CAPÍTULO 26

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Lindezas,

Desculpem por ontem, mas não sei aí... aqui o Wattpad estava bugado, e eu não consegui postar.

Mas aqui vai o cap que deveria ter ido ontem hahaha

Mas aqui vai o cap que deveria ter ido ontem hahaha

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Ela estava ali. Na fazenda do meu pai, conversando com ele, enquanto eu tomava um café, ajudando com mais um reparo na varanda naquela manhã. Não eram nem oito horas, e o sol incidia em seus cabelos vermelhos, corando um pouco a palidez dos dias difíceis que passou. Um sorriso tímido curvava seus lábios.

Ela pegara algumas roupas emprestadas de uma das meninas que trabalhavam na fazenda – naquele momento usava um short jeans e uma blusa que ficara um pouco larga, levando em consideração o quanto tinha emagrecido naqueles dias. Algo no que eu nem queria pensar.

Os dois pareciam estar se entendendo, o que eu apreciava e muito, até que meu pai recebeu um chamado do rapaz que cuidava dos cavalos, pediu licença para ela, colocando a mão em seu ombro, deixando-a sozinha.

Ou melhor, com Godofredo. Até a porra do cachorro do meu pai tinha se apaixonado por ela. Deitado aos seus pés, ele não saía do lado da mulher desde que ela chegara naquela casa.

Eu poderia me aproximar. Poderia me sentar ao lado dela e conversar, já que no dia anterior, quando chegamos, não conseguimos fazer muito isso, porque me preocupei mais em alimentá-la decentemente e deixá-la descansar. Ela passou mais tempo com meu pai do que comigo, e eu tinha uma explicação para isso – ainda sentia aquela sensação estranha de culpa no meu peito. Por mais que fosse absurda, porque não fora eu a prendê-la nem a maltratá-la, era terrível a sensação de impotência. Nunca me cansaria de pensar assim.

Ok, eu poderia fazer isso tudo, mas observá-la a uma distância de alguns metros era tão interessante quanto. Segurando sua caneca de café que cheirava a caramelo, eu a vi fechar os olhos quando uma brisa bateu em seu rosto. Vi seu peito subir e descer em uma respiração calma e aliviada. Era o cheiro e a sensação da liberdade.

Eram essas pequenas coisas que me davam a certeza de que eu não podia devolvê-la àquela prisão.

— Vai ficar só olhando de longe? — a voz delicada flutuou até mim com a brisa, e eu quase a senti me tocar.

Ela voltou os olhos para mim, e eu abri um sorriso discreto, de canto, observando-a tentar soar divertida, apesar de tudo. Sua expressão era exausta, melancólica, mas sua força era admirável.

— É uma vista e tanto — respondi, assumindo o mesmo tom.

— Não posso reclamar da minha também. Estou acostumada a um Alexander engomadinho, blazer, sapato e pullôvers caras. Alex cowboy? É quase um fetiche. Cai bem em você.

Dei uma olhada para mim mesmo e me deparei com uma camiseta por baixo de um blusão de flanela quadriculado e uma calça jeans mais velha, branca – roupas que deixei na fazenda para quando fazia minhas visitas e queria ficar mais à vontade.

Questões do DestinoWhere stories live. Discover now