CAPÍTULO 14

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Na terça-feira à tarde, quando voltei do encontro com Brianna – nosso terceiro desde que chegamos a Destino – o banho foi longo e de água bem fria

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Na terça-feira à tarde, quando voltei do encontro com Brianna – nosso terceiro desde que chegamos a Destino – o banho foi longo e de água bem fria. Tentei me controlar ao máximo para não dar a entender que tudo o que eu queria com ela era sexo, principalmente porque não era verdade. Queria mais que isso, então, conquistá-la aos poucos e fazê-la enxergar que havia mais entre nós do que apenas atração era a minha meta.

Se eu iria durar daquele jeito, sem tocá-la, levando em consideração a forma como nos beijávamos, quase devorando-nos, aí era outra história.

As coisas estavam boas. Não apenas entre mim e Brianna, mas com Sérgio também. Era bom passar algum tempo com meu melhor amigo, beber uma cerveja gelada e falar bobagens, relembrar os velhos tempos. Eu ainda precisava fazer uma visita ao meu pai, mas a verdade era que ainda tinha que me preparar para o que iria encontrar e enfrentar. Sabia que acabaríamos brigando, porque ele continuava insistindo que não iria fazer o tratamento, que não iria a SP, não iria deixar a fazenda, e tudo isso nos causaria problemas.

Naquela noite, porém, um pouco da minha paz seria perturbada, porque eu teria que encarar Vossa Majestade, o indesejável Cláudio Mondego. Tentei escapar, dizendo que planejava trabalhar um pouco no meu quarto, para apenas lhe cumprimentar, mas ele fez questão de preparar um jantar para confraternizarmos. Eu teria que forçar uma simpatia que não me agradava em nada.

Tomei um banho e me vesti – uma pullôver branca, porque a noite estava fria, calça jeans preta, e tudo certo. Não era um evento social. Nada que exigisse grandes produções.

Penteei o cabelo, calcei um sapato e desci.

No momento em que o desgraçado me viu, abriu um sorriso, como se estivesse feliz em me ver. Claro... a minha estadia em sua casa poderia garantir a vitória de seu filho nas eleições, e isso era tudo o que ele queria.

— Alex! Meu garoto! — Veio em minha direção, puxando-me para um abraço, que eu retribuí sem muito entusiasmo.

— Como vai, Cláudio? — cumprimentei, afastando-me o mais rápido possível.

— Melhor agora. — Então ele fez um sinal em alguma direção. — Traga um pouco de vinho ao meu garoto aqui.

Meu garoto... eu não era nada daquele homem, nem mesmo amigo. Por um infortúnio acabei me afeiçoando a seu filho, mas isso era tudo.

A ordem foi dada a Cristiane. A bela jovem que era dona do coração do meu melhor amigo. A humilhação em seus olhos era latente, e eu sabia que não se tratava de sua condição de funcionária naquela casa. Pelo que Sérgio me falou, ela não era esnobe e era esforçada, mas certamente aquele filho da puta já tinha tratado a garota sem o menor respeito.

Quando ele se afastou, ao toque da campainha, aproveitei meu momento a sós com a moça.

— Você está bem? — perguntei, preocupado.

Questões do DestinoWhere stories live. Discover now