CAPÍTULO 22

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            Cheguei ao Rio naquela mesma noite de domingo, mas só parti para a casa de Victor no dia seguinte, pela manhã

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Cheguei ao Rio naquela mesma noite de domingo, mas só parti para a casa de Victor no dia seguinte, pela manhã. Ele pedira que nos encontrássemos lá, ao invés de em seu escritório, porque ele andava fazendo home-office. A explicação para isso veio atender à porta para mim, com uma enorme barriga de oito meses de gravidez.

Dei um beijo no rosto de Micaela e peguei o pequeno Théo, filho deles, no colo, brincando com o moleque por algum tempo até que seu pai surgiu.

Nós nos abraçamos, porque não nos víamos há algum tempo, e nos reunimos em seu escritório, onde ele pegou uma pasta com vários documentos impressos, lançando-os na mesa.

— Não tive muito tempo para agir ainda, mas consegui contato com a filha da antiga assessora de Cláudio, que José Luis substituiu. Ela se chama Carla. Falei com ela por telefone e queria te mostrar a conversa que gravei. Não quis te enviar por e-mail nem te passar por qualquer outro meio, porque sei que está hospedado na casa do cara; se isso vazasse, a moça poderia ficar em perigo.

— Eu entendo. Por mais que odeie ficar naquela casa, sair de lá é uma opção que não me agrada por causa de Brianna. — Eu tinha explicado a Victor mais ou menos sobre a história toda, e ele estava ciente do meu relacionamento e do que estava acontecendo com ela em meio aos Mondego.

— Hoje eu quero te mostrar alguns áudios que trocamos. Nós nos falamos quase agora, e infelizmente ela pediu que nos encontremos só daqui a dois dias. Queria ter te avisado antes, mas você já estava no Rio; gostaria que fosse comigo, se puder. É, provavelmente, o máximo que vou te segurar aqui.

Três dias. Não era muito, mas parecia uma eternidade, levando em consideração o que eu sabia que poderia acontecer naquele lugar. Três dias em que Brianna provavelmente ficaria presa, talvez sem comer, completamente isolada de tudo e todos.

Mas seria por uma boa causa. Ela era forte, e Sérgio estava lá para protegê-la.

— Vamos ouvir, então.

Victor assentiu e pegou seu celular, buscando a conversa no Whatsapp. Assim que a encontrou, colocou o primeiro áudio para tocar.

A moça começava falando que não queria se envolver naquele tipo de coisa, porque fora motivo de muita tristeza para sua família. De acordo com seu relato, a mãe se suicidara por culpa daquele "demônio" – fora a palavra que ela usara –, e isso fora o suficiente.

Victor começara a passar os outros áudios, e a conversa se iniciou.

Meu amigo detetive dizia que ela estaria segura, que ele era um profissional e conseguiria protegê-la, manter seu nome em sigilo e tudo o mais.

Depois deste áudio, ele fez uma pausa.

— Ela demorou mais de vinte e quatro horas para responder este. Deixei-a à vontade, porque imagino que não seja uma situação simples — ele explicou, e eu assenti. — Foi depois de meia-noite que chegou este áudio.

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