Capítulo 10 - Reunião de Família

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*Segundo a nova edição*

Em Konohagakure:

Danzō estava sentado em seu escritório na companhia de dois de seus guardas, quando um membro da ANBU apareceu.

-- Danzō-sama, quando eu fui enviar o pergaminho para Godaime-sama, pude ouvir uma discussão sobre Hatake Kakashi. Parece que ele encontrou uma kunoichi em Hanashu, uma ninja médica que fugiu dele -- relatou o ANBU.

-- Ele chegou a encontrá-la? Kakashi conhece a Nohara, ele a teria reconhecido, não pode ser ela -- disse um ANBU surpreso.

O ANBU informante permaneceu em silêncio. Os três olharam para seu líder.

-- Nunca temos certeza de nada! Mande alguns homens para a vila de Hanashu, cerque todas as saídas da cidade, inspecione todos os navios do porto. Se a Nohara estiver lá, eu quero que vocês a encontrem. Ela conseguiu escapar de nós uma vez, não haverá uma segunda -- exclamou o superior da Fundação. Os ANBU executaram as ordens e deixaram o quarto.

-- Kazuya, parece que sua neta é tão ardilosa quanto você era. Conseguiu se esconder de mim e ainda se esconder por 16 anos -- disse Danzō para uma antiga fotografia.

Flashback:

16 anos atrás:

RIN POV:

Eu parei de contar os meses que passei como cativa, pelo crimes de... bom... quem sabe? Mas todo dia eles vieram me pegar, me torturar, cortar alguma parte do meu corpo às vezes e, claro, me matar, tipo, me matar mesmo.

Por alguma razão que estava além do meu conhecimento, eu possuo poder de imortalidade e regeneração, e acho que os médicos que trabalham para Danzō querem estudar isso. Ainda que eu seja imortal e possa me regenerar, sangrar e morrer doem como o inferno, da mesma forma como se eu fosse uma pessoa normal.

A princípio, eu estava extremamente emocional quanto tudo, qualquer morte ou pequena lesão, mas eu meio que me acostumei ao seu tratamento.

Por me acostumar ao seu tratamento eu quero dizer que compreendo que eles não vão parar não importa o quanto eu os implore, porque eu duvido que alguém possa se acostumar a algo assim.

Provavelmente, agora sou a única pessoa viva que já experimentou todos os tipos de morte. Já fui queimada fica, e por causa disso fiquei careca por um longo tempo, mas graças a Deus meu cabelo cresce rápido então cresceu de novo, agora tenho um cabelo curto bem de menino. E, voltando à "morte", as pessoas estavam certas, morrer carbonizado é a pior morte, seguida por afogamento, então sufocamento, depois vêm as outras mortes horríveis.

Em todo aquele tempo, estive procurando por meus pais, mas nada. Nem Danzō nem seus subordinados nunca dirigiram uma única palavra a mim. Para eles, era como se eu não existisse. Eles vêm, me usam como querem, para qualquer tipo de experimento, e, quando acabam, me levam de volta para minha cela. Às vezes eu perco a consciência e acordo na minha cela, outras, eu acordo na mesa de operações de novo.

Ainda que eu os implore, chore, não muda nada. Claro que eles nem fazem questão de olhar para mim, como se eu não fosse nada. Isso é simplesmente insuportável, horrível. Se for para ter uma vida assim, eu prefiro morrer. Mas nem isso eu posso.

Mas a coisa mais insuportável foi no dia que Danzō finalmente me respondeu.

-- Você, você... Você não vai sair dessa ileso. Quando Hokage-sama souber, você -- eu disse com raiva encarando Danzō enquanto um ANBU me levava para longe -- Quando Minato-sensei souber disse, você vai-

-- Eles sabem, criança! Tanto o terceiro Hokage quanto Minato sabem sobre você estar aqui, mas em prol da vila, eles aceitaram. Não ouse pensar que sua vida é mais importante que a vila -- respondeu Danzō sob os olhos em choque da garotinha.

