CAPÍTULO 10

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Um banho de água fria deveria me ajudar, mas não foi o caso

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Um banho de água fria deveria me ajudar, mas não foi o caso. Eu poderia jurar que nunca na minha vida vivi algo sequer parecido. O desejo me consumia de tal forma que eu chegava a sentir, de maneira física, meu sangue ferver. Era como estar com febre. Como sentir a temperatura do corpo subindo a níveis perigosos. E eu conhecia a cura. Ela estava a uma parede de distância, tinha os cabelos e os olhos mais bonitos que já vi e mexia comigo de uma forma assustadora.

Porra, eu conhecia muitas mulheres. Saía com algumas constantemente. Nunca faltava alguém na minha cama. Mas Brianna...

O que diabos aquela ruiva estava fazendo com a minha cabeça?

Encostei a cabeça no ladrilho do box, desejando socá-lo. Não era exatamente raiva... De forma alguma, principalmente porque a escolha de manter as coisas mais devagar fora minha. Era frustração. Era algo que eu não sentia há muito tempo, porque – por mais escroto que pudesse parecer – eu costumava ter o que queria.

Só que naquele momento eu seria capaz de renunciar a uma quantidade enorme de coisas só para ter Brianna bem ali, na minha cama.

Mas como disse depois do beijo, a mulher não era apenas uma conquista fugaz. Havia algo de especial nela, e eu não queria que nos limitássemos àqueles dias. Queria vê-la novamente. Queria beijá-la mais vezes. Queria...

Ah, droga! Eu queria que ela fosse minha. De verdade. Não só por uma noite.

A luz da casa já tinha retornado, e eu acendi um abajur. Estava apenas de calça de moletom, pronto para me deitar, quando ouvi uma batida na porta.

Brianna tinha ido dormir há uma meia hora – ao menos foi o que ela disse que ia fazer –, por que, então, estaria ali, me procurando? Será que tinha acontecido alguma coisa? Tinha se machucado; teriam seus pés piorado?

Sem nem pensar, simplesmente abri a porta. Meu primeiro pensamento foi que o certo seria colocar uma camisa, mas a forma como ela olhou para mim me fez mudar de ideia.

Era a forma como eu olhava para ela a todo momento – desejando agarrá-la e beijá-la dos pés à cabeça.

— Desculpa, estou atrapalhando? — ela perguntou, tímida, com uma mão entrelaçada na outra, esfregando-as.

— Não, mas aconteceu alguma coisa? Você está bem?

Brianna assentiu com veemência.

— Estou... sim... é só que... eu não consegui dormir. Eu... — Respirou fundo e começou a se aproximar um pouco mais. — Preciso fazer uma coisa, mas por favor... não pense que eu sou assim, que faço isso o tempo todo. É só que... Deus... Eu... quero tanto.

Ergui uma sobrancelha, confuso. Estava prestes a responder alguma coisa quando Brianna literalmente pulou no meu colo, enlaçando meu pescoço com seus braços e minha cintura com suas pernas. A surpresa poderia ter me desequilibrado e nos levado ao chão, mas eu a segurei com força, pelas coxas, enquanto a deliciosa mulher nos meus braços colava seus lábios nos meus, tomando a iniciativa da forma mais adorável possível.

Questões do DestinoWhere stories live. Discover now