CAPÍTULO 17

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Um pesadelo

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Um pesadelo. Claro que tinha sido um pesadelo.

Nada mais do que isso.

De olhos fechados, permaneci na cama um pouco mais, sentindo o colchão macio sob meu corpo, dando-me a segurança de que estive dormindo pelas últimas horas e que nada do que vivi fora mais do que um sonho ruim.

Só não sabia dizer se ainda estava na minha casa, perto da minha mãe e de Karenina, e Alexander também fora fruto da minha imaginação; se estava com ele, na pequena cabana no meio do nada – anulando os outros três dias maravilhosos que passamos juntos, já em Destino; ou se na casa do meu pai...

Minha cabeça estava um pouco confusa.

Apesar de ter a clara certeza de que nada fora real, temia abrir os olhos. Mas tinha que fazê-lo, não?

Quando tomei coragem, não reconheci o cômodo ao meu redor. Era bem decorado, feminino, e a cama onde estava deitada possuía um dossel, embora estivesse aberto na lateral. Ouvia passos, mas não conseguia ver quem era a minha companhia. Uma silhueta se destacava em meio à parca luz de um abajur. Ombros largos, um contorno de corpo familiar.

Alexander.

Suspirei aliviada, porque não queria pensar nele como sendo uma ilusão. Só que onde eu estava? O que tinha acontecido? Como fui parar naquele quarto?

— Alex? — chamei e me surpreendi com a fragilidade da minha própria voz.

Ele rapidamente se virou, vindo na minha direção, e sentou-se na cama, bem ao meu lado, pegando a minha mão e beijando-a.

— Como você está? Já estava ficando preocupado — falou baixinho, e sua expressão apreensiva corroborava com o que acabara de dizer.

— O que aconteceu?

— Você desmaiou.

Conforme a informação me foi transmitida, as lembranças começaram a retornar à minha mente.

O jantar.

A revelação.

O casamento.

Vendida...

Momentos e palavras começaram a se embolar dentro do meu cérebro, e o pânico retornou com força total.

Sentei-me na cama de súbito, sem nem pensar no que fazia, porque não suportava ficar parada, enquanto tudo ao meu redor girava e parecia pegar fogo.

Só que mãos fortes me seguraram no lugar, forçando-me gentilmente a permanecer deitada.

— Calma ai, Brianna. Você está ficando pálida de novo. O susto foi grande o suficiente por um dia inteiro.

Questões do DestinoWhere stories live. Discover now