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Noah Urrea

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Noah Urrea.

Os acontecimentos da noite passada não saíam da minha cabeça. Foi por isso que passei praticamente a madrugada toda acordado, olhando Sina dormir serenamente enquanto eu relembrava o momento que ela virou os olhos, gemeu alto e gozou em meus dedos.

Quando falei que consigo o que eu quero, não é me gabando ou coisa do tipo, é porque eu senti o que a outra pessoa quer.

Falei que iria conseguir convencer Sina de aceitar esse contrato, porque eu vi seus olhos brilharem com ideia, por mais que sua boca me dissesse o contrário. E com o sexo foi a mesma coisa, eu via as reações do corpo de Sina a mim e sabia que aquela seria uma batalha ganha e que algum momento ela não iria mais resistir ao desejo.

Olho pela milésima vez a mulher ao meu lado. Mesmo com um único feixe de luz atravessando a cortina e iluminando o quarto, eu conseguia enxergá-la. Sua mão estava por baixo de sua cabeça, sua boca entreaberta com um pouco de baba escorrendo e sua expressão era serena. A filha da puta era linda até dormindo.

Tateio nas prateleiras atrás de mim o controle do ar condicionado e desligo o mesmo, para que Sina não sinta frio. Desço da cama em silêncio e vou até o banheiro.

Encontro o seu vibrador na bancada, onde o deixei ontem. Rio e agradeço mentalmente por ele estar ali no momento exato. Jogo um pouco de água no rosto, faço um rápido bochecho com antisséptico, faço xixi para me livrar daquela maldita ereção matinal e saio do quarto, indo até a cozinha.

Acendo as luzes do ambiente e vou até a geladeira que tanto já conhecia, procurar algo para fazer o café.

Um miado fino tira a minha atenção, me deixando curioso.

Vou até a porta de onde o som vinha e abro a mesma, vendo um gatinho pequeno caminhar em minha direção e miar outra vez, chorando.

— Então você deve ser o meu filho. — Me abaixo e seguro o bichano no colo. Booker esfrega a cabeça na minha mão e aquele carinho acende algo dentro do meu coração.

Não fui criado tendo contato com bicho algum, por isso nunca me interessei em tê-los e cuidar deles, mas, vendo essa coisinha pequena e frágil em meus braços, fez minha mente deletar todos os meus conceitos sobre criar cães ou gatos em um apartamento.

Coloco ele na ilha e o mesmo fica apoiado nas duas patinhas frontais, enquanto senta-se nas traseiras, me observando.

Sempre achei cachorros mais bonitos que gatos, mas Booker era o gato mais lindo que eu vi em minha vida. Claro, eu e Sina somos lindos, consequentemente nossos filhos serão lindos também.

Porra, já sei que quando o contrato acabar em alguns meses, sentirei falta desse gato.

Quebro 3 ovos numa tigela, jogo alguns pedaços de cebola, bacon, queijo e tomate picados dentro e misturo tudo com o garfo, enquanto Booker me analisava atentamente e virse-versa.

Business | noartWhere stories live. Discover now