CAPÍTULO 38

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            O som estridente ecoava pelo apartamento inteiro

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O som estridente ecoava pelo apartamento inteiro. Eu tinha acabado de colocar os meus brincos, porque naquela noite eu e Alex iríamos comemorar um ano juntos. Mas um ano mesmo, desde que o pesadelo todo acabou. E nós tínhamos muito a comemorar.

Por mais que eu quisesse bancar a garota independente e dona de si, não pude negar uma ajuda quando Alex se ofereceu para me indicar como fotógrafa para alguns de seus amigos. Ainda assim, quando quis me presentear com um estúdio em um bairro nobre de São Paulo, não aceitei e preferi alugar um espacinho por mim mesma. Eu o dividia com outra fotógrafa, que estava precisando rachar a quantia, e funcionava muito bem o arranjo. Nossa clientela variava desde modelos querendo fazer fotos profissionais a casais, principalmente em ensaios pré-casamento, mas o que amávamos mesmo eram os bebês e crianças em geral. Aliás, este era o nosso forte.

Apesar de não ter aceitado ajuda para o lado profissional, negar seu convite para morarmos juntos foi bem mais difícil. Não apenas porque Alex era bastante insistente, mas porque eu queria. Muito.

Eu só não esperava chegar ao seu apartamento e me deparar com uma cobertura nos Jardins, de mais de quinhentos metros quadrados, triplex, com uma vista incrível. Ok, eu sabia que Alexander era rico, mas, aparentemente, era bem mais do que imaginei. Suas raízes simples o tornavam um homem que não esbanjava quando não era necessário, a não ser quando colocava na cabeça que queria me dar um presente.

Naquela noite, então, ele simplesmente me enviou uma mensagem mais cedo, pedindo que eu me arrumasse bem bonita para jantarmos. Ele iria sair da empresa um pouco mais tarde, mas enviaria um carro para me pegar. Eu já estava atrasada, mas o maldito som não parava de apitar pelo apartamento inteiro. Sabia que era o despertador de estimação de Alex, mas não fazia ideia de onde estava. Normalmente ele o deixava ao lado da cama, mas não o encontrei ali.

Fui seguindo o ruído e o encontrei dentro de uma gaveta do closet, guardado em uma caixa. Não que eu gostasse de fuçar coisas alheias, mas havia um papel em cima escrito: ABRA-ME. Então, foi o que eu fiz.

Retirei a tampa e lá estava o bendito. Desliguei-o, mas percebi que ao lado havia uma caixinha de veludo retangular, de mais ou menos vinte centímetros, além de um papel dobrado. Peguei primeiro o que parecia um bilhete e me deparei com a caligrafia precisa e masculina de Alex:

Senhorita Tempestade,

Eis um dos seus presentes de aniversário de namoro. Use-o hoje à noite.

Há um carro te esperando lá embaixo (isso se essa gerigonça do Seu Chico tocou no horário certo). Por via das dúvidas, confirme com a portaria.

Estou ansioso, então não demore.

Amo você.

Alex.

Questões do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora