HEAVEN

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Como estão as maçãzinhas do meu coração? Vamos de atualização dupla??🍎❤️
Como prometido, disse que quando fizesse 15 k eu voltaria com mais uma atualização dupla pra vcs, e olhem só, do nada 16 k haha!! Sempre agradeço e vou agradecer mais uma vez:
Ahã! - limpei minha garganta. - Muito obg por continuarem até aqui acompanhando HEAVEN, votando e comentando. Isso é muito importante. Não só para o crescimento da história, mas para o meu pobre coraçãozinho também haha. Eu amo todes vcs do fundo do meu coração. Por favor, não me abandonem! A autora é muito carente hahaha.

Mas e então, vamos de atualização dupla? Com fortes emoções para o coração da nossa pobre protagonista??

Quando Madelyne sorri para mim, eu noto o quanto ela e Sidney são diferentes.

Quando ela morde o sanduíche de carne e molho picante e um pouco do molho de tomate escorre do canto dos seus lábios, eu noto que os mesmos são finos e delicados, rosados naturalmente. Diferentes dos lábios grossos pintados de batom escuro de Sidney. Ela é totalmente diferente da garota que venho beijando há alguns dias, o que é engraçado, porque tudo o que consigo pensar quando meu corpo roça no de Sidney quando estamos nos beijando escondidas no quarto das funcionárias são os olhos escuros de Madelyne me encarando, iluminando meu rosto com seu brilho intenso.

A única semelhança entre as duas são que ambas não saem da minha cabeça.

Madelyne deixa o sanduíche rechonchudo em cima da bandeja, limpando as mãos com os guardanapos espalhados pela planície de metal. Eu acompanho cada um dos seus movimentos como um predador a espera do primeiro tropeço de sua caça, para desfrutar de sua carne fresca.

A carne de Madelyne tem cheiro de frutas cítricas e luxúria.

- Esse é o melhor jeito de comer sanduíches, sabia? - desvio meus olhos de seus lábios rapidamente, agarrando meu croissant, dando uma mordida antes de voltar minha atenção para ela. - Quando ele está tão gostoso que suja tudo ao nosso redor.

- Acho que sim, dá pra notar pelo seu jeito atrapalhado de comer o quanto está gostoso. Eu sinceramente estou bem arrependida de não ter pegado o mesmo.

- É, eu também estaria se fosse você. - ela nega com a cabeça, enfiando o indicador no meio do recheio. - Toma, uma amostra grátis.

Madelyne passa o indicador sujo de molho nos meus lábios. Eu recuo para trás com um pequeno susto, quase me desequilibrando do banco. Ela solta uma risadinha baixa, entortando a cabeça para me encarar.

- O que foi? - um sorriso travesso surge em seus lábios manchados de tomate. - Está tão picante assim?

- Uhum. Parece estar pegando fogo... - fixo meus olhos nela, encarando os órbes escuros com afinco.

Por segundos, ou minutos, ou horas nós nos encaramos por inteiras, imóveis, a espera dos movimentos uma da outra. Ela movimenta as mãos sutilmente, puxando a caixinha de suco de uva que tinha escolhido mais cedo, sugando o líquido roxo pelo canudo sem que nossos olhos se desencontrem. Quero dizer um monte de coisas a ela, mas minha boca continua imóvel. Quero aproximar meu rosto pouco a pouco do dela e experimentar seus lábios, ver se tem o mesmo gosto de canela dos lábios de Sidney. Mas não o faço. Ao invés disso eu seguro firme minha caixa de leite, virando-a na boca e engolindo o líquido branco com toques de amêndoas misturado com minha covardia.

O único barulho em nossos ouvidos são as vozes dos outros estudantes espalhados pelo refeitório. Em meio as vozes diferentes, um ranger de porta sendo aberta. Meus olhos deixam Madelyne por um instante para observar quem vai entrar, e eles permanecem na porta quando a figura conhecida faz um sinal com uma das mãos para que eu vá até ela. Meu coração dispara no meu peito e meus pés tentam se agarrar no chão. Não quero deixa-lá. Quero ficar e tomar café com minha colega de quarto até que eu tenha coragem para tentar algo. Mas do jeito que me conheço sei que a tal coragem nunca virá, e eu não tenho outra escolha a não ser deixar o banco de madeira e meu croissant de queijo para atender o pedido.