Capítulo 72 - Ela, Que Sempre Escapou

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*Segundo a nova edição*

Ei nunca se sentiu tão mal. Ela nunca tinha, em toda a sua vida, levado um soco tão forte, ou levado um soco em primeiro lugar. Ela sempre foi do tipo que evitava brigas e situações perigosas, então uma situação em que ela sangrava muito, onde a dor reinava e o sofrimento era o único governante, isso era novo para ela.

Ela se sentiu desorientada. Se uma coisa era certa, era que esse tal Seto não era um cavalheiro, ele não tinha delicadeza alguma.

"É o fim?...", pensou Ei. "Eu nunca disse a ele que o amava... Será que ele pensa em mim de vez em quando... Rin... espero que ela fique bem... Aka-nii terá que continuar sua pesquisa sozinho... Pai... me desculpe... Eu nem sempre tive o que queria, mas levei uma vida boa...", pensou Ei.

Bem, seus ferimentos não foram letais, mas como foi provavelmente a primeira vez que ela foi atingida, ela pensou que a dor que estava sentindo era mortal.

Aos poucos, suas dores foram diminuindo, ela começou a se sentir melhor, a dor dos hematomas foi evaporando.

-- Ei... Ei... -- ela podia ouvir alguém sussurrar.

Ela abriu os olhos para encontrar uma Rin preocupada olhando para ela. Ei estava deitada enquanto Rin estava ao lado dela.

-- Rin -- disse Ei. Ela não precisava sussurrar, tinha originalmente uma voz baixa, quase inaudível. A Nohara colocou seu indicador nos lábios indicando para ela ficar quieta.

Ei acenou com a cabeça, conseguindo se sentar. Ela olhou para as mãos de Rin, estavam envoltas em uma bandagem ensanguentada, seus olhos fundos e seu bronzeado pálido. A imagem fez a Kibikino se sentir mal.

Rin se levantou dando a mão para Ei, ela ia se levantar, mas uma dor formigante nas costelas a fez estremecer. Apoiada pela amiga, ela não caiu.

-- Sinto muito, Ei, você vai ter que aguentar. Eu curei seus principais ferimentos, então você vai ficar bem, mas, quanto ao pequeno arranhão, vamos esperar até chegarmos a um lugar mais seguro. Não posso usar chakra aqui, se eles tiverem ninja sensorial, vão nos descobrir -- disse Rin séria.

Já era difícil matar o guarda encarregado de vigiá-las sem chamar atenção.

Ei acenou com a cabeça e a seguiu.

Rin agarrou seu pulso, rastejando por entre as árvores, tentando o seu melhor para passar despercebida.

-- M-minha... minha bolsa -- disse Ei hesitante.

Todos sabiam muito bem o quão importante a bolsa de Ei era para ela, carregava itens importantes de grande valor, coisas necessárias, seus pertences para salvar seu pai, e para Rin, as cartas de Obito também.

Assim que as lerem, não saberão apenas sobre ela, mas também sobre Obito.

Rin balançou a cabeça em negação sentindo-se mal pela amiga, mas não havia nada que ela pudesse fazer. Ei olhou para trás na direção do acampamento, onde estava sua bolsa; era muito importante, todos os documentos que ela havia pesquisado todos aqueles anos para salvar o pai também estavam lá.

Ela baixou a cabeça concordando, com a garganta apertada. Não valia a pena arriscar suas vidas por uma bolsa.

-- Sinto muito, pai.

Um trabalho de 12 anos seria desperdiçado.

Rin olhou tristemente para Ei. Não podia correr o risco de procurar a bolsa enquanto Ei estava com ela, mas no fundo, jurou para si que pegaria a bolsa de volta para Ei.

As mulheres fugiram. Todos aqueles anos, Rin desenvolveu um talento para fugir, depois de apagar sua assinatura de chakra, é claro. Rin não estava informada sobre as formações da Anbu, então, se ela quisesse sobreviver com Ei, tinha que contar com seus sentidos para encontrar uma saída.

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⏰ Última atualização: Jul 22, 2021 ⏰

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