Era simples: Apenas um ano de contrato, fingindo ser casada com Noah Urrea.
Sina cresceu dentro da empresa dos seus pais, vivenciando desde nova a vida como empresária, fazendo crescer dentro de si uma paixão por esse mundo.
Sempre se sujeitou ao q...
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Sina Deinert.
Dou uma última checada no espelho e vejo a imagem que eu refletia.
Pálida, nervosa e tensa.
Eu suava frio e tremia como o inferno, mesmo sabendo que tudo ali era mentira. Quer dizer, a parte de casar para dividir os bens ao meio era real.
Casar nunca esteve nos meus planos, para falar a verdade. Nunca me vi entrando de branco e véu na igreja, nunca me vi sendo levada ao altar por meu pai nem muito menos tomando chuva de arroz.
Sempre vi meu futuro com o Baylor, nós dois morando juntos, formando uma família, construindo uma história, mas em nenhum momento o casamento entrou nesses planos. Não que eu considere isso algo clichê, só não consigo me imaginar nessa situação. Acho que um casamento no civil estava de ótimo tamanho para mim, só para dizer que casamos mesmo. Não considero títulos como algo de grande importância.
Mas, nesse caso, um título de casal legalmente é de grande importância, e se torna ainda maior quando envolve divisão de bens.
Queria me "casar" com meus trajes sociais de trabalho ou até mesmo jeans, mas minha mãe insistiu que eu me vestisse adequadamente para a ocasião. À contra gosto, opto por um vestido de seda na cor creme, com um generoso decote nas costas e na frente, de alcinha e que desenhava bem o meu corpo, um louboutin da mesma cor e meus cabelos ondulados e soltos. Está ótimo, se minha mãe reclamar, ela que case no meu lugar.
Minha mãe e Wendy estavam extremamente empolgadas e passaram as duas últimas semanas planejando tudo, como se um casamento de verdade estivesse prestes a acontecer. Resolveram que teriam alguns convidados na cerimônia, em seguida aconteceria um jantar, e no outro dia, eu e Noah viajaríamos por dois dias para Bahamas, curtir nossa "lua-de-mel".
Aceitei apenas a lua-de-mel, mas com uma condição: Meus amigos e os de Noah irem também, para cortar totalmente esse clima de casal. Eu não sei o que aconteceria se eu e Noah estivéssemos sozinhos em uma viagem romântica para um lugar distante. E sendo sincera, nem quero saber.
Nós ultrapassamos todos os nossos limites e quebramos todas as regras no primeiro jantar do processo seletivo. Primeiro: Nós quase nos beijamos no elevador e eu agi como uma verdadeira esposa apaixonada. Segundo: Eu o beijei como se estivesse com ciúmes. Terceiro: Ele me beijou outra vez e com autorização MINHA. Sério, qual o meu problema? Aquilo deveria ser estritamente profissional, por que infernos eu fiquei trocando carícias com Noah e me comportei como não deveria?
Noah era muito bonito e elegante, não tinha como negar isso, e qualquer mulher adoraria estar no meu lugar e dar uns amassos nele, mas eu não poderia colocar tudo em risco por algumas horas de sexo. Só havia se passado um mês, ainda tínhamos mais onze pela frente, o meu maior medo é colocar alguns orgasmos entre nós dois e meu lado sentimental falar mais alto e no final de tudo eu quebrar a cara.
