17° Capítulo- Decisão difícil

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Depois do que aconteceu levei o meu pai para casa, cuidei dos seus ferimentos, dei banho e comida para ele e minha mãe, deixei tudo ajeitado, me cuidei porque meu rosto ficou machucado e algumas partes do meu corpo com roxos espalhados e fui traba...

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Depois do que aconteceu levei o meu pai para casa, cuidei dos seus ferimentos, dei banho e comida para ele e minha mãe, deixei tudo ajeitado, me cuidei porque meu rosto ficou machucado e algumas partes do meu corpo com roxos espalhados e fui trabalhar.

É claro que estou com raiva de tudo que aconteceu, na verdade estou puto e querendo descontar em algo mas não adiantava ser nele já que não estava em si, depois do banho até começou a se sentir culpado pelo que tinha feito mas fingi não ouvir suas lamentações, o que está fazendo não tem perdão, está acabando com a própria vida e consequentemente com a minha.

Para completar o dia cheguei atrasado e levei uma pequena advertência no valor de cento e cinquenta reais, isso faz muita falta durante o mês e me deixa frustado demais, principalmente sabendo que vou precisar dar dinheiro para aqueles homens.

O bom é que o movimento da loja está intenso pra caralho e eu estou suando tentando atender o máximo de clientes para recompensar o que perdi, preciso trabalhar dobrado agora e me virar para fazer várias coisas ao mesmo tempo, já perdi as contas de quantos clientes atendi e alguns até deram um dinheirinho a mais pra mim.

— Igor, está na hora do seu lanche. — Marina que é a gerente da loja fala mas eu nem sinto fome de tanta afobação e correria.

— Estou sem fome, deixa eu ficar aqui trabalhando, preciso recompensar o que perdi. — Olho para seu rosto e ela balança a cabeça de um lado para o outro negando.

— Não pode Igor, o combinado é vocês tirarem uma hora de lanche, você perdeu por ser completamente irresponsável e precisa aprender que trabalho é coisa séria, se você não está pronto pede pra sair.

A mulher de cabelos pretos fica com o semblante fechado, cruza os braços e permanece me observando com um sorriso singelo de canto que me enfurece ainda mais.

— Ok.

Só digo isso e saio furioso da loja em passos firmes, os outros vendedores não param de me olhar mas não me importo com isso já que tenho muitos problemas rodeando minha mente. Sento em um dos bancos que ficam espalhados pelo shopping e deixo as lágrimas escorrerem, levando todo o aperto no peito que estava sentindo o dia inteiro.

Que vida filha da puta!

Para completar fui chamado de irresponsável, como se eu realmente quisesse me atrasar para o trabalho, o mal das pessoas é julgar sem saber o que o outro passa e os problemas que eles tem por dentro e é exatamente por isso que os casos de pessoas com depressão e ansiedade só aumentam assim como o número de suicídios, coisa que já tive vontade de fazer várias vezes e hoje é um desses dias, a vontade de jogar tudo para o alto e desistir da vida é enorme, eu não aguento mais carregar tudo sobre mim como se eu fosse a pessoa mais forte do mundo.

Sei que a gerente só fez o seu trabalho mas o que me irritou foi a forma que agiu comigo como se eu fosse um péssimo funcionário sendo que sou o que mais está vendendo naquela merda de loja, todos os dias me esforço, deixo tudo de ruim que sinto de lado para atender todos os clientes com um sorriso no rosto e da melhor forma possível, só eu sei o quanto é difícil mas também só eu sei o quanto é necessário.

Todas as suas versões [CONCLUÍDO]Where stories live. Discover now