Eu nunca vou acreditar nisso. Minato-sensei não pode saber sobre eu estar viva. Ele não poderia e nem o terceiro Hokage.

Queria organizar meus pensamentos para poder chegar a um plano, mas meus pensamentos eram sempre inundados de tristeza, raiva e a injustiça dessa situação. Não importava quanto tempo passasse, eu nunca conseguia reter as lágrimas toda vez que pensava sobre isso.

Então, de repente, a porta abriu e os dois usuais ANBU do inferno apareceram. Decidi chamá-los assim porque eles sempre me levavam para o inferno. Um deles levou minha mão de forma bruta e saímos.

Estranhamente, estávamos tomando um caminho diferente do que de costume.

-- Aonde estamos indo? -- perguntei, não realmente esperando uma resposta.

Chegamos a uma cela, "Eles vão mudar minha cela?". A porta abriu e eu vi meus pais

Fiquei chocada. Meu pai estava suspenso no ar com duas correntes em volta de seu braço. Mamãe estava acorrentada ao chão do outro lado do quarto.

-- Mãe, pai! -- gritei escalando do aperto do ANBU e corri para meus pais. Ao me ouvir, ambos acordaram.

-- Rin! -- gritou minha mãe -- Oh, meu bebê! -- ela disse chorando -- Rin, minha garotinha! -- exclamou meu pai.

Meu pai havia sido açoitado enquanto minha mãe estava mais fina que um papel, parecia que não havia comido nada esse tempo todo. Vê-los me fez chorar.

Eu também não estava comendo e perdi peso, mas, uma vez que tinha poder de regeneração, minhas células se renovavam. As de mamãe não.

Usei meu chakra para cortar e quebrei suas correntes, pondo meu pai no chão, comecei a curar os dois com ninjutsu médico. Fiz isso rápido para que os ANBU não me impedissem, mas estranhamente eles só saíram e fecharam a porta. Não tive tempo para me preocupar com isso e me concentrei em curar meus queridos pais.

-- Ah, minha garotinha, o que eles fizeram com você? -- perguntou minha mãe chorando enquanto tocava meu cabelo curto de menino olhando para meu vestido branco chego de sangue.

É bem a cara dela pensar em mim quando ela está nesse estado.

-- Rin, você precisa fugir, escapar! -- disse meu pai

-- Parem de falar vocês dois, por favor! Estou tentando curá-los! -- disse com meus olhos cheios de lágrimas, examinando seus estudos terríveis.

Depois de um tempo, terminei o processo de cura. Eles precisavam de muito descanso e de uma boa refeição, mas suas vidas não estavam mais em perigo.

POV de Terceira Pessoa:

Finalmente Rin se permitiu pular em seus braços abraçando-os fortemente.

-- Por que isso está acontecendo conosco? Por quê? Não fizemos nada de errado, fizemos? Estranhamente, eu posso voltar à vida depois de morrer, mas isso é horrível, isso dói! -- gritou a menina de doze anos. Era era definitivamente muito jovem para isso, e ela se conteve por muito tempo.

-- Não chore, meu amor, vai dar tudo certo. Quando Hokage-sama ouvir sobre isso, ele vai fazê-los pagar. Você está certa, não fizemos nada de errado! -- disse Erika abraçando sua filha com força.

-- Nós não, ele fez! -- disse Kageochi com uma expressão triste no rosto.

Ambas olharam surpresas para ele.

-- Quem é ele? Pai, do que você está falando? -- perguntou Rin.

-- Provavelmente, ele é a razão pela qual fomos mantidos aqui -- disse o patriarca.

-- Quem? Quem é essa pessoa? -- perguntou sua esposa.

-- Meu pai, Nohara Kazuya.

Continua...

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Notas da autora Loylos:
Sobre Danzō dizer que Minato e Hiruzen sabem, eu espero que ninguém tenha acreditado, certo? Se alguém acreditou, então estou te dizendo: eles não sabem.

História Oculta [ObiRin]Where stories live. Discover now