitar na cama e chorar, lembrando que tantas vezes ela esteve ali comigo.

Ouço no fundo dos meus pensamentos batidas na porta e balanço a cabeça, voltando para a realidade. O som se torna cada vez mais violento e eu saio correndo em direção a sala, antes que derrubem minha porta.

—‌ Já vai. —‌ Grito quando já estou girando a chave. A pessoa do outro lado não espera que eu abra a porta, a empurra contra mim e sou praticamente esmagado na parede.

—‌ Você é um idiota Noah Urrea. —‌ Linsey grita, jogando sua bolsa no sofá —‌ Por que você fez isso com a Sina? Eu sabia que isso não daria certo, eu conheço meu irmão.

Vou até ela e coço os olhos, tentando assimilar o que estava acontecendo.

—‌ O que eu fiz? —‌ Minha garganta arranha com a rouquidão em minha voz.

—‌ "O que eu fiz?" —‌ Me imita, dando uma risada amarga em seguida —‌ Você fez minha amiga se apaixonar por você e simplesmente caiu fora. Sina está péssima, e tudo por culpa sua. —‌ Gesticula, mexendo as mãos freneticamente.

—‌ Ah. —‌ Sai sem eu pensar —‌ Você está falando do nosso término.

—‌ E do que eu poderia mais estar falando? —‌ Cruza os braços, me olhando com os olhos fervendo de raiva —‌ Se você não queria nada sério com ela, deveria ter cortado logo quando percebeu que as coisas estavam saindo do controle. É a segunda decepção amorosa que a minha amiga sofre, e eu não vou admitir que ela tenha sido causada justamente por meu irmão.

—‌ Ei. —‌ Grito, chamando sua atenção —‌ Vai deixar eu me defender? —‌ Passo a mão pelos cabelos e ela continua em silêncio, me permitindo prosseguir —‌ Eu fiquei com medo. Você sabe dos meus traumas, sabe do que eu passei, e quando eu comecei a me apaixonar por Sina e vi que ela também poderia estar apaixonada por mim, tudo aquilo desmoronou e eu comecei a pensar que aquilo não daria certo porque Sina era muito boa para mim. —‌ Me sento no sofá e ela vira o corpo em minha direção —‌ Achei que o término e tentar seguir a vida seria o melhor para nós dois, mas vê-la ali comigo todos os dias dói muito, e Josh me fez abrir os olhos.

Business | noartWhere stories live. Discover now