Diário de uma prostituta II

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Capítulo 3.

Decidi não falar da minha decisão pra ninguém, muito menos para os meus filhos, talvez eles não me entendessem.

Estava no meu quarto, em frente ao espelho, pensando se era realmente aquilo que eu queria, talvez a vida melhorasse se eu fosse atrás de um emprego de carteira assinada, talvez eu não precisasse passar por tudo novamente. Peguei meu estojo de maquiagem e coloquei em cima da cama, abri meu guarda roupas e vi que não tinha mais as mesmas roupas de antes, aliás, nada na minha vida seria como antes. Mas eu precisava, e eu confesso que queria, afinal eu já tinha uma certa experiência com o assunto.

- Vai sair mamãe??

-Vou filha, preciso resolver uma questão, mas não se preocupa vai ficar tudo bem. E o seu irmão cadê?

-Na casa do Thiago jogando vídeo Game. Deixa eu ir com você?

-Não posso levar você minha flor, mas se der tudo certo, amanhã vamos ao shopping fazer umas compras tá bom?

-Tudo bem. Vou mexer no computador então. Beijos!

Joguei um beijo pra ela, e resolvi tomar um banho, tirei toda a minha roupa e entrei no chuveiro, tomei um banho demorado, lavei meus cabelos, passei esfoliante no corpo, me depilei e hidratei os meus cabelos. Sai do banheiro mais confiante, me olhei no espelho e vi meu corpo por inteiro, tinha certeza que conseguiria alguma coisa aquela noite.

Escolhi um vestido azul marinho, que não era tão colado, mas me deixava com as curvas bem detalhadas, antes de vestir fui procurar se tinha alguma roupa íntima nova no armário, quando encontrei uma sacola de uma loja bem cara, joguei o conteúdo em cima da cama e tinha uma calcinha fio dental vermelha, de renda, junto com uma cinta liga, e um sutian meia taça bordado com pedrarias. Junto com a sacola havia um cartão onde dizia

"Para a minha amada Daiane"

Então era esse o nome da amante do Luiz? Pois agora mesmo que eu iria usar, e fuder com outro com muito prazer. Fiz a maquiagem, fiz uma chapinha, passei um perfume, peguei uma bolsa, coloquei algumas coisas e sai.

Chamei um táxi e fui até um barzinho onde somente os homens que procuravam diversão eram frequentadores. Cheguei e fiquei sentada apenas esperando pra ver no que ia dar, eu nunca fui uma garota de programa de me oferecer, sempre esperei os homens chegarem em mim.

Fiquei sentada observando o local, até que um rapaz fardado se aproximou de mim, e quando ele se aproximou pude perceber que era da polícia Federal.

-Boa noite!

"Que voz é essa? Senhor"

Foi a primeira coisa que passou na minha cabeça quando ele falou comigo, respondi educadamente olhando bem fundo nos olhos dele.

-Boa noite! Pode sentar se quiser.

-Muito obrigado! Então, você como a maioria das garotas daqui também é acompanhante??

-Depende.

-Do que?

-Você ficou interessado?

-Digamos que sim, e digamos que você é uma mulher muito atraente. Podemos sair daqui e ir pra outro lugar? Não se preocupe, eu pago o que você quiser.

-Então tudo bem.

-Você ainda não me falou seu nome...

-E isso importa?

-Sim.

-Meu nome é Luíza.

-Prazer, me chamo Fernando.

Ele me guiou até o carro dele que era nada mais nada menos que uma limusine. Entramos e ele disse que eu não me importasse com o motorista, pois já estava acostumado com situações assim, me ajeitei no banco e ele pegou por trás do meu cabelo e depositou um beijo na minha nuca, fechei os olhos e respirei bem fundo, me sentindo novamente como nos velhos tempos...

Diário de uma prostituta IIWhere stories live. Discover now