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Sina Deinert

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Sina Deinert.

Sábado de manhã.

Eu deveria estar arrumando meu apartamento, poderia estar tomando um sol na piscina ou até mesmo dormindo.

Mas estou saindo de uma reunião de trabalho.

A D Cosmetics só funciona de segunda a sexta, mas sábado é facultativo no calendário, ou seja, se for preciso, nós temos que vir trabalhar.

Longe de mim reclamar. Meu trabalho é a minha vida, eu me realizo nele e faço de tudo por ele e por meus pais, sempre foi assim. Perdi a conta de quantas vezes deixei de sair com meus amigos à pedido de meus pais para acompanhá-los em algum evento.

Sempre me sacrifiquei e sacrifiquei minha felicidade por eles, mas eu queria mudar isso em mim. Esse contrato foi a última vez que eu me submeto a algum absurdo para realizar a vontade deles.

A parte boa da reunião foi que eu recebi a notícia que ganhei junto de Noah, um bônus de cinco mil dólares cada. Minha cabeça fervia com as possibilidades que eu poderia gastar todo aquele dinheiro.

Primeiro de tudo, iria repor todos os presentes do Baylor. Fiz questão de fazer picadinho de tudo que ele me deu - mesmo que tenha doído no fundo da minha alma passar a tesoura em coisas tão caras. O que sobrasse, eu iria investir em fitas de LED por minha casa e nas minhas tatuagens.

Sim, o meu plano de fazer duas tatuagens continuava de pé. Eu sou uma mulher adulta e dona de mim, por que tenho que esperar autorização de minha mãe? Por acaso eu peço autorização a ela quando quero sair para beber ou transar?

Me despeço dos funcionários e entro no elevador, apertando o botão do estacionamento. Enquanto desço, ligo para Linsey confirmando nosso almoço no shopping.

Ouço o sino do elevador anunciar que chegamos no local desejado, me fazendo desencostar da parede e esperar as portas me darem passagem. Caminho até o meu carro e apertando o controle da minha Range Rover branca.

Xingo mentalmente ao sentir meu celular vibrar no bolso da minha saia. Puxo o celular do bolso e vejo que era um número desconhecido me ligando.

Imagino que é alguém importante querendo falar sobre trabalho, por isso resolvo atender.

- Alô? - Abro a porta do carro e sento-me no banco.

- Sina? - Sinto um arrepio percorrer todo meu corpo e me atingir a espinha.

Se antes aquela voz me causava arrepios de amor, hoje me causava arrepios de nojo.

- Por que infernos você está ligando para mim? Você é louco? - Esbravejo.

- Eu penso em você todos os dias da minha vida meu amor, eu fui um idiota e estou completamente arrependido de tudo que fiz. Volte para mim por favor, estou morrendo de saudades. - O tom de tristeza em sua voz não me comove nem um pouco.

Business | noartWhere stories live. Discover now